Segue a indefinição na Casa Civil: o cenário em Joinville e o caso Salum, entre outros destaques.
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Conversei durante o feriado com algumas fontes ligadas ao Governo do Estado sobre o assunto Casa Civil. Pelo que ouvi, o governador Jorginho Mello (PL) não tem pressa para resolver a questão, situação que tem chamado a atenção no Centro Administrativo.
Ontem chegou a ser ventilado o nome da secretária de gabinete do governador, Danieli Porporatti, como a possível ocupante da Casa Civil. O nome não foi confirmado pelas fontes ligadas à Agronômica. Ouvi que Filipe Mello é quem tem se movimentado para tentar encontrar alguém para assumir o comando da secretaria.
Filipe é simpático ao nome do deputado estadual Maurício Peixer (PL). O perfil do parlamentar agrada devido à sua fidelidade ao governador e também pelo temperamento. No caso, seria alguém que aceitaria a condição de assumir um cargo que na prática já tem um ocupante, que é o próprio filho do governador, sem contestar e nem tentar disputar espaço. Seria um cumpridor de missão.
Acontece que tem dentro do governo quem entenda que Jorginho deveria ter a coragem de nomear Filipe Mello, uma vez que não há qualquer irregularidade para a posse do filho em um cargo que é político. A preocupação é que em ano eleitoral o governo poderá enfrentar dificuldades na Assembleia Legislativa para aprovar alguns projetos. Além disso, há uma possível insurgência do MDB, que está insatisfeito com a ida de alguns de seus vereadores e prefeitos para o PL. Por isso, a defesa do nome de Filipe, que teria, segundo uma das fontes, habilidade para tentar baixar a fervura e realinhar a base do governo no parlamento.
Se por um lado todos sabem no Centro Administrativo que será Filipe quem comandará a Casa Civil, por outro, o entendimento é que se ele for oficializado ganhará ainda mais força para articular na Alesc. Vale lembrar que um bom número de deputados queria Filipe como secretário quando houve o impasse que culminou na desistência de Jorginho em nomear o filho. Quem, mais uma vez, pode barrar uma eventual nomeação é Bruno Mello. O filho 01 do governador teme as críticas que possam ser direcionadas a Jorginho se Filipe for nomeado.
Caso Salum
No sábado, o governador Jorginho Mello (PL) exonerou Roberto Salum do cargo de comando do Procon. Salum é alvo de uma denúncia de assédio sexual. Ele nega a acusação, atribuindo o caso a uma armação. O fato é que a polícia está investigando o caso. A ouvidoria também teria mais 15 reclamações contra Salum; porém, não há informação sobre o teor. Procurado, ele disse que concederá uma coletiva amanhã às 10h, quando promete apresentar denúncias sobre supostas fraudes que teriam ocorrido no Procon. Ele está sendo defendido pelo advogado Gastão Filho.
Denúncia
Em nota, Roberto Salum informa que entregou as denúncias ao procurador-geral do Estado. Conversei com Márcio Vicari. Ele relatou que há cerca de um mês após ter assumido o Procon, Salum o procurou dizendo ter denúncias de irregularidades. Vicari disse que orientou o então diretor do Procon que formalizasse junto ao Ministério Público, e no âmbito do estado o caminho seria a Controladoria-Geral do Estado. O procurador teria se oferecido a receber as denúncias e fazer o encaminhamento. Quanto à PGE, não houve a apresentação formal das denúncias. “Parece, mas ouvi dizer, não sei, que ele foi diretamente ao Ministério Público, mas não sei como isso se desdobrou lá”, disse Vicari, que informou não ter despachado qualquer expediente sobre o assunto. Salum afirma ter denúncias sobre dispêndio de valores de forma indevida e apropriação de valores decorrentes de multas.
Cenário em Joinville
A pesquisa relatada pelo colega Luiz Veríssimo em sua coluna, realizada pelo Instituto Mapa e apresentada pela Jovem Pan News de Joinville, apresenta um cenário muito favorável ao prefeito Adriano Silva (Novo). Ele aparece com 65,4% das intenções de voto e rejeição de 10%. A avaliação de sua gestão, de acordo com o Mapa, entre ótima e boa, chega a 69,7%. Segundo lideranças do PL e do MDB, o levantamento foi inflado e que não há possibilidade de vitória no primeiro turno, como os números apresentam. Vamos supor que possa ser realizada uma maior amostragem aumentando a pesquisa nos bairros onde o prefeito sofre críticas. Alguém tem alguma dúvida que Adriano lidera com folga? Alguns fatores contribuem para a liderança: o prefeito tem o empresariado com ele, mesmo o bolsonarista, já que ele é de direita, o que é uma preferência em Joinville.
Outros fatores
O MDB ainda não colocou o bloco na rua, o que também atrapalha o desempenho dos emedebistas na pesquisa. O deputado estadual Fernando Krelling aparece com 5,4%. Caso ele se anuncie pré-candidato, a tendência é que haja um bom aumento nos percentuais. Os emedebistas podem anunciar nesta semana o ex-deputado federal Rodrigo Coelho. Ele aparece com 0,9% das intenções de voto, mas tem a menor rejeição. Quando ocorre isso em pesquisa, é um claro sinal de que o pretenso candidato é desconhecido para a maioria do eleitor. O que pode ser um ponto favorável para Coelho. Uma questão que preocupa os emedebistas é o “fator Udo Dohler”. O partido ainda não conseguiu medir o quanto ainda pesa negativamente a gestão do ex-prefeito.
