Uma gestão pública de excelência, que tem como pilar o Plano São Paulo, a estratégia do Governo João Doria para vencer a Covid-19 com base na Ciência e na Saúde, permitiu que na terça-feira (25/05) da semana passada fosse realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, um evento que simboliza a preparação da retomada do Turismo num Estado que é o maior polo econômico e industrial do Hemisfério Sul e, ocupa a 5ª posição em relação ao PIB na América Latina. Ou seja, é “um país dentro de um país” – e qualquer movimento que faz para estimular a economia e a indústria de Turismo&Viagens impacta todo o Brasil. Em alguns estados, de notória vocação turística, como Santa Catarina, esse impacto positivo é maior ainda.


Por essa razão, o evento no Palácio dos Bandeirantes não só simboliza a esperança da retomada do Turismo, como também pode servir de referência a outros estados brasileiros – em especial o nosso – na complexa questão da gestão turística em plena pandemia. No ato, o governador João Doria autorizou a assinatura de convênios com 140 Municípios de Interesse Turístico (MITs) no valor de R$ 50,4 milhões, que serão utilizados para obras e melhorias de infraestrutura das cidades.

Outra medida importante anunciada foi a de que os alunos do ensino médio e dos últimos anos do fundamental da rede pública estadual terão à disposição disciplinas eletivas sobre o setor de viagens e turismo. Essa iniciativa vem se juntar a outra, anunciada pelo governador na segunda-feira passada, pela qual os alunos da rede estadual terão aulas de inglês a partir do 1º ano do ensino fundamental – atualmente, os alunos só têm essa matéria a partir do 6º ano até o final do ensino médio. O inglês é hoje a língua universal e, se quisermos desenvolver e internacionalizar o Turismo brasileiro, temos que saber falar com o mundo.

Nesta mesma linha de raciocínio, uma mudança também anunciada no Palácio dos Bandeirantes tem o escopo de mostrar que o Turismo hoje é uma dimensão econômica e social planetária que impacta diretamente 53 setores da economia e tantos outros indiretamente. Por isso, o órgão que dirijo passa a se denominar Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo. Ao incorporar Viagens ao já tradicional Secretaria de Turismo, São Paulo reconhece e chama a atenção para essa dimensão econômica que é fundamental e ocupa os primeiros lugares em diversas economias mundiais. Viajar, fazer turismo, conhecer lugares e trocar experiências ocupa hoje o topo dos desejos de uma humanidade impactada por uma pandemia que restringiu sua liberdade.


No viés econômico, importante recordar que no Estado de São Paulo, em 2019, foram R$ 222 bilhões de faturamento, representando 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista e, o mais importante, uma forte capacidade de geração de empregos, que será fundamental depois desse amargo período de pandemia. Em 2019, ano de bons resultados para o turismo, com crescimento de 5,3% no faturamento, o dobro do resultado do Brasil, o saldo de empregos foi positivo em 50 mil postos de trabalho. Já no ano passado, com o impacto tremendo da pandemia, encerramos com salto negativo de 128 mil empregos. Em 2021, depois de um breve período de recuperação que havia começado no final do ano passado e chegou até fevereiro, o arrefecimento da pandemia fez com que no primeiro quadrimestre o saldo acumulado ficasse negativo em 21,5 mil empregos, perda concentrada basicamente no setor de bares e restaurantes.


A proposta de mudança do nome da Secretaria faz parte do Plano Turismo SP 20-30, desenvolvido com representantes da iniciativa privada, técnicos, lideranças locais, regionais e nacionais, além da contribuição de entidades como a Organização Mundial do Turismo (OMT) e do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). O plano foi lançado no final do ano passado e dá as diretrizes para o desenvolvimento do setor ao longo da década.
Nesse plano, têm papel estratégico os Municípios de Interesse Turístico contemplados agora com mais recursos. Eles têm como objetivo ampliar e qualificar a oferta turística do Estado. Com exceção das 70 estâncias, que têm um regime próprio e consolidado por décadas, todos os demais 575 municípios paulista estão aptos a se tornarem MITs, respeitado o limite atual de 140 vagas. Para tanto, devem preencher alguns critérios, como potencial turístico, ter um Conselho Municipal de Turismo, serviço médico emergencial, infraestrutura básica, plano diretor de turismo e atrativos turísticos reconhecidos.


Os MITs estão distribuídos pelas 16 regiões administrativas do Estado e, com as 70 cidades classificadas estâncias, compõem uma oferta turística variada e descentralizada, que abrange 1/3 dos municípios paulistas. No ano passado, para que as 210 cidades turísticas do Estado – 70 estâncias e 140 MITs – estivessem mais bem preparadas para a retomada das viagens no pós-pandemia, foram repassados R$ 223,3 milhões, com foco na continuação e conclusão das obras em andamento. O mesmo princípio vem sendo adotado em 2021, quando devem ser entregues mais de cem obras.
Concluo essa coluna afirmando que o dia 25 de maio foi histórico para o Turismo de São Paulo e do Brasil. Um marco da retomada, em um governo que desde o primeiro dia manifestou a clara intenção de colocar o Turismo no centro da sua estratégia de desenvolvimento.


Um dia, no nosso Estado, que tem uma das maiores vocações turísticas do planeta, também daremos a Turismo&Viagens o papel que merece, como locomotiva que puxa os vagões do crescimento sustentável e da qualidade de vida. Que esse trem chegue logo à estação Santa Catarina.