Ginásio abandonado em Joinville

O local já sediou o Festival de Dança, jogos das Ligas de Basquete, vôlei e Futsal. Abandonado há pelo menos cinco anos, o ginásio Ivan Rodrigues é uma vergonhosa cicatriz da rua Max Colin, um dos metros quadrados mais valorizados da cidade. Em 2021, o prefeito Udo Döhler devolveu a gestão do prédio ao Estado porque a necessária reforma seria muito dispendiosa. Desde então, talvez pelo mesmo motivo, o prédio está se deteriorando, servindo seu espaço para estacionamento de alguns restaurantes do outro lado da rua. Joinville não precisa de uma reforma no ginásio e sim um outro melhor aproveitamento do local.

Reforma garantida

Desde a administração passada, o Estado tem um projeto de reforma já licitado. Em novembro de 2022, o então presidente da Fesporte, o joinvilense Kelvin Soares, declarou no site da fundação que “nas próximas semanas” seria entregue a ordem de serviço do projeto de reforma e ampliação do ginásio. Até os recursos para a reforma já estavam assegurados por uma emenda de R$ 15 milhões do deputado estadual Fernando Krelling de.

Local sem estacionamento

Em fevereiro deste ano, o site da Fesporte publicou que a empresa vencedora da licitação de reforma (Rupp Eng. e Arquitetura) mostrou à direção o projeto de reforma do Ivan Rodrigues. “Joinville precisa de um ginásio”, disse o presidente da Fesporte. Tal reforma é impraticável porque as duas ruas que margeiam o local não contam com estacionamento. A rua Max Colin permitia porque antes havia estacionamento em ambos os lados. Hoje em nenhum. Caso haja um evento esportivo, haveria um grande engarrafamento no entorno em razão dos desembarques porque não haveria estacionamento próximo. Um local de eventos esportivos sem estacionamento é impraticável, ainda mais numa via muito movimentada.

Futuro ginásio

Joinville já tem local para um grande ginásio e não é na movimentada rua Max Colin. A Prefeitura já anunciou que o projeto do ginásio municipal será na zona industrial, com fácil acesso pela BR-101. Até sua inauguração, possivelmente em 2027, os jogos das equipes de alto rendimento (vôlei e futsal) continuarão no Centreventos Cau Hansen.

Gasto inútil

Investir mais de R$ 30 milhões (projeção atual) na reforma de um futuro “elefante branco” seria um gasto inútil. Com esse recurso, uma parceria entre Estado e Município poderia antecipar o início da construção da chamada “areninha” na zona industrial.

Primeiro Stammtich de 2024

O aniversário de 165 de Pirabeiraba será na segunda-feira (15), mas a festa foi antecipada para sábado, quando ocorrerá o tradicional Stammtich (encontro de amigos) na rua Presidente Vargas, o primeiro deste ano. No palco da praça principal muitas atrações, como Renato Gauke, o maior bandoneonista de Joinville.

A volta do fantasma

Em Itajaí, o vereador Fábio Negão (PL) está preso por acusação de “rachadinha” em seu gabinete. Em Joinville, conforme a coluna antecipou, vai ocorrer um “escândalo na política” e uma das possibilidades é sobre a divisão de salários nos gabinetes. A promotora responsável pela moralidade administrativa pode estar concluindo uma investigação nesta área. Elaine Auerbach está investigando também o polêmico “Caso das Lajotas”, que envolve quatro vereadores da legislação anterior. É possível que, no meio das investigações, algum ex-assessor tenha denunciado seu “chefe” por reter parte dos salários para benefício próprio.

Exceções

É preciso distinguir “rachadinha” com contribuição espontânea. Por exemplo: ao ser admitido no gabinete, o assessor concorda em contribuir para uma “caixinha” para financiar atos que venham potencializar a reeleição do vereador, como manter um escritório de atendimento ao público, contratar “cabo eleitoral” em um bairro. Outra diferenciação é o assessor aceitar contribuir com parte do salário para o partido do seu vereador, cujo fundo seria administrado pela executiva, sem gerência do parlamentar. No caso de Itajaí, o vereador é acusado de receber a contribuição do assessor para benefício próprio, o que é crime. Em Joinville, pelo menos na atual legislatura, não há informações sobre “rachadinha”.

Curtas

  • Circulando pelas redes sociais um print com os representantes de Santa Catarina que votaram “sim” pela volta do IPVA. Metade (8) votou favorável e a outra metade contra.
  • A divisão também ocorreu entre os representantes de Joinville. Zé Trovão (PL) votou contra a volta do imposto e Darci de Matos (PSD) favorável.
  • Em Jaraguá do Sul houve unanimidade: Carlos Chiodini (MDB) e Fabio Schiochet (UB) votaram favorável à volta do IPVA.