Lima e Carlito
Para alguns, pode ter causado surpresa o empate técnico entre o deputado estadual Sargento Lima (PL) e o ex-deputado Carlito Mers (PT) na pesquisa em Joinville. Com a margem de erro, eles têm entre 9,3% e 11,5%. Lima não conta com a simpatia do setor empresarial que é pró-Adriano Silva (Novo). Um problema para ele é que o prefeito conquistou uma boa parte do seu eleitorado. Já o desempenho de Mers reflete o percentual do eleitor petista em Joinville, talvez um pouco inchado pelos eleitores de centro-esquerda, mas que necessariamente não são do PT.
Clima quente
“Coloque como opção de voto da esquerda, em quem o PT ou o PSOL votaria, em mim ou no Adriano, e vocês irão ver quem é de direita e quem não é. Não quero voto de esquerdista, não represento essa raça”, escreveu Sargento Lima para a coluna. O atual secretário de Estado da Segurança Pública já deu o tom de como será a campanha eleitoral em Joinville, e que o seu maior adversário será o prefeito Adriano Silva (Novo). Lima entende que primeiro, precisa chegar no segundo turno e a melhor maneira é tirando o atual prefeito do páreo. Quem pode se beneficiar dessa briga é o MDB.
Bolsonaro em BC
O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) conseguiu levar um bom público à praia central de Balneário Camboriú, onde fez uma espécie de comício. Com ele, o governador Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif Júnior (PL) e o prefeito Fabrício Oliveira (PL). É um fato que Santa Catarina se tornou uma espécie de “bunker bolsonarista”, um porto seguro para o ex-presidente que precisa passar a imagem de força política, e se ele queria imagens, conseguiu. Bolsonaro ainda tem o poder de movimentar um bom público formado por apoiadores fiéis. As denúncias afastaram aquele eleitor de direita, que o apoiava sem se considerar bolsonarista, mas uma coisa é certa: há uma parcela da população que segue fiel a um ex-presidente que tem enfrentado sérios problemas na justiça, e isso não pode ser desconsiderado.
Errou
O prefeito de Xanxerê, Oscar Martarello (PL), cometeu uma série de equívocos na semana passada, deixando transparecer uma falta de experiência política gritante. Martarello não gostou de saber que o PSD não apoiará a sua reeleição e que poderá ter candidato em Xanxerê. Em resposta, foi a Chapecó conceder uma entrevista e, por uma questão dele, acabou constrangendo o presidente do PL de Chapecó, Leandro Sorgatto, o lançando como candidato a prefeito. Detalhe: Sorgatto já disse que não irá disputar, mesmo assim, Martarello, que não tem tamanho para agir como uma liderança regional, não parou para pensar na situação e jogou Sorgatto num cenário desfavorável. Além disso, partiu para o confronto com o prefeito João Rodrigues (PSD). Ao invés de tentar construir, Martarello implodiu uma ponte que dificilmente poderá ser reconstruída. E pode ter criado uma inimizade à qual não terá força para enfrentar.
Talento para o erro
O ex-deputado estadual Laércio Schuster parece ter uma predileção pelo caminho do erro. Durante o segundo processo de impeachment contra o então governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos), Schuster um dia após ter dado a palavra que votaria contra o impedimento, fez um acordo e traiu Moisés, situação que o levou ao isolamento até mesmo na Assembleia Legislativa. Agora, criou uma situação embaraçosa no PL de Indaial, ao levar a ex-primeira-dama Elaine Pickler para se filiar em um evento do PL sem avisar o prefeito André Moser (PL) e o próprio governador Jorginho Mello (PL). Moser relatou ao governador a situação. Jorginho empoderou o prefeito e praticamente inviabilizou a candidatura de Schuster.
Futuro de Laércio
Laércio Schuster somente será candidato a prefeito de Indaial se filiar em outro partido. No PL não será candidato. Primeiro, nunca foi a vontade do prefeito André Moser (PL) de apoiá-lo e, segundo, foi visto como um traidor ao filiar a ex-primeira-dama sem comunicar. Existe até mesmo a possibilidade da expulsão de Schuster do partido. Elaine Pickler se desfiliou. Como a separação de Moser aconteceu durante o segundo mandato do prefeito, a lei a impede de disputar a eleição neste ano. Apenas no caso de renúncia de André Moser.
Executiva em Garopaba
O Partido Liberal de Garopaba anunciou sua nova executiva. Milton José da Cunha Júnior assume a presidência, liderando a equipe de pré-candidatos a vereador, incluindo a filiação do atual vereador, Sérgio Jacaré, e o firme apoio aos atuais prefeito e vice, Júnior Abreu e Jorge Chaves, o Guto, ambos do Progressistas. A nova composição reforça que seguirá os princípios conservadores, alinhados com as diretrizes das executivas estadual e nacional.
Em harmonia
O jornalista Henrique Harmonia, que também é músico e servidor público, foi procurado por partidos políticos de Palhoça para lançar seu nome a vereador nas eleições deste ano. Deve decidir nos próximos dias para qual vai.
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