
Em janeiro de 2023, quando o próximo presidente da República assumir, o Brasil completa 20 anos de populismo, só interrompidos de maio de 2016 a dezembro de 2019, no Governo Michel Temer. Ou seja, o populismo de Lula, Dilma e Bolsonaro vai ocupar quase o mesmo tempo de atraso de 20 anos de ditadura.
Nessas duas décadas, o populismo fez o Brasil despencar da 6ª para a 13ª posição entre as maiores economias do planeta. Mas o pior resultado está visível nas ruas, na brutal queda da autoestima dos brasileiros que, de tão frustrados de serem enganados por “salvadores da pátria”, estão até com o orgulho ferido. Este é o pior sintoma para um país que precisa se reconstruir – e com urgência.
Sob esse cenário, mais do que nunca, precisamos refletir com responsabilidade e seriedade sobre o futuro do Brasil, das nossas famílias, filhos e netos. Não é apenas escolher uma “terceira via” entre Bolsonaro e Lula, porque mais uma vez podemos colocar o país e SC em risco – e não temos mais tempo para isso, sob pena de nos transformarmos numa Venezuela ou numa Argentina. Agora, pergunto a você, trabalhador, empresário da pequena empresa, professor, médico, faxineira, enfim, nós que labutamos diariamente e pagamos altos impostos que acabam sendo aplicados em “fundões eleitorais”: o que queremos? Vou dar minha resposta – e não quero induzir ninguém a nada, só gostaria que a gente refletisse junto: acredito em gestão pública trabalhadora (ou seja, que lembre que é servidora dos impostos que pagamos), eficiente e honesta (seria óbvio, mas no Brasil parece ser um “atributo”). Desde janeiro de 2019 tenho feito parte de uma gestão assim, no Governo João Doria, em São Paulo.
Importante dizer a você que não é possível olhar para os dois anos e meio dessa gestão sem levar em consideração a pandemia da Covid-19, presente em mais de 50% desse tempo. Esse fato realça as qualidades de um Governo que vai vencendo a pandemia com trabalho e planejamento, ciência e tecnologia, priorizando salvar vidas, trazendo as vacinas mesmo contra a vontade do presidente Bolsonaro, mas também salvando a economia paulista (e assim boa parte da nacional), que atingirá quase 8% de crescimento ao final deste ano – um “PIB chinês”.
Alguns acontecimentos recentes também servem para mostrar a eficiência dessa gestão: na manhã de 15 de julho, eu estava ao lado dele quando o governador João Doria reafirmou a realização do GP Brasil de F1 em São Paulo, primeiro evento internacional de expressão a ser realizado no país, com público, desde março de 2020. Na tarde do mesmo dia, na Bolsa de Valores, ajudei, ao lado do vice-governador Rodrigo Garcia, a bater o martelo para conceder com sucesso 22 aeroportos regionais do estado, fato de importância estruturante para o desenvolvimento de São Paulo e com capacidade de remodelar o mapa da aviação comercial nacional.
Infelizmente, no mesmo dia, João Doria comunicou, com a transparência que o cargo exige, que havia contraído Covid-19 pela segunda vez, mesmo estando vacinado com a Coronavac. Mais uma vez, honestidade, clareza e transparência, mesmo sabendo que os críticos tentariam novamente desqualificar a vacina do Butantan – movimento que não durou mais do que algumas horas porque médicos e cientistas de todo o país reafirmaram que é possível se infectar ou reinfectar mesmo com as duas doses – o papel da vacina é evitar o agravamento da doença.
Lembrar desse 15 de julho dá conta do que foram esses 30 meses de Doria em São Paulo. O governador e nós de sua equipe enfrentamos, como todos os brasileiros, o maior desafio em saúde dos últimos 100 anos, o maior drama social desde a Segunda Guerra Mundial. Doria assumiu, contudo, a responsabilidade de não deixar o país na mão. Há seis meses, em 17 de janeiro de 2021, foi aplicada em São Paulo a primeira vacina contra a Covid-19, resultado de uma parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac. Mas esse fato não é isolado. Voltemos no tempo. No segundo semestre de 2019, antes da pandemia, uma comitiva paulista esteve em Xangai, China, onde São Paulo abriu um escritório de promoção de negócios — há outro em Dubai e, mais recentemente, foi aberto o de Munique, na Alemanha. Em breve, haverá um também em Nova York.
Não há dúvida de que a decisão de abrir um escritório na China em meados de 2019 foi fundamental para a parceria com a Sinovac, em 2020, que permitiu a produção da primeira vacina para salvar os brasileiros em 2021. Ou seja, ao fazer o que é certo, defendendo os interesses de São Paulo e do Brasil, o caminho ficou naturalmente sinalizado quando foi necessária uma rápida ação para o enfrentamento da pandemia. O que sobrou em liderança em São Paulo, lamentamos, falta até hoje no Brasil. E o resultado todos sabemos.