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O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) começou a andar pelo estado em busca de aproximação com lideranças em troca de apoio. Parece que a água teve que chegar ao pescoço para que ele entendesse a necessidade do diálogo, algo essencial para quem deseja governar.

Moisés tem uma CPI que atinge em cheio o seu governo, além da possibilidade do andamento de um pedido de impeachment, situações que o fizeram a adotar um comportamento pragmático.

O novo secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, é o grande responsável pelas mudanças. Primeiro, mandou comprar um telefone e que o número fosse disponibilizado aos deputados estaduais, ou seja, foi dado um basta ao isolamento. Após, Moisés foi orientado a buscar o diálogo com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), além de lideranças do MDB a exemplo do prefeito de Joinville Udo Döhler (MDB), e o ex-governador Eduardo Pinho Moreira. O interessante é que da conversa com Moreira, ouviu um pedido para que não ofereça cargo aos emedebistas, porém, no encontro com Udo e seu pré-candidato a sucessão, o deputado Fernando Krelling, o governador não pensou duas vezes em oferecer indicações para cargos, ou seja, pouco ligou para o conselho de seu antecessor.

A próxima cartada será a liberação das emendas impositivas, em suma, um vale tudo para ganhar musculatura na Alesc e impedir o andamento do possível processo de impeachment que enfrentará.

O fato é que Moisés precisará de muito mais do que meros acenos para salvar um governo que naufraga por sua única culpa. A arrogância e o deslumbre com o poder o fizeram olhar as demais lideranças de cima para baixo, as mesmas que agora ele procura em busca de diálogo. Acontece que ao contrário do que Moisés pensa, é notório o seu comportamento pragmático, afinal, ninguém mudaria do dia para a noite, é por pura sobrevivência.

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Crise no PSL

A crise no PSL catarinense está instalada. De um lado o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), e de outro, o deputado federal Fábio Schiochet que preside o partido em Santa Catarina. Uma conversa entre Schiochet e Antônio Rueda ao final da semana passada, mostrou uma situação sintomática. O partido não confia mais em Moisés devido aos escândalos envolvendo a compra de respiradores, tanto, que Schiochet foi mantido com plenos poderes. Parece que a saída do governador do PSL é questão de tempo.

Respiradores

Ainda segue a incerteza sobre o recebimento, ou não, dos 150 respiradores comprados pelo Governo do Estado junto a Veigamed, mas que ainda estão na China. A Aeonmed ainda não informou se vai manter a venda dos equipamentos para Santa Catarina. Os únicos 50 que trouxeram para o Brasil ficou retido na Receita Federal, que daria perdimento, mas, antes disso, resolveu doá-los ao governo. Veja bem: O governo somente teve acesso aos respiradores que comprou, por conta de uma doação. Lamentável!

Pedidos de impeachment

Questionei a presidência da Assembleia Legislativa, sobre a decisão a respeito dos pedidos de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Em resposta, foi confirmado que 5 pedidos de impedimento estão em análise, incluindo o que também atinge a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido). Informaram ainda que segue na procuradoria e que a análise será técnica, sem pressão do presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD), quanto ao mérito e ao prazo.

Floriano faz campanha

O presidente do Imetro de Santa Catarina, Rudinei Floriano, está fazendo campanha para ser o indicado para conduzir a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável. Floriano que é o primeiro suplente de deputado estadual, foi denunciado por uma ex-servidora pela suposta prática de rachadinha. Até hoje não foi divulgado o resultado do trabalho de investigação da Secretaria de Integridade e Governança.

Aeroporto de Chapecó

Um advogado que não teve o nome divulgado, deu entrada a uma ação popular para anular o processo de concessão do aeroporto Serafin Enoss Bertaso. O autor da ação alega que há irregularidades no processo de contratação do Consórcio Voe Xap, que pertence a Socicam. Para o advogado, o vencedor não comprovou ter capacidade técnica. Outra empresa apresentou ao Tribunal de Contas do Estado denúncias em relação ao edital.

Candidatura própria

O Progressistas de Chapecó decidiu ontem à noite que terá candidatura própria à Prefeitura. O partido não definiu o seu nome, mas o destaque fica para o comunicador Ivan Carlos Agnoletto. Nesta semana os progressistas tentarão conversar com o MDB, além de um encontro que deve acontecer com o Podemos.

Movimentações em Blumenau

Nos bastidores da política blumenauense, chama a atenção a perda de musculatura do deputado estadual, Ricardo Alba (PSL), que até então é pré-candidato a prefeito de Blumenau. A impressão que dá, é que Alba perdeu força por culpa do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), desgastado devido ao caso Veigamed. Dentro do PSL a leitura é de que o tenente coronel Jefferson Schmidt pode ganhar destaque. Para lideranças partidárias, é de impressionar que entre 3 e 4 meses, Alba tenha deixado o posto de franco favorito para o quase esquecimento.

Refinanciamento de dívidas

O deputado federal Ricardo Guidi (PSD) deu entrada a um projeto de lei na Câmara dos Deputados, que trata do refinanciamento de tributos federais, tanto para pessoas físicas, quanto jurídicas. De acordo com o parlamentar, sendo aprovada a matéria as pessoas físicas poderão pagar em até 120 prestações, enquanto as empresas pagarão de acordo com o regime de tributação. Guidi tenta junto a mesa diretora que o projeto tramite em regime de urgência.

Debate em Pauta

Hoje a partir das 11h, teremos mais um Debate em Pauta. Maria Helena Pereira, Ananias Cipriano, Adelor Lessa e eu, Marcelo Lula, debateremos as principais pautas da política e economia catarinense. Acesse: www.scempauta .com.br

Linhas de crédito

O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB) protocolou uma solicitação junto ao Ministério da Economia, para que os empresários tenham acesso facilitado às linhas de crédito disponibilizadas pelo Governo Federal, para incentivar o setor neste período de pandemia. Ele conta que, nos últimos dias, tem recebido inúmeras mensagens de proprietários de micro e pequenas empresas que foram em busca das linhas de crédito e não conseguiram devido às exigências impostas. “Agora é o momento de desburocratizar o processo. Muitas empresas dependem disso para não fecharem as portas. Muitos empregos poderão ser preservados”, explica o parlamentar.