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A briga pela preferência do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições do próximo ano em Santa Catarina, deve endurecer nos próximos meses, entre o senador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).
Como num jogo de xadrez, ambos mexem as suas peças em direção a Bolsonaro, buscando o protagonismo junto ao eleitorado de extrema-direita. O novo capítulo foi a chamada “motociata”, evento político com motociclistas que tem sido realizado em algumas cidades do país.
Rodrigues convidou Bolsonaro para realizar o ato em Chapecó. Prometeu arrastar para a sua cidade apoiadores dos três estados do Sul, o que gerou o interesse do presidente que durante o final de semana, confirmou sua participação em conversa por telefone com o prefeito. Acontece que surpreendentemente ontem à noite, o presidente atendendo a um convite de Jorginho, voltou a confirmar a próxima vinda ao estado para um encontro com motociclistas, só que será no dia 14 de agosto em Florianópolis.
A informação que divulguei ontem à noite em primeira mão, pegou pessoas próximas a João Rodrigues de surpresa. Não consegui falar com o prefeito, mas uma fonte me disse que há uma preocupação com a possibilidade de o evento na capital, derrubar o que estava sendo planejado para Chapecó. Ainda hoje deve ser tentado um novo contato com Bolsonaro para saber se ele realmente confirmou a ida a Florianópolis e, se a visita ao Oeste está mantida, mesmo que ainda não tenha data.
Já entre pessoas próximas a Jorginho, a leitura é que ele marcou um “gol de placa”, como me disse uma liderança. O senador usou de sua influência, já que hoje ao lado do empresário Luciano Hang, é o catarinense mais próximo do presidente da República. Quando soube do evento em Chapecó, calculou o que representaria para Rodrigues em termos de força política, se o ato desse certo e, atuou silenciosamente, inclusive, contando com a ajuda do senador Flávio Bolsonaro (Patriota).
Jorginho Mello sabia que não receberia uma resposta negativa do presidente. Ele faz parte da tropa de choque do governo na CPI da Covid, além de defender praticamente todas as pautas. Para completar é o criador do Pronampe, programa que sempre é citado por Bolsonaro, a exemplo da motociata de sábado (12) em São Paulo, quando o presidente citou o nome do senador catarinense.
Mesmo assim, é preciso lembrar que na eleição passada, Bolsonaro demorou para se manifestar a favor do então candidato Comandante Moisés (PSL). Esse posicionamento foi motivado pelo fato de que Gelson Merisio (PSDB) de forma pragmática, também anunciou apoio ao hoje presidente, o que fez com que Bolsonaro temesse tomar partido e perder uma parcela do eleitorado. Isso, ele próprio me disse durante a eleição de 2018 durante uma conversa que tivemos, quando o questionei sobre o apoio em Santa Catarina e para quem seria dado. Bolsonaro respondeu que se manteria neutro, o que motivou uma operação de guerra onde uma comitiva do PSL foi ao Rio de Janeiro pressionar pelo apoio em favor de Moisés.
É bem provável que seja isso que Jorginho queira evitar, ter que dividir o presidente com outros candidatos. Mas vale lembrar que esse número de nomes próximos ao presidente na majoritária, ainda pode aumentar, já que o senador Esperidião Amin (Progressistas) também é pré-candidato ao Governo do Estado.
Hang descarta

Luciano Hang deu um não definitivo a outros empresários, que tentaram convencê-lo a disputar a eleição do próximo ano ao Governo do Estado, ou, para o Senado. “A Havan é um sucesso, mas ele embora um grande e competente gestor, a figura dele é fundamental no negócio”, me disse uma fonte próxima a Hang.
Reação no MDB

O presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner, disse que recebeu com tranquilidade a manifestação do senador Dário Berger na minha coluna de ontem. Berger fez duras críticas ao líder do partido e ao prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, seus adversários na luta pela vaga emedebista para a disputa ao Governo do Estado. Maldaner se limitou a dizer que Dário deve estar preocupado com as demais candidaturas do partido. “Parabéns para ele, não tenho mais nenhuma observação a fazer. Tudo está sendo respeitado, transparência total”, garante.
Regras para a prévia

