O governador Carlos Moisés da Silva pode ser comparado àqueles adolescentes que são alertados pelos pais para os perigos advindos de certas escolhas, mas que, por rebeldia ou teimosia, não aceitam os conselhos e acabam por aprender na marra ou se tornam pessoas inflexíveis que pagam preços altos por este tipo de comportamento.
Em seu discurso de posse em 1º de janeiro de 2019, Moisés reforçou suas intenções de reduzir a máquina pública, dar transparência às ações do governo, investimentos na infraestrutura do estado, entre outras. Excelente! Porém, muitos alertaram que para ter êxito e alcançar estas metas seria necessário ampliar o diálogo com a sociedade e buscar o apoio dos Poderes.
Em pouco mais de 21 meses de governo Carlos Moisés da Silva fez exatamente ao contrário: rompeu com o presidente Jair Bolsonaro, perdeu o apoio dos deputados estaduais de seu partido, o PSL, foi acusado pela vice-governadora Daniela Reinehr de tê-la deixado de fora da efetiva administração do estado, não conseguiu se comunicar de forma adequada com a sociedade, concedeu equiparação salarial questionável aos procuradores do estado (motivo do primeiro processo de impeachment), perdeu aliados, perdeu equipe, perdeu a confiança que mais de 70% do eleitorado lhe depositou.