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Sem contar o segundo turno do pleito municipal, o mapa eleitoral mostra a correlação de forças dos partidos visando as eleições de 2022 em Santa Catarina. O MDB segue com o maior número de prefeitos, sendo que elegeu 96. Na sequência o Progressistas aparece com 52 prefeituras, seguido do PSD com 42, PSDB com 32, PL 27, PSL 13, PT 11, Democratas com 7, PDT com 3, Podemos e Republicanos com 2, além do Cidadania, Patriota, PSB e PSC com 1 município cada.

Se contarmos o segundo turno, Podemos, DEM e PSD podem aumentar as suas forças no mapa eleitoral, enquanto o Novo pode passar a figurar no quadro, dependendo do que acontecer em Joinville.

Se por um lado o MDB segue mostrando a sua força se mantendo como o partido com o maior número de prefeituras, por outro, vem apresentando queda desde 2012, ano em que elegeu 106 municípios, baixando para 98 em 2016 e agora chega a 96. Já o Progressistas passou o PSD em número de prefeituras, sendo que em 2012 conquistou 45 municípios contra 52 do PSD, que em 2016 subiu para 60, enquanto o Progressistas subiu para 46 e agora voltou a crescer assumindo o segundo lugar.

 Já os tucanos seguem em quarto, sendo que em 2012 conquistaram 26 municípios, passando para 38 em 2016, e agora baixando para 32. Já o PL quando ainda se chamava PR elegeu um prefeito em 2012, subindo para 12 em 2016 e agora saltou para 27, enquanto pela primeira vez o PSL faz prefeituras em Santa Catarina.

Entre os partidos que tem apresentado queda, o mais expressivo é o PT, que em 2012 ganhou 45 municípios, baixando em 2016 para 20, perdendo agora mais 9 ficando com apenas 11. Já o DEM que elegeu 5 em 2012 e 3 em 2016, agora chega a 7 municípios, incluindo a capital Florianópolis e disputa o segundo turno em Blumenau. Por fim o PPS, atual Cidadania, que em 2012 fez 2 municípios, baixando para um em 2016, manteve o mesmo número neste ano.

 

Cidades estratégicas

Considerando as maiores cidades do estado, as que também são consideradas pelos partidos como as estratégicas, é possível notar que o Progressistas não aparece em nenhuma como vencedor da eleição de ontem. Por outro lado, o PSD ganha um bom espaço ao vencer em São José, Chapecó e Lages, além de estar no segundo turno em Joinville. O MDB ficou com Itajaí e Jaraguá do Sul, enquanto o Democratas venceu em Florianópolis e disputa o segundo turno em Blumenau. Já o PSDB ficou com Criciúma. Mais uma vez os emedebistas se mantiveram como um partido dos municípios menores, portanto, o mapa começa a mostrar aos partidos de quem é melhor se aproximar visando o próximo pleito estadual.

 

Gean 2022

 A vitória de Gean Loureiro (DEM) foi mais do que uma reeleição, foi um passaporte para a disputa ao Governo do Estado em 2022. Como prefeito, Loureiro conseguiu construir através de inúmeras obras a visão de ser um prefeito realizador, tanto, que mesmo com a prisão na Operação Chabu da qual acabou inocentado, além da acusação de estupro feita por uma ex-servidora, situação negada por Loureiro e até o momento não esclarecida, sendo que ele chegou a admitir que teve um caso com a mesma, não fizeram com que ele perdesse espaço, pelo contrário, a impressão que fica é que a população que votou nele deu um recado direto de que acredita na palavra do agora prefeito reeleito. Gean é hoje o nome certo do DEM à majoritária estadual e sem dúvida alguma, as conversas do partido obrigatoriamente passarão por ele.

 

Os demais na capital

O professor Elson Pereira (PSOL) conseguiu construir, além de um início de um projeto para a esquerda na capital visando as eleições no futuro, também se credencia para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Isso serve para o vereador Pedro Silvestre, o Pedrão (PL), com os seus mais de 30 mil votos. Por outro lado, o desempenho da deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), ficou muito aquém do esperado. A leitura do cenário dado o histórico da ex-prefeita, era de que somente ela poderia desbancar o favoritismo do prefeito Gean Loureiro (DEM), sobretudo se fosse para o segundo turno já que teria mais chance de aglutinar. Fez um pouco mais de 17 mil votos, marcando um desempenho pífio em um pleito em que tinha a obrigação de ao menos chegar em segundo, pois era apoiada por dois senadores.

 

Fênix Rodrigues

João Rodrigues (PSD) dá mais uma amostra de sua força política. De fato, impressiona. Se o pessedista não tivesse sido preso, sem sombra de dúvida teria musculatura suficiente para disputar o Governo do Estado em 2022. Isso fica claro, pois saiu da prisão para se reeleger a deputado federal e mesmo não levando a vaga, pelo menos na urna se elegeu. Agora é eleito pela terceira vez para ser o prefeito de Chapecó. Isso é a prova de que Rodrigues estava tão forte, ao ponto de com todo o desgaste, ainda ter força para se eleger e ressurgir como uma fênix no cenário político catarinense. Além disso, faz uma boa nominata na Câmara, o que dá a ele todas as condições de realizar uma boa gestão.

 

Derrota

O prefeito de Chapecó Luciano Buligon (PSL) e a deputada federal Caroline de Toni (PSL) apostaram caro e sofreram uma derrota acachapante no processo eleitoral na capital do Oeste. Até as pedras sabiam que não daria certo o que foi planejado por eles. Mais do que Buligon, errou Caroline que não aceitou participar da disputa e acreditou que os mais de 100 mil votos que a levaram para a Câmara Federal pertenciam a ela, quando na verdade são unicamente do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Para a deputada, seria tranquilo transferir votos para Leonardo Granzotto (Patriota), mas como já era previsto, não ocorreu. Caroline sai fragilizada do processo e terá que trabalhar muito mais do que apenas aparecer atirando nas redes sociais para garantir a reeleição.

