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Mesmo descontente com o governador Jorginho Mello (PL), o MDB segue na base de apoio. Até quando, não é possível saber. O fato é que há duas semanas, Jerry Comper disse, num almoço da bancada na sala da presidência da Assembleia Legislativa, que não estava mais se sentindo à vontade no governo e que desejava sair. A questão é: quem estaria à vontade na situação em que ele se encontra? Relegado ao segundo plano, Comper, desde que assumiu o cargo, ganhou apenas uma mesa, uma cadeira e uma caneta sem tinta.

A situação constrangedora do emedebista no governo tem ficado cada dia mais evidente. Conforme já relatei, geralmente, nas visitas e reuniões com prefeitos, quem participa a pedido do governador é o secretário adjunto, Ricardo Grando, conforme mostra esta foto.

Uma fonte ligada ao governo me disse que não se trata de um desprestígio a Jerry. “Acontece que o Grando é mais técnico. É alguém com muita experiência de governo. Portanto, é natural que ele atue na linha de frente nas discussões mais técnicas. O Jerry ocupa um cargo mais político. Ele não tem experiência, mas politicamente ajuda porque é o MDB no governo”, relatou na condição de anonimato.

A palavra usada por alguns deputados emedebistas nesta semana é “desconforto”. Uma das comparações que tem sido feitas é quanto ao tratamento recebido pelo MDB pelo Governo Federal e como é tratado aqui no estado pelo governo de Jorginho Mello.

Por enquanto, a ideia dos deputados é seguir com o diálogo, que na verdade tem sido feito há meses sem nenhuma novidade. Acontece que, para o governador, a situação já está resolvida. Foi dada uma secretaria importante, mesmo sem tinta na caneta, e o MDB tem que se contentar com essa situação. Já na bancada e até mesmo entre integrantes da executiva estadual, o espaço é muito pequeno para o tamanho do partido.

O fato é que os emedebistas querem avançar ainda mais. Um deputado emedebista chegou a me dizer que Jorginho precisa da ajuda de partidos como o MDB e o PSD para fazer a gestão do estado. Para ele, falta time para o governador.

Outro descontente é o Progressistas. O partido, que tem a Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e do Serviço, comandada pelo ex-deputado estadual Silvio Dreveck, tem outra reclamação: o assédio de Jorginho Mello a seus prefeitos. “Os nossos prefeitos não podem conversar com o governador sem serem assediados. Eles mal entram e lá vem o Jorginho com uma ficha de filiação. Essa forma de tratar os parceiros não está certa”, disse um parlamentar demonstrando irritação.

O fato é que essa situação de Jorginho com partidos aliados é como um jogo de futebol em que se joga pelo empate. Os partidos seguirão na tentativa de uma maior valorização, enquanto o governador só irá administrar a situação e, empurrando com a barriga, tentará manter o apoio de dois grandes partidos que se apequenam em troca de espaços muito aquém de suas histórias.

Universidade Gratuita

A reação de alguns deputados à Ação Direta de Inconstitucionalidade da Ampesc contra o projeto que criou o programa Universidade Gratuita gerou surpresa a alguns representantes de universidades privadas. A ordem é aguardar a decisão da justiça. Os deputados voltarão a se reunir na próxima semana. A ideia é buscar o diálogo com a Ampesc para manter o acordo que definiu as bases para a criação do programa. Agora, caso não haja um recuo, os parlamentares prometem uma forte reação e a avaliação de uma forma de tirar as universidades privadas dos programas de bolsas de estudo.

Já era esperado

A Ação das universidades privadas não é novidade. O movimento já era esperado desde a aprovação do programa Universidade Gratuita. A decisão de esperar a decisão da justiça mostra que a Ampesc não recuará, pelo menos não neste momento. Algo que deve acontecer nos próximos dias são novas reuniões entre integrantes das instituições privadas com deputados estaduais.

Reta final

Em Brusque, a reta final do processo eleitoral mostra uma disputa entre Alessandro Simas (Progressistas) e Paulo Eccel (PT), os dois primeiros colocados na pesquisa que o SCemPauta apresentou esta semana. Os candidatos André Vechi (DC) e William Molina (MDB) erraram em suas estratégias. André usou as redes sociais para se explicar, que não é petista, e depois passou a atacar Paulo Eccel (PT), enquanto Molina (MDB) não conseguiu vincular sua candidatura ao ex-prefeito bem avaliado Ari Vequi (MDB). Mesmo com a máquina, perderam força na reta final. Agora é aguardar o resultado de domingo, mas o desenho que se mostra é entre o candidato de direita Alessandro Simas e Paulo Eccel (PT).

Homenagem a Bolsonaro

Conforme informei nesta semana, o ciúme foi grande na bancada estadual do Partido Liberal, com a indicação feita pelo deputado Oscar Gutz para a entrega da Comenda do Legislativo Catarinense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Pressionado, retirou a indicação, e a bancada dará entrada a um projeto de lei para conceder o título de Cidadão Honorário de Santa Catarina a Bolsonaro.

Cobalchini prefeito

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, João Cobalchini (UB), assumiu ontem o cargo de prefeito interino. Ele comandará a cidade durante os 12 dias em que o agora prefeito licenciado, Topázio Neto (PSD), passará na Coreia do Sul em missão oficial. Coube ao vereador Claudinei Marques (Republicanos) assumir a presidência da Câmara Municipal.

Filiação ao UB

Ontem, o presidente do União Brasil em Criciúma, Paulo Padilha, e o presidente estadual do partido, o deputado Fábio Schiochet, filiaram o médico conhecido como Dr. Aníbal Dário. O novo filiado é o nome do UB para a Prefeitura de Criciúma.

Dupla de oposição em Palhoça

Os dois nomes que provavelmente irão compor a chapa de oposição em Palhoça, Luciano Pereira (PSD) para prefeito, e Dayana Wolf, esposa do deputado estadual Sérgio Guimarães (UB), para vice, se encontraram na Assembleia Legislativa. A chapa tem a bênção de Guimarães, que promete ser atuante no pleito.

Posse no PSB

Acontece hoje em Chapecó a posse de Auri Casalli como presidente municipal do PSB. Ele terá o desafio de organizar o partido para a eleição municipal. Os socialistas têm na vereadora Marcilei Vignatti um possível nome para disputar a majoritária.

Mulher Segura

A Diretoria de Polícia da Fronteira (DIFRON) da Polícia Civil lançou em Xanxerê o projeto Mulher Segura. Trata-se de uma campanha inovadora que visa disponibilizar às mulheres instruções de como buscar ajuda junto aos canais de denúncia. Foram apresentadas às mais de 300 pessoas presentes sacolas plásticas estampadas com a identificação visual do projeto, e demais materiais impressos, ambos desenvolvidos para a divulgação dos canais de denúncia e registro de ocorrências da Polícia Civil e requerimentos de medidas protetivas de urgência. Esses materiais chegarão de forma rápida e constante aos lares de Xanxerê e região ao serem distribuídos pelos supermercados e estabelecimentos comerciais parceiros.

Parceiros

O projeto Mulher Segura, idealizado pela DIFRON, contou com o apoio de diversas empresas e entidades de Xanxerê e também recebeu o apoio da Sociedade Maçônica Regional Oeste (SOMAR). Nas próximas semanas, o projeto deverá ser lançado em Chapecó e nos demais municípios da região Oeste.

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