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O MDB precisa urgentemente decidir a sua vida, pois alguns movimentos já se tornaram constrangedores. Enquanto o senador Dário Berger, e o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, disputam a condição de pré-candidato ao Governo do Estado, lideranças fazem juras de amor ao governador Carlos Moisés da Silva (sem partido). É como se o MDB fosse uma pessoa comprometida em noivado, mas que segue flertando com uma terceira pessoa.

É claro que os parlamentares têm todo o direito de trabalhar pelas suas regiões e, fazer política é do jogo, mas há limites. Vale dizer que também não há erro em querer seguir num mesmo projeto do governador, mas é necessário um posicionamento mais claro, uma sinalização sincera para o eleitor e demais integrantes do partido. Afinal, o que deseja o MDB e, mais, será que vale mudar a regra do jogo com a bola rolando?

Durante o final de semana acompanhando Moisés em alguns atos no Meio-Oeste, os deputados estaduais, Romildo Titon (MDB) e Valdir Cobalchini (MDB), praticamente fizeram campanha pela reeleição de Moisés. “Quatro anos é pouco tempo para o senhor, governador”, afirmou Titon em Treze Tílias, seguido da seguinte fala de Cobalchini em Videira: “O governo está mostrando que está no caminho certo. Em time que está ganhando não se mexe. Tomara que aqueles que decidem nos partidos possam pensar em Santa Catarina, não apenas se o governador é desse ou daquele partido. Se pode continuar assim, por que não continuar assim? ”, provocou.

Outro a falar no final de semana a favor de uma aproximação com Moisés, foi o prefeito de Penha, Aquiles da Costa (MDB), que já comemora uma previsão de R$ 34 milhões de repasse do Estado ao seu município. “Há um namoro muito forte do governador Moisés com o MDB. Acredito que o Moisés talvez venha ao MDB, eu não falo em nome do partido, não falo oficialmente, falo apenas como alguém que é simpatizante do governo de Moisés. Ele faz um grande governo para Santa Catarina”, afirmou.

Por outro lado, tem lideranças emedebistas a exemplo de dois deputados que conversei na sexta passada, que defendem a antecipação da escolha do nome do partido ao Governo do Estado, entre os três pré-candidatos já postos. Esses parlamentares entendem que se tiverem que se afastar do governo pelo projeto do MDB, que respeitarão e seguirão com o partido.

Conforme a colega Maga Stopassoli divulgou em primeira mão, hoje o presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner, terá uma audiência com Moisés na Casa D’Agronômica. Em rápida ligação ele me explicou que Ivone Maldaner, viúva de Casildo Maldaner, entregará a Moisés um livro biográfico em homenagem ao ex-governador que faleceu neste ano. Além disso, a ex-prefeita de Maravilha, Rose Maldaner (MDB), apresentará um pedido para um contorno viário para o município administrado por ela, enquanto Celso reivindicará um investimento em Coronel Freitas, também no Oeste.

Questionei a Maldaner se a eleição do próximo ano estará na pauta e, ele disse que não. Respondeu que o seu partido segue dando governabilidade, mas quando perguntei se poderá fazer um novo convite para o governador se filiar, ouvi a seguinte resposta: “Não sei querido, vamos conversar, conversar com a bancada, dia 6 teremos reunião com o partido”, afirmou, sem descartar.

Uma fonte ligada ao governo me disse que a audiência está agendada há mais de um mês. Também revelou que o convite feito por Maldaner a Moisés há alguns meses, foi para que o governador se filiasse ao MDB e terminasse o mandato, não para disputar a eleição. O fato é que para colocar Moisés no MDB, seria necessária uma engenharia que provocaria fortes efeitos colaterais no partido, inclusive, com a perda de lideranças, ou seja, algo muito difícil de construir. Além disso, como ficam Dário, Antídio e o próprio Maldaner, que já estão postos como os nomes do MDB para o próximo ano?!

Debate na Pan News

Hoje é dia de debate no programa O Jogo do Poder nas rádios Jovem Pan News de Florianópolis 103,3 FM, e Jovem Pan News de Criciúma 101,5 FM. Maria Helena, Maga Stopassoli e eu, Marcelo Lula, debateremos as principais pautas da política de Santa Catarina. O programa tem início às 16h. Além de ouvir pelo rádio, você pode assistir pela Panflix, ou através do perfil Jovem Pan Floripa no Youtube.

Disputa pelo Republicanos

Tem disputa pelo Republicanos no ar. O governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) deseja de qualquer maneira o comando do partido aqui em Santa Catarina. A situação tem incomodado sobremaneira o atual presidente do Republicanos, o deputado estadual Sérgio Motta. Lideranças próximas a ele não escondem o mal-estar, definindo a situação como deselegante. Conforme divulguei na semana passada, Moisés foi a Brasília acompanhado de Cris Esmeraldino, um dos maiores apoiadores da campanha do então Comandante Moisés na eleição passada. Eles se encontram com o presidente do Republicanos no Distrito Federal, Wanderlei Tavares.

