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O secretário de Estado da Administração, coronel Jorge Eduardo Tasca, é uma das lideranças do Governo do Estado que mais está se movimentando em busca de votos, para evitar o impeachment contra ele, além do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e da vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido).

Na correria de Tasca vale até mesmo, se reunir com deputados na calada da noite em gabinetes da Assembleia Legislativa, mesmo com o parlamento fechado e com entrada restrita por causa pandemia. O fato é que tanto nas conversas de Tasca, quanto nas realizadas por outros secretários envolvidos na operação, aparecem propostas de liberação de recursos, para os deputados que apoiarem o governo entregarem às suas bases, além do oferecimento de cargos nos segundo e terceiro escalões. Um deputado me disse que estão sendo loteadas vagas em troca da sobrevivência de Moisés e de Daniela.

Para quem faz o discurso da “nova política”, as práticas estão conseguindo impressionar até mesmo parlamentares mais experientes, ou seja, vale tudo para barrar o impedimento. O governo apostará as suas fichas para já acabar com o processo, antes mesmo da admissibilidade, o que evitará o afastamento parcial de Moisés e Daniela.

 

Abertura

Ontem ao fazer a abertura do processo de impeachment, o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), cumpriu com o seu papel no rito, após o parecer da procuradoria da Alesc. Alvo de críticas de pessoas ligadas ao Executivo, entre as quais, o chefe da Casa Militar, Garcia deu um recado direto aos autores dos ataques que sofreu nos últimos dias. “Estou agindo no estrito cumprimento das minhas responsabilidades inerentes ao honroso cargo de presidente da Alesc. Nesta fase do processamento, os encaminhamentos são eminentemente jurídicos. As agressões recebidas nos últimos dias, respondê-las-ei no momento e no foro adequado. Não sou afeito a bravatas. Aprendi desde cedo com os meus pais, a conjugar o verbo respeitar, mesmo quando agredido”, disse Garcia, destacando que o parlamento não é o gerador do momento difícil que o Estado enfrenta.

 

Moisés se manifesta

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) se manifestou sobre a abertura do processo de impeachment. Moisés elegeu o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), como o responsável, ao dizer que lamenta o fato de ter sido acolhido por ele, o pedido de impedimento. A fala de Moisés, somente corrobora com o que eu já havia adiantado sobre a radicalização do governo, contra quem for favorável ao impeachment. No caso, Garcia não se manifestou, apenas cumpriu com o que determina as atribuições de seu cargo, mas para um governo acostumado a eleger inimigos, a fala do governador é um bom indicativo do conflito que deve nascer a partir de agora.

 

Notificação

Coube ao deputado estadual, Laércio Schuster (PSB), 1º secretário da mesa diretora da Assembleia Legislativa, a entrega da notificação aos alvos do processo de impeachment, aberto ontem pelo presidente do parlamento, Júlio Garcia (PSD). A partir de agora, passa a contar o prazo de 10 sessões ordinárias para que o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL); a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido) e o secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, apresentem as suas respostas. As entregas aconteceram no Centro Administrativo e na residência oficial da vice-governadora.

 

Comissão

Nesta próxima semana uma comissão especial será formada na Assembleia Legislativa, por nove deputados estaduais que avaliarão o pedido de impeachment. Caberá à comissão a elaboração de parecer que resultará em projeto de decreto legislativo, pelo acatamento ou não da denúncia apresentada na representação, com o posterior julgamento dos envolvidos.

 

Bastidor da retirada da reforma

Nesta semana o Governo do Estado retirou o projeto de lei da Reforma da Previdência da pauta da Assembleia Legislativa, a pedido do Governo do Estado. Em reunião na sala do secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) convenceu o governo, de que a retirada da matéria seria uma sinalização positiva para a esquerda. Tomada a decisão, foi feito contato com o ex-candidato a governador, Décio Lima, presidente estadual do PT, para fazer o comunicado como um gesto de quem quer se aproximar. Antes de concretizar o feito para desviar a atenção da medida política adotada, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e seus secretários, procuraram as entidades empresariais para validar e desviar o foco das reais intenções. O governo agora, está tentando uma reunião com os parlamentares do PT, que não está confirmada por enquanto.

 

Força de Minotto

Além da construção de uma tentativa de aproximação do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), com a esquerda, o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) foi chamado por Moisés para discutir a conclusão das obras de asfaltamento da SC-442, entre os municípios de Cocal do Sul e Morro da Fumaça, no Sul do estado. Minotto é um dos maiores aliados do governador na Assembleia Legislativa. O parlamentar deseja disputar a Prefeitura de Criciúma com o apoio de Moisés.

 

Aprasc notifica Luizinho

A Associação dos Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc), notificou extrajudicialmente o pré-candidato a prefeito de São José, Luizinho da Regional (PSDB). De acordo com o presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick, o comunicador teria debochado da Policia Militar, principalmente de policiais que atuam na linha de frente, no combate à criminalidade e no controle do distanciamento social durante a pandemia. Pawlick informou que entrará com uma ação na justiça, já que Luizinho teria se negado a receber a notificação.

 

Polícia Civil

Conversei com o presidente da Associação dos Delegados de Santa Catarina (Adepol), Rodrigo Bortolini, sobre a situação dos policiais civis frente as discussões sobre a Reforma da Previdência. Bortolini se disse preocupado com a forma que a categoria está sendo tratada, o que contrasta com o seu bom desempenho. “Somos uma das policiais civis mais atuantes do país. É o estado mais seguro do país”, destacou. Bortolini lamenta a retirada do projeto da Reforma da Previdência por determinação do Executivo. Ele explica que a proposta construída para a reforma, equiparava as regras em relação a Polícia Militar e a Polícia Federal. “Nos outros estados os governos encaminharam os seus planos previdenciários, em condições muito melhores do que aqui no estado”, disse.

 

Sem privilégio

O delegado Rodrigo Bortolini lamenta que a luta da categoria esteja sendo chamada de privilégio, o que segundo ele, é uma grande injustiça. Outro argumento considerado sem fundamento por Bortolini, é que a Polícia Civil gera um grande custo ao Estado. “Isso é uma injustiça frente ao trabalho de qualidade que é realizado”, destacou. Outro ponto abordado pelo presidente da Adepol, é a insegurança jurídica vivida pelos policiais civis, pois hoje se aposentam com perda de vencimentos. “Hoje tem o IRESA, que não levamos para aposentadoria. Propomos que o IRESA deve ser levado à aposentadoria como forma de nos aposentarmos com o valor do último salário”, explica.

 

Darci analisa

O deputado federal Darci de Matos (PSD) ainda não sabe se vai concorrer à Prefeitura de Joinville no pleito de 2020, com o primeiro turno marcado para o dia 15 de novembro. Quando questionado, não descartou a possibilidade, mas enfatiza que este momento exige uma união em função da pandemia e, que a política voltada às eleições pode aguardar. Recuperado da Covid, voltou a rotina de trabalhos legislativos a quarta-feira (29), e na semana que vem estará em Brasília.

 

Na coluna exclusiva aos assinantes

– OAB – SC promete tomar medidas contra desembargador que xingou advogada durante sessão (Vídeo da agressão verbal);

– Vereador de Florianópolis responde a colega e o acusa de tentar ameaçá-lo

 

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