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O MDB tem prazo para decidir o seu futuro em relação ao governo de Jorginho Mello (PL). Será logo após o dia 6 de abril, quando encerrar a janela de filiações. O partido, que se entregou para o governo por uma meia secretaria, agora pensa se vale a pena dar apoio a um governador que não hesitou em ir para cima de prefeitos, vereadores e demais lideranças emedebistas para filiar ao Partido Liberal.

Em conversa com algumas lideranças do MDB nos últimos três dias, ouvi que a decisão será baseada no tratamento dado por Jorginho ao partido durante a janela de filiações. Os emedebistas farão conta para saber o tamanho do rombo deixado pelo PL em sua base. Nesta semana, a investida de Jorginho foi para cima do prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Faveri (MDB). Lideranças disseram que ele ficou balançado com o convite que recebeu.

Além disso, boa parte do núcleo emedebista ainda não engoliu a ida do deputado estadual Egídio Ferrari para o PL após ter dado a palavra de que se filiaria ao MDB. Uma fonte me disse que um dos mais contrariados com a situação é o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), que foi o responsável pela articulação pela filiação de Ferrari. Procurei De Nadal, que se limitou a responder que não é o momento de fazer qualquer declaração. Mas o fato é que o caso Egídio é visto por algumas lideranças do MDB como uma humilhação ao partido. Se no início havia a informação de que em troca haveria o apoio do PL ao deputado federal Carlos Chiodini, que disputará em Itajaí, agora a situação é vista como pior ainda, já que não houve acordo. Ou seja, a reclamação é de que Ferrari saiu de graça para o PL e que o partido aceitou pacificamente.

Também ouvi durante as conversas que a situação do deputado licenciado Jerry Comper, atual secretário de Estado da Infraestrutura, não mudou. Ele segue insatisfeito. De acordo com um deputado, Comper segue no cargo apenas para manter o suplente Emerson Stein no mandato. “Se não fosse o Emerson, ele já teria saído da secretaria”, revelou. Em mais um capítulo constrangedor para Jerry, no evento realizado pelo governo em Criciúma nesta semana, Ricardo Grando foi apresentado como o secretário, não como adjunto, que é o seu cargo atual.

Outro ponto que tem desagradado os emedebistas é o excesso de ideologia nas posições do governador, o que, segundo eles, só atrapalha o desenvolvimento do estado. Eles comparam o governo catarinense com as posições dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro. Ambos bolsonaristas, não deixam de dialogar com o Governo Federal, inclusive, com encontros com o presidente Lula (PT), ao contrário de Jorginho, que se negou a se encontrar com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que palestrou na Fiesc no mês passado. “Enquanto Rio de Janeiro e São Paulo estão recebendo grandes investimentos, o que Santa Catarina está fazendo para merecer? É preciso parar de pensar apenas em ideologia e pensar no estado”, me disse um dos parlamentares.

Protagonismo

Um sentimento que começa a ser trabalhado entre os emedebistas é que o partido precisa retomar o protagonismo na política catarinense. O entendimento é de que o tamanho do MDB não lhe permite discutir apenas espaços no Governo do Estado. A ideia é que passe a ser discutida a criação de um projeto próprio pensando em 2026. Os deputados Carlos Chiodini, Valdir Cobalchini e Mauro De Nadal são colocados como os que têm condição de liderar um projeto para o partido voltar à Casa D’Agronômica. “Sem um projeto ousado, corremos o risco de nos tornarmos um partido menor”, disse um parlamentar, destacando que o MDB não deve querer ser vice, mas sim buscar um vice.

Partido de centro

Sobre o posicionamento do MDB, o entendimento é de que as raízes emedebistas são de centro. “Não somos um apêndice nem da esquerda e nem da direita, e isso precisa ser respeitado. Essa polarização quer passar a ideia de que só tem PT e PL. Eles representam metade da Câmara. A outra metade é o centro. A polarização causa uma falsa impressão por fazer muito barulho. Temos que apostar nas eleições municipais”, afirmou.

Novo Casa Civil

O deputado estadual Maurício Peixer (PL) poderá ser o novo secretário de Estado da Casa Civil. Ele está no radar do governador Jorginho Mello (PL) para ocupar o cargo. Nos bastidores, é dito que já houve conversas e que estariam adiantadas. Procurado, Peixer disse que não foi convidado, mas deixou as portas abertas, caso o convite venha. “Se convidar, eu estou à disposição do governador. Ele é meu amigo, para o que precisar estou à disposição”, afirmou. Caso assuma, Maurício Peixer dividirá o comando da Casa Civil com Filipe Mello, que se tornou um conselheiro informal com poder de decisão na secretaria.

