Vereadores de Joinville discutem falta de remédios para pacientes com câncer e fila para exames do sistema digestório
A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Joinville discutiu a falta de medicamentos para quimioterapia e o atraso nas consultas no Hospital Municipal São José, em reunião do colegiado na quarta-feira (13). Pacientes da ala de oncologia, representantes da Prefeitura e do hospital também participaram.
O encontro foi pautado porque diversos tratamentos estão sendo interrompidos por falta de medicamentos. A paciente da oncologia Cleusa Soares disse que há demora na entrega dos exames e há pessoas que só conseguem recebê-los com a ajuda da Justiça.
“Eu estou desde janeiro sem nenhum tipo de medicamento. Nenhuma medicação está me sendo fornecida. Nem pra mim nem pra muitas meninas que estão lá”, reclamou Cleusa.
O presidente do Hospital, Arnoldo Júnior, justificou a demora dizendo que a demanda aumentou e que é preciso, principalmente pelo crescimento das cidades, preciso ampliar “portas de entrada” para atender aos munícipes.
Exames
A fila para exames de endoscopia na saúde pública de Joinville tem mais 5,8 mil pacientes. Para a colonoscopia, são outros 5,6 mil. Ao todo, são 11,4 mil pessoas à espera de atendimento. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
A gerente de regulação da saúde, Franci Machado, explicou que no ano passado uma clínica que realizava parte dos exames foi descredenciada, por razões sanitárias, o que causou o surgimento das filas.
Mesmo com edital aberto, não houve instituição interessada em assumir os exames, segundo Franci, por que os valores pago conforme a tabela SUS estão defasados.
O Pastor Ascendino Batista (PSD), proponente da reunião, sugeriu que a Prefeitura amplie o convênio que realiza a compra dos exames no Hospital Bethesda.
Atualmente, o Hospital Bethesda é a única instituição que realiza os exames para pacientes ambulatoriais. Para pacientes hospitalares, que são idosos ou com comorbidades, os exames são realizados no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.
O presidente da Comissão de Saúde, Brandel Júnior (Podemos), defendeu o uso de uma emenda federal para a compra dos exames junto ao Bethesda.
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