Ontem o senador Dário Berger pediu que fiquem as claras as regras da prévia que definirá o candidato do MDB ao Governo do Estado. “Prezados amigos emedebistas, diante dos últimos acontecimentos, especialmente da NÃO instalação da Comissão Eleitoral, que seria responsável pela definição dos critérios para a forma de realização das prévias, o que cria um cenário de incertezas já que, desta forma, faremos as prévias sem saber as regras do jogo, não me coube outra alternativa senão INDAGAR o partido e exigir uma DEFINIÇÃO para esta situação. Oficializei a minha posição sobre esta situação, hoje, com o ofício protocolado no Diretório Estadual do MDB”, escreveu Dário.
Reivindicações
No documento apresentado pelo senador Dário Berger à executiva estadual do MDB, ele pede que se esclareça a questão das urnas e de identificação de quem votará. Ele pede que o deputado federal Celso Maldaner ao se tornar candidato, que se licencie da presidência do partido, e que todos os candidatos se mantenham até o final e que, se houver desistência, que se abra um novo prazo de 60 dias. O senador também quer saber se mesmo com a pandemia, se a data será mantida. Berger indicou como membros da comissão eleitoral do partido, os ex-governadores Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso Vieira. Antídio indicou o deputado federal Carlos Chiodini e o ex-deputado Ronaldo Benedetti, enquanto Maldaner indicou Gentil da Luz que é ex-prefeito de Içara, além do ex-vereador de Chapecó, Cleiton Fossá.
Definição
Na próxima segunda-feira a executiva estadual do MDB se reúne em sua sede em Florianópolis, às 10h. Na oportunidade serão definidas as regras da prévia. Maldaner também adiantou que ao oficializar a sua candidatura para disputar a prévia, que se licenciará do comando do MDB estadual. O ex-deputado federal, Edinho Bez, assumirá a presidência provisoriamente.
Piso dos professores
O anúncio do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) feito ontem através de seu perfil no Twitter, de que “Nenhum professor com curso superior e carga horária de 40 horas semanais deve ter remuneração inferior a R$ 5 mil”, gerou uma grande surpresa aos educadores. Ou seja, esse será o valor mínimo, mesmo que o governo precise completar. Atualmente o piso fica em R$ 2,8 mil. O assunto também está sendo discutido na Assembleia Legislativa e os deputados devem nos próximos dias se reunir com o governador. Uma fonte adiantou que a proposta contemplará ativos, inativos e ACTs. Outro ponto que ainda será detalhado, é que o valor mínimo será a soma do salário com os benefícios que já são pagos.
Sinte quer discutir
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), se manifestou de forma positiva ao anúncio feito pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Em nota, a entidade lembra que há mais de 5 anos a categoria não recebe nenhum reajuste salarial. “Somamos uma defasagem no Piso do Magistério de 17% acumulado, agora Moisés, passados dois anos do seu mandato faz este anúncio e deixa expectativas na categoria. O Sinte está disposto a contribuir em apresentar uma proposta de Plano de Carreira adequado para o magistério. Cobramos a oficialização do anúncio do reajuste e a devida valorização dos trabalhadores/as da educação, valorização esta, que chega de forma tardia, mas que é fruto de muita luta da categoria”, escreveu a direção do Sinte.
Aeroporto de Navegantes
Após a audiência de conciliação ocorrida ontem no Supremo Tribunal Federal entre o Estado de Santa Catarina, a União, a ANAC, o Município de Navegantes e a concessionária que arrematou o bloco Sul de aeroportos, ficou definida a suspenção da Ação Cível Originária pelos próximos 60 dias. A intenção é construir uma comissão mista a ser instituída para acompanhar a demanda de carga e o desenvolvimento do programa de melhoria da infraestrutura do aeroporto. A comissão envolverá representantes do Estado, de organizações da sociedade civil que atuam no entorno do terminal, do município de Navegantes e de órgãos federais.