Faça parte do grupo do SCemPauta no WhatsApp. Não será aberto aos debates; será apenas para o envio das informações que divulgamos. Clique no link para acessar! Qualquer problema, favor entrar em contato via WhatsApp: 4998504814

A bancada estadual do MDB se reúne hoje para o primeiro almoço após a janela para mudança de partido. Os deputados que ouvi ontem me disseram que a questão da permanência, ou não, no governo, não deverá estar na pauta. Porém, uma liderança deverá levantar o assunto para repetir um posicionamento que adiantou através da coluna.

O secretário de Estado da Infraestrutura Jerry Comper foi direto ao afirmar que não aceitará deixar o governo, num momento em que obras em rodovias estaduais devem ser entregues. Ele destacou que passou o primeiro ano “apanhando” e que agora que está tendo resultado, não deseja sair. “Não sou uma bola de ping-pong. Fiquei um ano lá apanhando e agora que as obras estão acontecendo eu vou sair?”, questionou, em uma rápida conversa que tivemos na quinta-feira (04).

A fala de Comper deve provocar o posicionamento dos demais parlamentares. Questionei um deputado se o MDB está confortável no governo. A resposta foi que a situação de Jerry deve ser respeitada. Em suma, o sentimento que as lideranças me passaram é de que tudo seguirá como está. Que o alerta feito antes do dia 6 de abril não se cumprirá e que os emedebistas seguirão na base do governo.

Já o presidente estadual do MDB, deputado federal Carlos Chiodini, entende que o foco do partido é as urnas, nada mais. Segundo ele, todos os partidos que estão no governo estão de “forma humilde” para não gerar amarras. “Não dá hipótese alguma de a gente não fazer nosso trabalho de base que importa”, afirmou.

Balanço da gestão

Entrega do balanço ao TCE – Imagem: Roberto Zacarias/Secom

O governador Jorginho Mello (PL) e o secretário de Estado da Fazenda Cleverson Siewert entregaram ontem ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, Herneus De Nadal, o Balanço Geral de 2023: “Santa Catarina, Feita por Pessoas” é o primeiro balanço com números que dizem respeito à atual gestão. A publicação apresenta os detalhes da gestão orçamentária e financeira do Governo do Estado no ano passado. Agora cabe ao TCE fazer a análise e julgar os dados, indicando à Assembleia Legislativa a aprovação, ou não, das contas. “Tivemos grandes desafios em 2023. Começamos nossa gestão com uma projeção de déficit de quase R$ 3 bilhões, mas conseguimos enfrentar as adversidades com muito trabalho, diálogo e cooperação”, destacou o governador.

Mal-estar

Mesmo com as explicações da reitora da Unesc, Luciane Ceretta, alguns deputados estaduais se mostraram incomodados com a foto em que ela aparece ao lado do governador Jorginho Mello (PL) e do deputado federal Ricardo Guidi (PL), posando com uma camisa do Criciúma com o nome de Guidi. A imagem deu uma conotação eleitoral ao encontro ocorrido no camarote da Unesc na final do campeonato catarinense. O mal-estar entre os parlamentares de partidos diferentes é que a Alesc apoiou os projetos defendidos por Ceretta e pela Acafe, e que por isso, a reitora teria que se manter neutra por uma questão de respeito ao parlamento.

Mais um motivo

Outra situação que gerou comentários foi a filiação do professor da Unesc e coordenador da CERC, Luiz Fontana, ao Partido Liberal, para disputar uma vaga à Câmara de Vereadores de Criciúma. De acordo com algumas lideranças, a filiação seria mais um passo da reitora Luciane Ceretta em direção ao PL colocando um candidato para a disputa municipal. Procurada, Luciane me disse que não tem candidato, mas que todos os colaboradores da Unesc têm o direito de concorrer a cargos eletivos. “Dialogo do PCdoB ao PL com o mesmo respeito, o mesmo acesso e a mesma escuta”, afirmou, destacando: “Não houve apoio político a ninguém. Não há e não haverá. Quem é candidato que trabalhe para vencer as eleições. Quem ‘apoia’ candidatos também. Não apoio nenhum candidato. Não tenho candidato a vereador. O ex-coordenador do CER é filiado ao PSD, por exemplo”, respondeu.

Provocação

Durante uma conversa com um deputado sobre a tranquilidade que paira na Assembleia Legislativa, ouvi o seguinte: “O Jorginho (Mello) tem uma oposição dos sonhos. Não faz nada para cobrar o governo, é só paz e amor”, afirmou. Atualmente os partidos que se colocam como oposição são o PT, PSOL e o Novo.

Aviso

O deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) me disse que seguirá atuando de forma independente, porém, o tom do discurso na Assembleia Legislativa pode aumentar a depender do tratamento que o governo der ao seu partido. Cadorin lembrou de quando o governador Jorginho Mello (PL) disse sobre o pleito em Joinville que “eleição é tempo de guerra”.

Sete partidos

Após a janela de transferência partidária, sete partidos passaram a ocupar cadeiras na Câmara de Vereadores de São José. O PSD ficou com a maior bancada, com seis vereadores, seguido do PL com quatro, MDB e Republicanos com três, PDT, União Brasil e Novo, com uma vaga cada.

Filho de Jango em Florianópolis

João Goulart em Florianópolis – Imagem: Divulgação

O ex-vereador de Florianópolis Nildão Freire recepcionou João Goulart Filho, herdeiro do ex-presidente deposto pela ditadura, Jango Goulart. A presidente municipal do PCdoB Janaina Deitos e o pré-candidato a prefeito pelo PT Vanderlei Lela também participaram do encontro. João Filho analisou o atual momento. Ele foi deputado estadual pelo Rio Grande do Sul nos anos 80 e hoje preside o PDT do Distrito Federal.

Arquivamento

O setor jurídico e a diretoria da Epagri sugeriram o arquivamento do processo quanto à conduta dos servidores investigados pela Operação Alcatraz: Renato Deggau, Danilo Pereira, Fabio Lunardi Farias e Luiz Ademir Hessmann. Ambos já foram inocentados no âmbito criminal da operação.

Abertura de processo

Ao mesmo tempo que as investigações internas isentam os servidores, pede-se a abertura de processos de responsabilização das empresas envolvidas na licitação: BRM, INTUITIVA e EC ELETRÔNICA, por indícios de superfaturamento e desvio de recursos, e DIGITALNET e INTUITIVA, por indícios de superfaturamento.

Acelera Criciúma

Lançado em outubro de 2023, o Programa Acelera Criciúma destinará R$ 400 milhões em obras nas áreas da infraestrutura, educação, turismo, saúde, entre outras áreas. Foram licitadas até o momento 248 obras que estão programadas até o final do ano. O objetivo da gestão do prefeito Clésio Salvaro (PSD) é entregar uma obra a cada dois dias.