 

Buligon

É difícil neste momento fazer qualquer previsão sobre o futuro político do prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL). Sai sem a mácula da corrupção, mas não conseguiu bons resultados na articulação política e agora sofre com isso. Nem tudo foi ruim em seu governo, teve seus bons resultados, muito embora, perdeu muito tempo se envolvendo até mesmo em questões de disputa na Chapecoense, quando apoiou o pior presidente da história do clube, Plínio David de Nês. Mergulhou no projeto de Gelson Merisio (PSD) governador, mas também acabou frustrado. Se filiou ao DEM e logo em seguida foi para o PSL acreditando nas promessas do então governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Acaba isolado e sem saber de que forma retomar o seu espaço. Por outro lado, mostrou ter visão quando tentou emplacar a deputada Caroline de Toni (PSL) como candidata, o que faria com que o seu projeto eleitoral tivesse tido um melhor resultado do que o obtido com Leonardo Granzotto (Patriota). Surpreendeu ver um prefeito com a sua experiência achando que elegeria um candidato sem o mínimo preparo para fazer a gestão do município. Buligon terá que se reconstruir, a questão é: de onde vai tirar força para isso?

 

Nova eleição

A eleição em Joinville agora será outra completamente diferente do que seria entre Darci de Matos (PSD) e Fernando Krelling (MDB). Ao ter no segundo turno o jovem empresário Adriano Silva (NOVO), Matos perde o seu principal argumento que é atacar o atual prefeito Udo Döhler (MDB) para atingir a Krelling, e enfrenta um novato na política que chega para ser um franco atirador. Agora quem tem a obrigação de vencer pela experiência é Matos, que se vê no papel de Krelling, como o candidato experiente que se torna o alvo de ataques. Além disso, Adriano tentará contar com o apoio dos emedebistas que ao invés de apoiar Darci, podem dar o apoio a um neófito. É uma eleição que tem a cara de 2018, apenas com a diferença de que na condição de empresário, Adriano chega mais preparado do que chegou Carlos Moisés da Silva (PSL) que acabou sendo eleito para o governo.

 

E o MDB?

Os emedebistas terão que superar a ressaca e pensar numa forte reestruturação de olho em 2022. A derrota de Fernando Krelling sepulta o projeto do prefeito de Joinville Udo Döhler de disputar o Governo do Estado. Para completar, a fraquíssima eleição de Ângela Amin (Progressistas) em Florianópolis também cai no colo do senador Dário Berger que a apoiou e, para completar, o deputado federal Celso Maldaner que é o presidente estadual do MDB, vê o seu partido ficar de fora do comando na maioria das grandes cidades. O fato é que esses resultados colocam os emedebistas na obrigação de renovar. Lideranças como o prefeito de Jaraguá do Sul através de sua robusta reeleição, Antídio Lunelli, além do deputado federal Carlos Chiodini e a bancada estadual, podem dar um novo rumo a um partido que desde o falecimento do senador Luiz Henrique, busca se reencontrar.

 

Experientes

Não falo de um rechaço aos cabeças brancas do MDB catarinense, pelo contrário, mas os resultados mostram que o partido precisa dar uma guinada de rumo e, isso somente será possível com mudanças significativas em seu comando. Mesmo assim o partido segue sendo uma grife, mas que precisa de uma repaginação que reanime a sua militância. A derrota em Joinville que pode ser defendida por alguns como apenas um município onde o MDB não teve sucesso, é muito mais significativa do que se pensa, pois, Udo Döhler por um bom tempo foi considerado pelos emedebistas um case de sucesso.

 

Chiodini sai forte

Apesar da derrota de Fernando Krelling (MDB) em Joinville, o deputado federal Carlos Chiodini (MDB) sai com uma boa musculatura da eleição deste ano. Apoiou em vários municípios onde o partido elegeu o prefeito no Litoral, a exemplo de Biguaçu, São Francisco do Sul, Jaraguá do Sul no Norte entre outros. Além disso, levou o vereador Cleiton Fossá ao segundo lugar em Chapecó o gabaritando a disputar uma vaga à Alesc. Desse modo, Chiodini desbanca o senador Dário Berger (MDB) que terá que reavaliar o seu projeto para 2022, após a acachapante derrota de Ângela Amin (Progressistas) em Florianópolis. Após os resultados de ontem, o próximo pleito eleitoral para o MDB, passará obrigatoriamente pelos nomes de Chiodini e do prefeito reeleito Antídio Lunelli.

 

Ponticelli de volta

 Sem sombra de dúvida o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (Progressistas), está de volta ao cenário estadual após ser reeleito. Ponticelli é presença certa na disputa a uma vaga à Assembleia Legislativa.

 

Fabricio em BC

 O prefeito Fabricio Oliveira (Podemos) consolidou o que diziam as pesquisas. Dominou o cenário eleitoral de Balneário Camboriú conquistando uma importante vitória para o seu projeto visando 2022. Ao ser reeleito batendo o ex-prefeito, Edson Piriquito (MDB), Fabrício é mais um nome que deve figurar no cenário eleitoral.

 

Mais análises

Ainda hoje eu trarei mais análises sobre as eleições municipais.

ATENÇÃO!

O horário da postagem da coluna mudou. Passará a ser às 09h. Além disso, seguiremos com informações durante o dia.

 

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