Comando do PSD

A partir da próxima segunda-feira, o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, irá se licenciar do comando do partido. Ele passará por uma cirurgia na coluna e terá que ficar por um tempo afastado das atividades partidárias. Segundo informações do PSD, o deputado estadual Napoleão Bernardes, atual vice-presidente, é quem assumirá o comando até o retorno de Giordani.

Insatisfação no PT

Lideranças do PT, incluindo alguns deputados, estão insatisfeitos com a condução do partido em Santa Catarina. Durante algumas conversas, ficou clara a preocupação com a falta de uma maior movimentação para buscar a filiação de lideranças que encorpem o partido. Sobrou até para o presidente do Sebrae, Décio Lima. A reclamação é que o comando petista deveria ter sido dado a um parlamentar com força de mobilização do partido no estado.

Cartada em Criciúma

A deputada federal Júlia Zanatta deu uma cartada em Criciúma, com o objetivo de provocar uma candidatura do partido à Prefeitura local. Segundo Júlia, se Ricardo Guidi (PSD) não for para o PL para ser o candidato dos liberais a prefeito, ela se anunciará como pré-candidata.

Nome do governador

O governador Jorginho Mello (PL) deixou de forma muito clara em Criciúma que o deputado federal Ricardo Guidi (PSD) é o seu nome para a disputar a Prefeitura local. Ao ser questionado pela colega Maga Stopassoli, da Rádio Som Maior, Jorginho disse que Guidi será prefeito em qualquer partido. O que chama a atenção é que o governador usou o evento do Universidade Gratuita para fazer uma propaganda de seu candidato, dizendo que conversou com Guidi sobre o projeto quando ainda estava em Brasília.

Fim da greve

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina homologou o acordo entre a Prefeitura de Florianópolis e o Sintrasem. O sindicato terá que pagar R$ 100 mil em cestas básicas, além de compensar as horas de trabalho. Os alimentos serão destinados a instituições indicadas pelo Judiciário catarinense. A Prefeitura se comprometeu com o chamamento mínimo de pelo menos 300 profissionais do quadro do magistério e a continuar os estudos de descompactação da tabela. Sobre os reajustes dos vencimentos, ficou acordado a reposição da inflação referente a maio de 2023 a abril de 2024. Na competência de maio de 2024, também haverá reajuste no vale alimentação. Todas essas medidas já estavam propostas pelo município antes mesmo de iniciar a greve.

Segunda pista

O senador Esperidião Amin (Progressistas) se pronunciou ontem no plenário do Senado sobre a segunda pista do aeroporto de Navegantes. Amin lembrou que a obra foi retirada do projeto, de responsabilidade da concessionária CCR Aeroportos, sob alegação de que o investimento ficou de fora do edital de concessão do Governo Federal. Quando houve o processo de concessão, lideranças catarinenses, incluindo Amin, cobraram do então ministro Tarcísio de Freitas uma previsão de construção da pista. Ouviram como resposta que o Governo Federal não pode impor investimentos “desnecessários” aos investidores.

Sem garantia

O contrato da concessão assinado em abril de 2021 não tem qualquer garantia a Santa Catarina de que a empresa construirá a segunda pista do terminal. Mesmo com a pressão de lideranças e empresários da região, o governo não impôs qualquer obrigação à concessionária. Ontem Amin destacou que a decisão afeta diretamente o desenvolvimento da região, uma vez que o aeroporto é estratégico para o turismo e para a economia catarinense. Segundo ele, o projeto deveria seguir conforme previsto no plano diretor de 2013. O parlamentar alertou para possíveis implicações legais das desapropriações já feitas.

De olho na eleição

Os pré-candidatos à Prefeitura e à Câmara Municipal de Florianópolis da Federação PSOL/REDE, bem como dirigentes partidários e apoiadores, estiveram reunidos ontem para afirmar a necessidade de uma frente unitária de partidos de esquerda nas eleições. PSOL, PSB e Rede estarão juntos no pleito municipal deste ano. Os partidos enxergam como natural a candidatura para prefeito do deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), pela votação que o parlamentar teve para a Câmara e a Assembleia Legislativa em 2020 e 2022, em ambas sendo o mais votado na cidade.