As transformações no mercado de trabalho – Coluna do Noel Baratieri
O mercado de trabalho vive momento de profundas transformações, o qual, segundo os pesquisadores, sofrerá enorme impacto nos próximos anos. Nesse cenário, desenham-se três situações: a) há ocupações que simplesmente serão extintas; b) as profissões existentes, em parcela considerável, sofrerão modificações profundas e significativas; e c) surgirão novas profissões. Desse modo, a ruptura no mercado de trabalho causará enormes impactos na vida das pessoas.
Para os especialistas, há três fatores que estão provocando essa rápida transformação no mercado de trabalho: o avanço acelerado da tecnologia, a inteligência artificial e as novas demandas ambientais. Por isso, as profissões que surgirão terão como foco solucionar problemas relacionados às temáticas: inteligência artificial, ciência de dados, sustentabilidade ambiental e segurança da informação. É nessas demandas que surgirá a necessidade de novos profissionais altamente especializados.
Nesse novo cenário, é imprescindível que a educação oferecida seja de melhor qualidade. A educação brasileira precisa sofrer uma verdadeira revolução. O que é entregue hoje aos estudantes é precária e deficitária. Não dialoga com os novos tempos do mercado de trabalho. Nessa linha, infelizmente, parcela considerável das universidades brasileiras não consegue atender essas novas demandas do mercado de trabalho. Por isso, é urgente que sejam repensados e revisados os currículos de cursos universitários oferecidos à comunidade universitária.
Precisamos levar a sério esse fenômeno disruptivo no mercado de trabalho. Os entes federativos precisam conceber políticas públicas para enfrentar essas mudanças. É preciso priorizar os investimentos públicos na capacitação da mão de obra, para que seja viabilizado o desenvolvimento da nova economia. Por isso, qualificar os trabalhadores deve ser uma preocupação de todos os atores envolvidos (agentes públicos e privados). Para os profissionais capacitados, as ofertas de empregos serão elevadas. Entretanto, para quem não tiver formação (ou capacitação deficitária), o acesso ao mercado de trabalho ficará cada vez mais difícil.
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