Ferdinando: policiais penais vão cobrar o cumprimento da promessa

A queda de Jeferson Cardozo, anunciado como secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativo, antes mesmo de assumir, impõe um grande constrangimento ao recém iniciado governo de Jorginho Mello (PL). Acontece que os problemas não devem parar por aí. Após o anúncio feito pelo colunista Moacir Pereira de que Cardozo não seria mais o secretário, a preocupação da categoria se voltou para a possibilidade de o comando ficar com o adjunto, Neuri Mantelli.

Acontece que neste momento, Mantelli comandará a secretaria, até que haja a definição pelo nome do secretário. Edson Rocha, o preferido dos policiais penais e agentes de segurança socioeducativo, voltou a ser lembrado, porém, nada foi confirmado. Questionei a assessoria do governo que confirmou que Mantelli segue como adjunto e que não será o secretário. Quanto a Cardozo, o nome pesou após a repercussão negativa, por causa de um processo que ele responde na justiça, tendo inclusive sido preso. O SCemPauta foi quem levantou o assunto após receber a informação.

Mesmo como adjunto, Neuri Mantelli não é aceito pela categoria. Os policiais penais não o aceitam pelo fato dele ser ACT, não servidor de carreira. Conversei com o presidente da Associação que representa a categoria, Ferdinando Gregório. Ele me disse que os policias estão conversando para tentar entender a situação, mas deixou claro que haverá uma forte cobrança junto ao governador, para que ele cumpra a promessa feita durante a campanha. “Jorginho prometeu um Policial Penal a frente da pasta, agora vamos atuar nos bastidores, não aceitamos um estranho a frente da secretaria, acreditamos que o governador vai cumprir com sua palavra e nomear um servidor de carreira”, afirmou.

Os policiais penais e socioeducativo começarão amanhã uma série de mobilizações. Serão procurados deputados e assessores do novo governo para conversar. Alguns policiais e agentes me enviaram mensagem afirmando que não aceitarão a nomeação de Mantelli. Um vídeo com uma fala dele, a respeito dos chamados excedentes do concurso público, também gerou uma má repercussão junto a categoria. Tentei conversar com Mantelli. Ele estava em reunião, mas ficou de entrar em contato assim que possível.