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O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) concedeu entrevista ao colega Roberto Azevedo da TV Catarina. O que chama a atenção, é que ninguém tenta buscá-lo à realidade, o que deixa a impressão de que está cercado de bajuladores.

Moisés que por incompetência dos que comandam a Comunicação do Estado, fala apenas com poucos, não se abre para ser desafiado a realmente falar das mazelas de seu governo. Ele realmente acredita que Santa Catarina tem a melhor gestão do Brasil relacionada ao combate ao Coronavírus, entendimento que deve ser visto com toda preocupação, pois se ele está tranquilo ao pensar que nada em mares calmos, a realidade tem se mostrado bem diferente.

A prepotência de Moisés é exposta desde o início da entrevista, quando afirma categoricamente que o lugar de governador estava reservado para ele, pois se fosse um “político” que tivesse muito receio de tomar decisões duras e firmes, provavelmente não estaríamos colhendo o resultado do qual ele se vangloria.

É importante repetir o que já escrevi algumas vezes, que Carlos Moisés foi corajoso e tomou uma atitude dura, difícil no início da pandemia, pois era a única arma que tinha até que houvesse um entendimento da realidade. Ali sim, ele acertou, e só. Depois vieram uma série de erros fruto do desespero, do despreparo de um governo atrapalhado que ficou exposto a trapalhões e larápios.

Moisés nem ficou vermelho ao dizer que o seu governo é quem tomou a iniciativa de realizar a primeira ação de investigação e de recuperação do que chamou de bens, sendo que segundo ele, já foram recuperados quase R$ 13 milhões. Para refrescar a memória, é importante lembrar que partiu da imprensa a iniciativa e que o primeiro ato de busca do dinheiro pago adiantado, foi através de uma ação popular do deputado estadual Bruno Souza (Novo), ou seja, mais uma vez o governador se mostra fora da realidade e ninguém chama a atenção para isso. A Procuradoria Geral do Estado somente foi na esteira das investigações e ações de terceiros, o que mostra o quanto está perdido o atual governo.

Fazer gestão em época de pandemia não é apenas decretar o isolamento social. É preciso planejamento, gestão, plano de contingenciamento, tudo o que não está sendo feito. Moisés chegou a falar em 10 hospitais de campanha, como se não bastasse a estranha transação com o Hospital Mahatma Gandhi, que por determinação do Tribunal de Contas teve o contrato rompido. Cadê o dinheiro dos hospitais filantrópicos, equipamentos para os hospitais em número necessário, não de faz de conta, além da inauguração real dos espaços novos em vários hospitais do estado? Quando isso for feito, aí sim Moisés poderá começar a acreditar que está sendo feito um bom trabalho.

 

Politização

Para o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), os pedidos de impeachment contra ele não têm fundamentação, são fracos. Concordo que alguns podem não se sustentar, porém, os que tratam do aumento concedido aos procuradores estão bem embasados, tanto pela decisão liminar do Tribunal de Contas do Estado que decidiu pela ilegalidade do ato, quanto pela tentativa desesperada de Moisés de derrubar o seu próprio veto à emenda de Luiz Fernando Vampiro (MDB) na Reforma Administrativa, dando base para o aumento, mostra que há força para o impedimento. Para Moisés também falta o clima nas ruas, mas isso é fácil de entender, afinal, um governador que pouco sai de casa não consegue mesmo perceber o sentimento da população. Para Moisés, há uma exploração política e midiática, o que torna no mínimo, indecente o seu comentário.

 

Sem base

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não tem mais base na Assembleia Legislativa. A sua líder, a deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), não consegue argumento para defender um governo tão fraco. Moisés atribui a situação ao fato de não ter aderido ao toma lá dá cá. Será? Até as pedras sabem o que era oferecido nos jantares organizados pelo governador aos deputados, quando era dito que somente os que lhe apoiassem, teriam a preferência na liberação das emendas impositivas e, seriam os únicos a serem recebidos pelos secretários. Se isso não é toma lá dá cá, eu não sei mais o que é.

 

Bancada fechada

As únicas coisas que parecem dividir a bancada do MDB na Assembleia Legislativa, é a textura do nhoque e da polenta servida ontem no reconhecido Restaurante Artusi, em Florianópolis. Foi o primeiro almoço que reuniu todos os deputados desde que começou a pandemia. No cardápio principal, a relação com o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Por unanimidade, ficou definida a independência dos emedebistas que não se alinharão ao governo e, até mesmo qualquer proposta de cargo não será aceita. De acordo com o líder da bancada, deputado Luiz Fernando Vampiro, será mais razão e zero paixão, pelo menos até que haja uma decisão a respeito da questão política. No final do mês, mais um almoço está marcado para uma nova avaliação do quadro.

