Em resposta a acusações de “alguns vereadores”, o prefeito Adriano Silva (NOVO) deixou claro em sua página no Instagram que a culpa pela falta de remédio aos pacientes em tratamento oncológico no Hospital Municipal São José foi culpa do Governo do Estado. O hospital esteve em falta desta medicação por várias semanas e tal situação inspirou até protestos de familiares em via pública. Estado e Município nunca deixaram faltar os medicamentos indispensáveis ao tratamento que estão na lista do SUS. Os que faltaram – pelo menos em Joinville – foram remédios judicializados, ou seja, o Governo Federal é obrigado a comprar e sua distribuição é feita aos municípios pelo Estado. Em seu pronunciamento em tom de desabafo, o prefeito afirmou que em 21 de janeiro a secretaria municipal de saúde avisou ao Estado que “o estoque estava baixo”. Quatro dias depois, recebeu como resposta “um e-mail informando que eles não tinham qualquer perspectiva de receber os medicamentos, sendo que o governo federal já havia entregado”, disse o prefeito.

Um dia depois…

No início desta semana, uma rede nacional de TV informou que o Ministério da Saúde tinha enviado os remédios para Santa Catarina. Um dia depois da reportagem, afirmou o prefeito, “nós fomos chamados pela secretaria estadual da saúde para buscar os medicamentos e prontamente o fizemos isso”.

Disputa eleitoral

Não é preciso um tradutor para concluir que o relacionamento entre Adriano Silva e Jorginho Mello enfrentam uma turbulência com o episódio da falta de medicamentos. Será que houve a intenção de reter os remédios para prejudicar a imagem do prefeito, principal adversário do partido do governador na sucessão municipal em Joinville. Na semana passada ocorreu o caso da prestação de contas de um convênio, também na área da saúde. O líder do governo, vereador Neto Peters (NOVO) , questionou se ” dificuldades” de aprovar a prestação de contas eram porque o Estado estava sem recursos para pagar a parcela seguinte.

Diálogo

Lembrando que a secretária estadual da saúde (Carmen Zanotto) é presidente estadual do partido Cidadania e a secretária municipal de saúde (Tânia Eberhardt) é presidente da sigla em Joinville. Faltou diálogo entre as duas correligionárias, seria lícito perguntar.

Desfiliação

Depois de Paulo Bauer deixar o PSDB, mais um veterano da política de Joinville deixa seu partido. Presidente estadual do PTB e candidato a senador na última eleição, Kennedy Nunes anunciou sua saída da sigla. “Tenho uma missão do líder Jorginho Mello”, justificou. Não explicou se a missão é dirigir o Detran-SC ou receber outra.

Camboriú

Bem próximo de ser contratado pelo Flamengo, o centroavante Carlinhos está fazendo um ótimo campeonato pelo time de Nova Iguaçu, virtual vice-campeão carioca. Depois de ficar um ano parado, ele jogou no ano passado no Camboriú e não despertou interesse dos grandes clubes locais.

Toninho Neves

Com 50 anos de profissão, um dos jornalistas e radialistas mais conhecidos da região, Antônio Neves deixou sua última emissora comercial na semana passada. Na próxima ele veiculará o programa diário pelo seu canal no YouTube. Deixou o rádio um dos profissionais com mais tempo de microfone na região nordeste. Foram mais de 40 anos dentro de estúdios de quatro emissoras.

Dilemas

Muitos pré-candidatos a vereador em Joinville deverão se decidir pelo partido nesta semana, quando termina o prazo de inscrição partidária. No final de semana, muitas conversas, convites e cálculos sobre a melhor alternativa. Três deles, Marlon Sagaz, Kiko da Celesc e Luciano Abib não anunciaram ainda suas opções. O certo é que a sigla será aquela que estiver na coligação de apoio ao prefeito.

Coligação

O cenário de coligações em Joinville está favorecendo um dos lado da gangorra. O partido do governador (PL) não tem nenhum aliado até agora, o mesmo ocorrendo com o MDB, cujo presidente municipal garante que terá candidato próprio. Já o partido do prefeito (NOVO) já recebeu o anúncio oficial do PSD e União Brasil. Em breve, Republicanos e PRD (ex-PTB) – ambos com um vereador – irão seguir o mesmo caminho.

Novidade

Nos próximos dias, o ex-deputado federal Rodrigo Coelho anunciará seu destino na próxima eleição. Filiado ao Podemos, que perdeu seu único vereador (Brandel Júnior) para o PL, ele não deverá permanecer na sigla. Além de inexpressiva no município, sua lista de prováveis candidatos a vereador indica que não conseguirá eleger nenhum. Ou ingressa no MDB e por ele disputa a prefeitura ou anuncia que não será candidato. Maior liderança do partido, o deputado estadual Fernando Krelling quer ficar de fora em 6 de janeiro.

Newton Krelling

Depois de ficar 56 dias na UTI, vítima de câncer, foi sepultado ontem (31) Newton Krelling, pai do deputado Fernando Krelling e integrante da família mais tradicional da política de Pirabeiraba, distrito de Joinville. Newton era filho do ex-vereador Arno Krelling e irmão do ex-vereador Décio Krelling.