A defesa do meio ambiente não é incompatível com o desenvolvimento. Até porque, quando há investimento e melhoria de uma estrutura pública, isso faz com que um determinado local se desenvolva, atraindo bons negócios, turismo, entre outros benefícios que trarão um importante retorno para a população e para a própria localidade.

Em um vídeo nas redes sociais, o professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Paulo Horta, criticou o projeto de engordamento da praia de Jurerê Internacional. A questão é que, para a realização da obra, foi necessário um projeto; depois desse, uma série de licenciamentos junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA), Capitania dos Portos, Superintendência do Patrimônio da União (SPU), todos órgãos responsáveis por liberar ou não uma obra. A questão é: será que esses órgãos estão todos errados, e apenas o professor está certo? Será que os profissionais desses órgãos colocariam seus registros profissionais em risco para atender a uma obra que, segundo Horta, trará prejuízos ambientais? A resposta é óbvia: claro que não!

Paulo Horta é conhecido em Florianópolis por ser contra qualquer obra que traga desenvolvimento. A alegação da preservação da natureza é até simpática, mas precisa ter um sentido embasado na realidade e não somente por ser contra determinada gestão. Não cabe um debate ideológico, mas sim técnico, e essa questão já está pacificada com os órgãos responsáveis. E se a preocupação é somente com o meio ambiente e não ideológica, por qual motivo Horta não pediu para ver o projeto ainda em sua fase de elaboração?

Esse mesmo professor já entrou na justiça em outra oportunidade. Conseguiu travar por um tempo a construção da nova ponte da Lagoa da Conceição, projeto esperado pela comunidade local, pois não é somente a ponte, mas todo um espaço público que será de grande importância para os moradores e visitantes da região. E vale destacar que essa obra, talvez, tenha sido a mais licenciada dos últimos anos. Mesmo assim, lá estava Horta tentando impedir o desenvolvimento daquela comunidade.

Florianópolis não tem mais espaço para mentalidade provinciana. Uma cidade que atrai turistas e investidores do mundo todo precisa sim avançar em busca de uma melhor qualidade de vida para a população. E, se houver alguns impactos ambientais, que assim seja, desde que não gere uma catástrofe ambiental, e esse não é o caso das obras mencionadas. Pensem que, na realidade, o que comemos, os veículos que usamos e muitas das atividades que fazemos no dia a dia, incluindo os ambientalistas por vezes, causam um dano muito maior do que qualquer obra devidamente licenciada.