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Os conselhos das estatais de Santa Catarina viraram um extra para nomes que ocupam, ou ocuparam cargos de primeiro escalão no Governo do Estado. Com jetons entre R$ 4 e R$ 5 mil, a indicação para ser conselheiro pode fazer uma boa diferença no salário.
Um exemplo é no Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina S.A (CIASC), onde constam como conselheiros fiscais o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, e o ex-adjunto de Douglas Borba na mesma secretaria, Matheus Hoffmann Machado.
Também no Conselho Fiscal, mas na SCPar, constam o ex-controlador-geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira, e pasmem, o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, que se encontra preso. Além deles, a advogada de Borba em uma ação judicial em Biguaçu e nomeada por ele para um cargo na Casa Civil, Giglione Edite Zanela Maia.
Na Casan, a própria presidente, Roberta Maas dos Anjos ocupa uma vaga no conselho de administração. No conselho fiscal, mais uma vez aparece o nome de Matheus Hoffmann Machado, ligado a Borba. No Conselho Fiscal da Celesc está, Luiz Felipe Ferreira.
Bolsonaro em SC
Ontem a noite o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ligou para o senador Jorginho Mello (PL) informando que vem a Santa Catarina amanhã, para visitar alguns dos lugares atingidos pelo Ciclone. Bolsonaro será acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que já veio ontem para o estado acompanhado de Jorginho. Amanhã, tanto o senador como o ministro, se juntam a comitiva presidencial e visitarão alguns locais. A única das visitas previstas até o momento, é em Governador Celso Ramos.
Chamuscou
Em conversa com alguns deputados estaduais sobre os acontecimentos da semana no parlamento, ouvi da maioria que o fato que mais chamou a atenção foi a operação do Gaeco no gabinete do deputado Milton Hobus (PSD). Tem até parlamentar que acredita que pelo fato de ter sido com Hobus, considerado um dos parlamentares mais sérios e experientes em atuação na Alesc, que a população pode passar a desconfiar de todos os demais deputados. “Isso não é só temor, isso é consequência dessa situação”, afirmou um dos parlamentares.
Emendas parlamentares
As emendas parlamentares impositivas que o Governo do Estado destinará até o dia 31 de dezembro, pelo menos, foi essa a promessa feita aos deputados estaduais, deve injetar nos municípios catarinenses mais de R$ 500 milhões. Serão R$ 230 milhões das emendas do ano passado que não foram pagas, mais R$ 234 milhões deste ano. Esses valores serão divididos entre todos os municípios.
CPI dos Respiradores
O depoimento da ex-controladora-geral adjunta do Estado, Simone Becker, não foi bombástico como era esperado pelos deputados estaduais integrantes da CPI. Mas ela levou alguns elementos novos, ao afirmar que num primeiro momento a Secretaria de Estado da Saúde recusou o apoio da CGE que se ofereceu para instruir o setor nos processos de compras relacionadas a pandemia. Ela foi chamada a depor, por conta da afirmação do ex-controlador geral à CPI, Luiz Felipe Ferreira, de que ela participava de um grupo de WhatsApp intitulado Covid 19, que discutia as ações do Governo do Estado.
Resistência a CGE
Impressionante o que contou ontem à CPI dos Respiradores, a ex-controladora-geral adjunta do Estado, Simone Becker, a respeito de uma resistência de servidores da Saúde em relação a Controladoria Geral do Estado. Segundo ela, o então diretor de Licitações da secretaria, Carlos Charles Campos Maia, recusou a presença dos auditores justificando que havia uma resistência, pelo fato da CGE ter feito uma auditoria na lavanderia dos hospitais sem avisar e, que não tinha tempo para orientar sobre o operacional do setor. No mínimo reprovável a atitude desse servidor. Quer dizer que a controladoria precisa avisar, ou pedir permissão para simplesmente cumprir com uma obrigação? A CGE tem o papel de fiscalizar e não existe nada que a obrigue a pedir permissão ou informar previamente a qualquer servidor. Vale lembrar que tanto Campos Maia, quanto Márcia Pauli, afirmaram durante os seus depoimentos que não tiveram ajuda da controladoria.
Caso Veigamed
A servidora Simone Becker afirmou ontem à CPI dos respiradores que em nenhum momento foi informado no grupo de WhatsApp que a compra da Veigamed havia sido efetivada, nem que havia ocorrido o pagamento antecipado. Ela disse ainda que a CGE não acompanhou diretamente essa compra e só teve conhecimento do caso no dia 17 de abril. “A meu ver, a Saúde não cumpriu os ritos mínimos. Não tinha histórico de compra com o fornecedor, deveriam ter feito a qualificação desse fornecedor”, opinou.