Para seguir recebendo a coluna via WhatsApp, favor salvar o número: 49 98504.8148. Para quem ainda não recebe, favor enviar mensagem para o mesmo número.
FAZER JORNALISMO COM INDEPENDÊNCIA CUSTA CARO. ASSINE O SCEMPAUTA E APOIE A CONTINUIDADE DE NOSSO TRABALHO! |
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) está em busca de uma garantia na Assembleia Legislativa, de que não sofrerá um impeachment. Para isso, pela primeira vez passou a procurar os deputados ligando ele mesmo, para tentar construir mais uma vez uma base.
O número de ouro é o 14, quantidade necessária de deputados para barrar o prosseguimento do pedido de impedimento, mas parece que as conversas não estão sendo tão produtivas. A maioria dos parlamentares que já apoiaram Moisés na Alesc, perderam a paciência. Reclamam que foram muitas as promessas, mas que nenhum de seus pleitos foram atendidos pelo governo. “Para que defender esse governo?”, chegou a questionar um deputado aos seus colegas.
Segundo uma fonte, Moisés quer abrir caminho para que um deputado assuma uma secretaria em seu governo. A ideia é fritar o atual titular da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, para oferecer a vaga. O primeiro nome da lista era Moacir Sopelsa (MDB) que ocupou o cargo no governo de Raimundo Colombo (PSD), mas o MDB não quer entrar no governo, o que faz com que o nome de José Milton Scheffer (Progressistas) que é engenheiro agrônomo, ganhe força, mas, tem a resistência do senador Esperidião Amin (Progressistas). Mesmo assim, se aceitar, Scheffer ficará na mesma condição que ficou Vicente Caropreso (PSDB) quando aceitou assumir a Saúde, também no governo Colombo, situação que o colocou em conflito com as bases.
O fato é que ninguém quer colocar as digitais em um governo em ruínas. Tenho ouvido em Florianópolis que não é uma questão, de se acontecerá o impeachment, mas quando, pois os deputados não querem se aproximar de Moisés e os próprios partidos temem um possível desgaste que pode influenciar no provável processo de impedimento do governador.
Liderança
Outra informação que recebi é que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) estaria pensando em ter um novo líder na Alesc. Na Agronômica há o entendimento de que Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), estaria com dificuldade de fazer a interlocução com os demais parlamentares. Conversei com a deputada que disse não ter conhecimento dessa situação, mas afirmou que eventuais insatisfações do governo, se deve ao fato de que ela não tem como resolver todos os problemas do governo e afirma, que o próprio governo tem que resolver. “O governo se frustra por eu não fazer uma defesa apaixonada, irracional. Acho que ainda não merece. O Moisés (Carlos) até ontem não saída de dentro de casa, está mudando agora”, afirmou a deputada.
Acredita na melhora
A deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), já passou por algumas turbulências na condição de líder do governo na Assembleia Legislativa. Fontes relataram que até mesmo ouviram discussões entre ela e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), situação sobre a qual ela não quis falar. Porém, Paulinha criticou sem apontar nomes, parlamentares os quais, segundo ela, ficam em cima do muro. “Precisam se posicionar. Ou situação ou oposição”, provocou. Paulinha destacou que Moisés tem mudado o seu comportamento e que por isso, acredita que ele se salvará do impeachment.
MDB e o governo
Ontem perguntei ao presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner, se o partido se realinhará com o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa. Maldaner respondeu que o MDB seguirá independente e, que confia nos deputados estaduais que já sabem a posição da executiva, de que os culpados no caso Veigamed paguem pelo que fizeram. Sobre se aproximar de Moisés, segundo Maldaner o partido não pensa nisso. “Não há a menor possibilidade”, disse. Sobre não ter aceitado um convite para almoçar com o governador, o líder emedebista disse que ele e o senador Dário Berger entenderam que não era o momento.
Inexplicável
A assessoria jurídica da Secretaria de Estado da Saúde, pediu a rescisão do contrato do Governo do Estado com a empresa Veigamed. O presidente da Comissão Especial da Assembleia Legislativa, Marcos Vieira (PSDB), disse que é um grave erro, pois a manutenção do contrato era importante para dar uma segurança jurídica ao Estado, para cobrar a entrega dos equipamentos ou a devolução integral do dinheiro. De acordo com Vieira, agora a Veigamed pode alegar que deseja cumprir o contrato, mas que não pode por causa da rescisão.
Conversas extraídas
A Força Tarefa no âmbito da Operação Oxigênio, em conversas extraídas do celular do presidente da Câmara de Vereadores de São João do Meriti, Davi Perini Vermelho (DEM), identificou a participação e o que ele ganharia com o contrato entre o Governo do Estado e a Veigamed na compra dos 33 respiradores. Para os investigadores o vereador seria um dos sócios da empresa. Na primeira fase da operação foi encontrada na casa de Vermelho a quantia de R$ 300 mil. O vereador também levantou suspeita por ter uma vida incompatível com o seu ganho, já que constantemente viaja pelo Brasil em jatinhos particulares.
CPI dos Respiradores
Depois da primeira acareação da história da Assembleia Legislativa, os trabalhos da CPI terão continuidade amanhã, às 17h. Será ouvido o depoimento do coordenador do Fundo Estadual da Saúde, José Florêncio da Rocha; a técnica administrativa da Saúde, Débora Brum; o diretor da Veigamed Pedro Nascimento e o empresário e médico Fábio Guasti, que segue no presídio. Quanto ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL), os deputados aguardam uma resposta da Procuradoria Geral da Alesc.