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Após ter adiado por duas vezes a data do julgamento do processo de impeachment do governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), hoje deve ser feito o anúncio. Todos estão de olhos voltados ao presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Roesler.
Nos bastidores do judiciário é dito que o julgamento poderá ficar para após 60 dias, porém, conforme divulguei nesta semana, tanto o libelo acusatório que arrolou apenas duas testemunhas e pediu duas diligências, quanto a defesa que não apontou nenhuma testemunha, tornam os prazos mais tranquilos, o que faz com que em 30 dias o julgamento possa ser realizado.
Muito se diz nos bastidores sobre o que poderia levar a um prazo mais longo para o julgamento, porém, o que impõe a celeridade ao judiciário é o bom senso, já que o Estado não pode ter arrastada uma crise, como a que estamos vivendo. O judiciário precisa olhar para fora, onde verá pessoas doentes, pessoas famintas e um Estado que necessita mais do que nunca de estabilidade. Prolongar esse processo, é nada mais do que beneficiar de forma indireta a política de negócios, em detrimento do que o Estado realmente precisa.
Todos que acompanham o meu trabalho, sabem o quão tenho sido crítico ao governo de Moisés, o qual na minha opinião, ainda tem muito a apresentar de resultados. Mas, será que é responsável deixar o Estado nas mãos de Daniela Reinehr (sem partido), que já demonstrou a sua falta de condição para governar Santa Catarina? Uma governadora interina tutelada, a serviço de projetos políticos eleitorais, é o ideal para a sociedade? Indo mais além, será que alguns dormirão com a consciência tranquila, ao se sentirem responsáveis por colaborar com um fiasco político e administrativo que marcará a história de nosso Estado, caso ela fique a frente do governo?!
É importante destacar que justiça tardia não é justiça. Como dizia Ruy Barbosa, justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. “Porque a dilação ilegal nas mãos do julgador contraria o direito das partes e, assim, as lesa no patrimônio, honra e liberdade”, escreveu.
Jorginho nega
O senador Jorginho Mello (PL) me ligou para negar que teria ficado com ciúme do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Conforme divulguei, a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), alçou o prefeito à condição de pré-candidato a governador. Segundo Jorginho, Rodrigues não irá para a disputa estadual e já teriam um acordo, para que o prefeito seja o cabo-eleitoral do senador no Grande Oeste. “Eu não tenho ciúme do João (Rodrigues). Temos um acordo, fui eu que mostrei os vídeos dele para o presidente”, disse.
Voando alto
O pré-candidato a governador, Gelson Merisio (PSDB), está se movimentando pelos ares de Santa Catarina, para viabilizar o seu projeto para o próximo ano. Acompanhado do prefeito de Bombinhas, Paulo Müller, o Paulinho (DEM), Merisio pousou no aeroporto regional de Três Barras e dali, pegou um carro rumo a Canoinhas. Ele tinha um encontro com o prefeito Beto Passos (PSD), a quem convidou para coordenar a sua campanha ao Governo do Estado na região do Planalto Norte. Em contrapartida, foi prometido a Passos, convênios com o Governo do Estado.
Afiançou
Para fechar com chave de ouro, Gelson Merisio (PSDB) ligou a viva voz para a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido). Ao ser informada que Merisio estava conversando com o prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), Daniela afirmou que o compromisso que fosse firmado por Merisio, seria honrado por ela. A situação incomodou deputados estaduais que souberam da situação, incluindo do Partido Liberal.
Movimentos
Uma fonte tucana me disse que Gelson Merisio (PSDB) ficou irritado com o deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB), ao ponto de ter chamado o parlamentar de traidor, por causa do voto contrário ao prosseguimento do processo de impeachment. Merisio tem feito movimentos robustos e tenta um domínio sobre lideranças de seu partido e, de demais agremiações, como o ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), o qual não estaria disposto a uma aproximação com o tucano como era em seu governo. Vale destacar que Merisio e Colombo até podem ser adversários na eleição ao Estado, caso o ex-governador seja o nome dos pessedistas. Claro, que neste caso, se o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que é ligado a Merisio, não obrigar o partido a apoiar o tucano.
Perseguição
O clima no Centro Administrativo é de perseguição aos comissionados, mesmos aqueles que já estavam no Governo antes de Carlos Moisés da Silva (PSL). Um dos novos filtros é descobrir se o comissionado segue, ou curte as postagens de Moisés ou Daniela Reinehr (sem partido) nas redes sociais. A nova política adotada pelas chefias indicadas por Daniela, estabelece que isso é critério para exoneração dos profissionais, mesmo nos setores que são compostos por equipes completamente técnicas. O novo modelo beira ao bizarro, mas é o bom e velho assédio moral já denunciado na primeira interinidade de Daniela.
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