 

Defesa das pautas

Ficou acertado que cada deputado de forma individual poderá buscar o atendimento às suas pautas, dando continuidade à defesa de suas regiões. Porém, sempre de forma republicana, respeitando a independência e sem uma relação próxima ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). O que garantirá isso, é o acordo de que todas as votações serão em bloco, ou seja, os nove parlamentares seguirão a orientação e votarão unidos. Em falar na palavra união, os presentes destacaram que apesar dos problemas que houve, tudo está superado. “A nossa bancada nunca esteve tão unida”, disse. Durante o almoço foi questionado se alguém tinha interesse em cargos no governo e a resposta foi unânime, de que o partido segue fora sem fazer indicações. “Se alguém tiver, o momento é agora para dizer”, disse um dos deputados. Todos concordaram que não é o momento, é preciso aguardar os desdobramentos.

 

Relação difícil

Alguns deputados estaduais do MDB com quem conversei após o almoço da bancada ontem em Florianópolis, disseram que o impeachment ainda não entrou na pauta. A deputada Ada de Lucca chegou a provocar, mas o assunto não seguiu, já que todos defenderam que a discussão seja feita mais para frente, quando realmente tiver um processo em andamento. Um deputado chegou a me dizer que o governo tornou difícil a relação com todos e, que hoje, tanto o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), como o secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, tem buscado melhorar a relação, movimento que tem sido avaliado como fora do time, ou seja, do tempo. “A arrogância do governador tornou difícil a relação”, disse um parlamentar que pediu para não ser identificado.

 

Reconvocação

A Comissão Parlamentar de Inquérito aprovou o requerimento do relator, deputado Ivan Naatz (PL), para a reconvocação de duas testemunhas já ouvidas, a fim de dirimir dúvidas: o advogado Leandro Barros, que está preso preventivamente, e o controlador-geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira. Os depoimentos estão previstos para a próxima terça-feira (23).

 

Reunião de líderes

Ontem o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, acompanhado do secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior e do procurador geral do Estado, Alisson de Souza, foi a Assembleia Legislativa para uma reunião com o presidente, Júlio Garcia (PSD), e com os líderes de bancada. Na pauta as emendas impositivas, muito embora, alguns parlamentares comentaram entre eles, que é um assunto que não precisa de discussão, que cabe ao governo cumprir o que diz a lei e pagar. Devido a demora, foi discutida a liberação dos valores fundo a fundo, ou seja, sem a necessidade da assinatura de convênio com os municípios.

 

Mal-entendido?

Durante a reunião entre os secretários de Estado e os líderes das bancadas na Assembleia Legislativa, teria havido um mal-estar. Após uma pergunta do deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB), o secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, se levantou para sair. Uma fonte informou que a forma abrupta pegou os parlamentares de surpresa, enquanto outra liderança disse que Amândio somente se levantou, pelo fato de ter uma reunião agendada com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL).

 

Custo por adolescente

O deputado estadual João Amin (Progressistas) encaminhou Pedido de Informação ao Governo do Estado, mais precisamente à Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa, solicitando detalhes alusivos ao custo por adolescente, ou menor infrator internado em unidades do Estado, bem como em instituições geridas por organizações não governamentais. A solicitação foi respondida apenas parcialmente, tendo em vista que o Departamento só encaminhou o custo por socioeducando nas unidades sob administração das OSs, através dos termos de colaboração vigentes. O parlamentar já reencaminhou novo pedido, visando que também conste os que estão sob responsabilidade governamental.

 

Disparidade de valores

Mesmo incompleto, o levantamento encaminhado pelo Governo do Estado ao deputado estadual, João Amin (Progressistas), revela uma disparidade relevante entre diferentes Centros de Internação Provisória (CASEP). Um exemplo é o CASEP de Blumenau, ao custo de R$ 4.070,95 por adolescente, enquanto o CASEP de Xanxerê tem o valor de R$ 14.456,67 por menor infrator em internação. Segundo Amin, é preciso levar para a sociedade o debate sobre a gestão de presídios e centros socioeducativos, tendo em vista que nossa capacidade de recuperação está bem aquém do desejado.

 

Na coluna exclusiva aos assinantes

– A força do cunhado de Carlos Moisés que emplacou mais um parente no Governo do Estado;

– Prefeito de Itajaí será julgado e poderá ser enquadrado na lei da Ficha Limpa;

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