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O Governo do Estado após ter sido impactado pela abertura do processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) e contra o secretário de Estado da Administração, coronel Jorge Eduardo Tasca, começou a ser articular para tentar mudar uma realidade que se firmou como uma rocha no cenário político catarinense.
Uma fonte ligada ao governo chegou a me dizer: “Agora o governo começou a atuar como ainda não havia atuado”. A questionei se a frase seria uma admissão de que até o momento o governo de Carlos Moisés foi um fracasso e, a resposta foi que politicamente sim, o que concordo em parte, pois acho que na gestão também é um fracasso.
Voltando à tentativa de reagir ao bombardeio de informações negativas enfrentadas pelo governo, o que foi acordado a portas fechadas na Casa D’Agronômica, é de que a radicalização contra os defensores do impeachment será maior ou menor, dependendo das dificuldades que o governo encontrar no caminho. Vale o apelo ao setor produtivo sob o falso discurso de que as empresas e a economia serão as maiores prejudicadas pelo processo de impedimento, dito como moroso.
A primeira vítima dessa estratégia foi o presidente da Facisc, Jonny Zulauf, que se viu só, após ter gravado um vídeo se posicionando contra o impeachment. Pessoas ligadas ao governo receberam a ordem de compartilhar via rede social e cumpriram a missão, só não contavam com a reprovação dos presidentes de associações ligadas a Facisc e, com um posicionamento diferente do pregado por Zulauf, sobretudo de parte dos dirigentes que comandam a Fiesc e a Fecomércio.
Além disso, a retórica da mentira também passa pela criação de uma realidade paralela, onde vale o contato de assessores com colunistas informando dados errados, como, por exemplo, que o governo tem 13 dos 14 votos necessários para salvá-lo do afastamento. Se for verdade, então deixo o desafio para que seja divulgada a lista com o nome desses parlamentares que apoiam o governador. Se há a convicção de que é uma verdade, então que sejam expostos os nomes, mas o fato é que isso não ocorrerá pelo simples fato de que não há 13 parlamentares dispostos a sacrificar os seus mandatos e suas reputações, para salvar um governo que tem se mostrado incompetente na gestão do Estado.
A tática governista não para por aí. Também haverá a tentativa de assassinato de reputação de todos que ousarem a defender o impedimento. Há tempos um setor da Casa Militar trabalha na elaboração de dossiês contra quem é considerado adversário, vale para políticos, jornalistas, empresários entre outros, segundo relatou uma fonte.
Por fim, o loteamento do governo, a oferta aberta de cargos em troca do voto contrário ao impeachment, em mais uma prova de que a “nova política” tem cheiro de naftalina, da política velhaca, a qual o eleitorado não aceita mais.
Desqualificação
O advogado Marcos Fei Probst, contratado pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL) para fazer a sua defesa no processo de impeachment, protocolou ontem na Assembleia Legislativa um pedido de verificação se os direitos políticos de um dos autores do pedido de impedimento, Ralf Zimmer Júnior, estão válidos devido a uma ação criminal. A estratégia da defesa de Moisés, é da desqualificação do autor como forma de anular o processo, mas, também levantar um assunto de cunho pessoal para desgastar a imagem de Zimmer Júnior.
Resposta
“Estou em pleno gozo dos meus direitos políticos. Não há decisão transitada em Julgado. Bem verdade hoje deve ser publicada decisão de 2ª instância condenatória. Meu advogado interporá embargos declaratórios sem efeitos infringentes, em caso de não haver sucesso levará o caso às instâncias superiores. Ou seja, sem trânsito em julgado não há perda de direitos políticos. Ademais (e infelizmente) não está no rol de delitos que configurem ficha suja a lei Maria da Penha. De modo que, no pior cenário, ou seja, eventualmente mantida decisão de 2º grau, enquanto estivermos discutindo no STJ e STF, não há do que falar em perda de cidadania, que só poderá ocorrer em eventual condenação não sujeita a mais nenhum recurso. E estamos longe disso. Outro ponto, as condições de cidadania são para deflagrar o procedimento. Eu as tinha naquele momento, continuo as tendo e terei antes mesmo do desfecho da provável condenação de Moisés, e minha também provável absolvição. O que causa surpresa é como que um processo em segredo de Justiça, que expõe minha ex-esposa, e minha atual esposa sobretudo, foi acessado pelo staff do governador. Meus advogados tão cuidando disso também, já que invadir sistema sem ser advogado credenciado nos autos com segredo de Justiça pode, eventualmente, configurar até delito. O GOVERNADOR que deixe de ser covarde e enfrente as acusações que lhe faço, pois estou a fazer o mesmo com as que me pesam!” – Ralf Zimmer Júnior
Compartilhamento de dados
O deputado estadual, Ivan Naatz (PL), esteve ontem em visita a sede do Ministério Público Estadual e conversou com o procurador Geral de Justiça, Fernando Comin, sobre a importância do compartilhamento das informações, dos inquéritos que estavam em segredo de justiça na Operação Oxigênio. “Acreditamos que essas informações são fundamentais para as conclusões finais do relatório”, observou Naatz, que é o relator da CPI dos Respiradores. Comin teria antecipado que da parte do MP, haverá o compartilhamento das informações já a partir desta semana. Vale relatar que membros da CPI fizeram forte cobrança a Comin, para que liberasse os documentos. O fato é que a pressão, feita através de uma abordagem respeitosa, culminando com a visita de Naatz, influenciou na decisão do procurador.
Fato novo
O relator da CPI dos Respiradores, deputado Ivan Naatz (PL), afirmou que a expectativa é grande para ter acesso aos documentos da Operação Oxigênio. O depoimento do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Adircélio de Moraes, além de conversas que ele teve com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), estão sendo aguardadas, pois, ele teria orientado a Moisés que evitasse o pagamento adiantado nas compras, incluindo de respiradores.
Coordenador