Bancada do PL na Alesc impõe sua força para as eleições; Nomeação irrita parte da bancada do MDB entre outros destaques
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Conforme divulgado ontem em primeira mão, a bancada estadual do Partido Liberal se reuniu na hora do almoço na Assembleia Legislativa para discutir o posicionamento dos parlamentares na eleição deste ano. O ponto mais forte foi a decisão de somente subir no palanque do PL em Balneário Camboriú se o deputado Carlos Humberto Silva for o candidato; caso contrário, haverá um verdadeiro boicote a qualquer outro candidato.
Acontece que a conversa não parou em um município. Os deputados querem dar uma demonstração de força e destacaram também que estão fechados com as pré-candidaturas de outros parlamentares da bancada. Estão nessa condição os deputados Sargento Lima em Joinville, Egídio Ferrari em Blumenau, Edilson Massocco em Concórdia e Estêner Soratto Júnior em Tubarão.
De todos os casos, a única questão não pacificada é de Balneário Camboriú. E mesmo com os deputados que conversei afirmando que a decisão não é para criar nenhum enfrentamento com o governador Jorginho Mello, o fato é que o movimento, por si só, já causará um embate, pois partiu do governador a decisão de dar ao prefeito Fabrício Oliveira o poder para definir o candidato. Ao se negar a pisar no palanque de qualquer outro nome que não seja o de Carlos Humberto, os parlamentares fazem um movimento de desobediência a uma decisão do partido, deixando Jorginho em uma situação de constrangimento.
Jorginho e Carlos Humberto voltaram a conversar. O deputado disse ao governador que pensou melhor e que seguirá como líder do governo, mas que não abrirá mão de sua pré-candidatura e que levará a questão até a convenção se for preciso. O governador disse a ele que respeita a decisão e que o parlamentar, como filiado ao PL, tem o direito de pleitear a vaga de candidato.
Conversa com Topázio
Outro ponto forte da decisão da bancada estadual do PL foi a escolha do nome do ex-deputado estadual Bruno Souza para ser o vice na chapa do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). Depois do almoço na Assembleia Legislativa, Souza e o secretário de Estado da Segurança Pública, Sargento Lima, foram até a Prefeitura conversar com Topázio a quem comunicaram a decisão. Pego de surpresa, o prefeito disse que esperará para conversar com o governador antes de qualquer definição.
Bancada incomodada
A nomeação de Emanuela Wolff, a Manu, em um importante cargo da Secretaria de Estado da Casa Civil, desagradou boa parte da bancada estadual do MDB. Uma liderança emedebista lembrou que ela é filiada ao Podemos e que não é indicação do partido ao cargo. Manu foi indicada pelo deputado estadual Antídio Lunelli (MDB), situação que incomodou os demais deputados por não ter passado pela bancada a indicação. “Foi uma indicação pessoal do Antídio. Não tem nada a ver com o MDB e nós fomos pegos de surpresa. Ninguém foi consultado. O Antídio que indicou para o governador”, afirmou um dos parlamentares com quem conversei.
Conversa com Jorginho
No almoço da bancada estadual do MDB na próxima terça-feira estará em pauta os assuntos que serão levados ao governador Jorginho Mello (PL). O líder Fernando Krelling pedirá uma audiência com o governador para os próximos dias. Os emedebistas devem falar sobre as filiações de lideranças do partido ao PL, a situação de Jerry Comper à frente da Secretaria de Estado da Infraestrutura e a relação com os deputados estaduais para alinhar o atendimento das pautas da bancada.
Apoio de Merisio
Se em Florianópolis o candidato de Gelson Merisio é o ex-senador Dário Berger (PSDB), em São José, Merisio não tem escondido de pessoas próximas que está com a ex-prefeita Adeliana Dal Pont (PL), que hoje é conselheira da Casan. A coluna tentou apurar a possibilidade de Merisio ou a JBS estarem apoiando financeiramente a pré-campanha de Adeliana, mas a informação apurada com uma fonte ligada ao PL é que a ainda não há investimentos.
Articulação à esquerda
A surpresa é que Gelson Merisio está trabalhando com os candidatos de esquerda no estado para fazer oposição ao PSD e ao PL. No entanto, em São José, ele está deixando de lado sua inclinação à esquerda para apoiar Adeliana Dal Pont (PL).
Autódromo de Chapecó
Chapecó terá a primeira pista de automobilismo asfaltada de Santa Catarina, com mais de 4km, na Linha Cachoeira. Para isso o governador, Jorginho Mello (PL), e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), assinaram uma autorização de repasse de recursos estaduais para a obra, no valor de R$ 20 milhões. Já a Prefeitura irá investir R$ 33,4 milhões para a construção da pista, boxes e infraestrutura. Mais de mil pessoas prestigiaram o ato, realizado no templo da Get Church.
Pesquisa de opinião
Pesquisa de opinião pública realizada em São José deu uma boa dose de otimismo para o prefeito Orvino de Ávila (PSD). O levantamento revela que 8 em cada 10 eleitores aprovam a atual gestão. De acordo com os dados, 83% dos entrevistados avaliam positivamente o desempenho de Orvino, classificando o trabalho como ótimo, bom ou regular. Apenas 17% consideram a atuação do prefeito ruim ou péssima. Isso indica que menos de 2 em cada 10 moradores de São José não aprovam a atual administração. Os pesquisadores entrevistaram 2 mil pessoas nos meses de fevereiro e março, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O estudo não traz o impacto das entregas que marcaram os 274 anos de São José, durante todo o mês de março. Dos 83% dos entrevistados que aprovam Orvino, 40% consideram o trabalho ótimo ou bom e 43% veem como regular.
Catarinenses e a prisão de Brazão
Chamou-me a atenção o posicionamento de alguns deputados federais de Santa Catarina sobre a prisão do deputado federal do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco. A impressão que dá é que não importa o ato, mas quem o comete. Não é possível que se politize algo tão grave em nome do nada, ou de disputa ideológica. Pois é por nada que assumiram uma bandeira para ser contra o Supremo Tribunal Federal numa prisão embasada em uma grande investigação feita pela Polícia Federal. No dia que sair a sentença, é importante que os seguintes deputados expliquem para a população o voto pela liberação de Brazão: Geovânia de Sá (PSDB), Daniel Freitas (PL), Caroline de Toni (PL), Daniela Reinehr (PL), Rafael Pezenti (MDB), Jorge Goetten (PL) e Zé Trovão (PL).
Votaram pela manutenção
Votaram de forma consciente para que Chiquinho Brazão permaneça preso os seguintes deputados de Santa Catarina: Valdir Cobalchini (MDB), Pedro Uczai (PT), Darci de Matos (PSD), Ana Paula Lima (PT), Fábio Schiochet (UB), Gilson Marques (Novo) e Ismael dos Santos (PSD). Vale destacar o relatório de Darci de Matos na Comissão de Constituição e Justiça. Elogiado até mesmo por juristas, por defender baseado na lei, a manutenção da prisão de Brazão. Quem defende a soltura, tem que definitivamente parar de bradar contra criminosos, sejam assassinos, traficantes ou corruptos.
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