Tentando construir

O governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) tenta construir a sua ida para o Republicanos. Ele só aceita se for para assumir o comando estadual do partido, pois, conforme já disse em uma reunião, não confia no deputado estadual, Sérgio Motta, atual presidente do Republicanos em Santa Catarina, por ter votado contra ele no processo de impeachment. A ideia é construir a tomada da sigla, aproveitando a relação de Cris Esmeraldino com o presidente do Republicanos no Distrito Federal, Wanderlei Tavares, que tem interesse aqui no estado. Como Tavares é muito ligado ao presidente nacional do partido, Marcos Pereira, a ideia é construir através dele. Acontece que o currículo de Tavares não é nada bom. Investigado por corrupção passiva, ativa e formação de quadrilha, teve seu nome envolvido no âmbito da Operação Mãos à Obra, que foi um dos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Campanha para Esmeraldino

Em entrevista à Rádio Tubá de Tubarão, o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), fez uma verdadeira campanha a favor do secretário executivo da Articulação Nacional, Lucas Esmeraldino, que se prepara para disputar uma vaga à Câmara dos Deputados. “O Lucas foi a pessoa usada por Deus lá na época para dizer o seguinte: vem, vem aqui, e eu prometi que ajudaria a ele apenas quatro meses e depois estava fora”, afirmou. Depois, Moisés completou: “Essa é a gratidão que os catarinenses têm que ter para o Lucas, o Estado está na condição que está. E a oportunidade que os catarinenses tem é que quando o Lucas se colocar à disposição, as pessoas honrarem todo o trabalho que ele teve até aqui, o acompanhamento e o movimento que ele fez para que o Estado de Santa Catarina tivesse essa transformação que tem. Acho que nós temos que ser gratos ao Lucas”, afirmou Moisés, em claro tom de campanha.

E Dória venceu!

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), venceu as prévias e passa a ser o pré-candidato tucano à Presidência da República. A decisão conforme já venho adiantando há algum tempo, praticamente tira de Gelson Merisio qualquer condição de ser o candidato ao Governo do Estado. Quem deve entrar no cenário nas próximas semanas é Vinícius Lummertz, apadrinhado por Dória. Ele pode ser o nome dos tucanos para um possível vice numa costura com outras legendas. Fontes me disseram que a questão nacional pode aproximar o PSDB, do MDB e do Podemos. Nos próximos dias um encontro deve ser agendado para a discussão sobre os rumos dos tucanos de Santa Catarina. Quanto a Merisio, deve disputar a deputado federal.

Para o futuro

O governador gaúcho Eduardo Leite continua sendo um bom nome, para o futuro. Tem apresentado uma gestão de resultado, é jovem, com certeza ainda terá muitas oportunidades de pleitear a condição de candidato à Presidência da República. Deve ir ao Senado para seguir no cenário. A questão é que Leite precisa melhorar a sua retórica, além de montar uma equipe de assessores realmente competentes. A atual equipe, além de apresentar grandes fragilidades na condução do processo, apresentou uma soberba poucas vezes vista, parecia que o governador já era o presidente. É um povo que também tem muito a aprender.

Frente com a Facisc

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), selecionou uma série de pleitos de todas as regiões e entregou aos deputados federais e senadores, na sexta-feira (26), durante a Reunião do Fórum Parlamentar realizada na sede da entidade. Segundo o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, o estado merece uma atenção especial quando se fala em recursos. “Sentimos aqui em Santa Catarina que somos esquecidos no âmbito federal, injustamente. Passamos essa sensação de injustiça aos nossos parlamentares, que levam nossos anseios ao Governo Federal. Não estamos desemparados, bem pelo contrário, vemos o trabalho que nossos representantes fazem pelo nosso estado”, afirmou.

Demandas

A deputada Federal Angela Amin (Progressistas), coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, ressaltou o trabalho de toda a bancada em busca de recursos para Santa Catarina. Ela destacou a urgência e a importância da duplicação da BR – 470. “A região do Alto Vale está sufocada”, afirmou. Já o senador, Esperidião Amin (Progressistas), disse que o Governo do Estado é parceiro vital para a realização de obras federais, a exemplo do que foi feito com a BR-282 no trecho de Florianópolis a Lages. O senador Jorginho Melo (PL) disse que está à disposição para todas as empreitadas que a Facisc encampar. A vice-governadora, Daniela Reinehr (PL), também participou do evento.

Encontro em Joinville

Em evento realizado no sábado (27), o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Maurício Peixer (PL), reuniu cerca de 300 pessoas, entre as quais, o prefeito Adriano Silva (Novo), os vereadores Érico Vinicius (Novo) e Pastor Ascendino Batista (PSD), além dos empresários Ney Silva e Ninfo König, entre outras lideranças da região. O objetivo foi prestar contas do primeiro ano de mandato à frente da maior Casa Legislativa do estado. Durante os discursos foram indicadas duas possíveis candidaturas para 2022: Peixer para deputado estadual e Ari Rabaiolli, hoje presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc), para deputado federal. Maurício Peixer falou sobre as ações de seu mandato como o corte das diárias e celular para os vereadores, bem como da verba de gabinete, além da redução do recesso para 31 dias.

Políticos avaianos

Algumas lideranças da política catarinense que torcem pelo Avaí, comemoraram a ascensão do clube à Série A. Desde os senadores, Esperidião Amin (Progressistas) e Dário Berger (MDB), passando pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), o deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), e o vereador da capital, Afrânio Boppré (PSOL). Já o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), o deputado estadual João Amin (Progressistas) e o ex-prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Campos (PSB), postaram fotos dentro do estádio da Ressacada comemorando a vitória sobre o Sampaio Corrêa do Maranhão.

Reflexão

Se hoje o estado comemora o acesso do Avaí para a Série A, também temos um dia marcado pela lembrança e pela dor. É mais um ano que a tragédia da Chapecoense toca os nossos corações. Que a memória nunca nos falhe, ao mesmo tempo em que, sigamos fortes em busca de respostas e justiça para a maior tragédia do esporte brasileiro. A CPI da Chapecoense no Senado, presidida pelo senador Jorginho Mello (PL), é um dos importantes trabalhos em prol da correção do que provocou o acidente. Vale dizer, não foi fatalidade!!!

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