Destaque do dia

A retomada das atividades do comércio em Santa Catarina, ficou para a pauta de amanhã, quando o assunto será discutido na videoconferência do grupo criado pelo Governo do Estado, que envolve representantes dos demais poderes e entidades do setor produtivo.

A discussão ficará em torno da proposta apresentada pela Fecomércio e a FCDL, para a reabertura das lojas. Uma fonte ligada ao Governo me disse que há um temor em autorizar a retomada, situação que poderia acelerar o número de casos de Coronavírus. Outro argumento é que todos os demais Estados também decidiram fechar o comércio. A liderança ainda explicou, que hoje, a decisão é forte pela não abertura, mas que caberá ao colegiado a palavra final.

Quanto ao transporte coletivo, seguirá suspenso por tempo indeterminado. De acordo com a fonte, o setor de Saúde do Estado tomou a decisão baseado num levantamento feito na Itália, que apontou os ônibus como grandes vetores de contaminação. Disse ainda que o Governo está ciente de que algumas empresas, já começaram a reduzir o salário de seus funcionários, porém, entende que a medida é necessária para segurar a curva da propagação do vírus.

Atividades liberadas

Conforme adiantado pelo SCemPauta, podem voltar ao trabalho os profissionais autônomos/liberais da saúde, médicos, veterinários, fisioterapeutas, biomédicos, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos, farmacêuticos e nutricionistas. Os profissionais de interesse da saúde, tais como terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, cabeleireiros, barbeiros, pedicures, manicures, depiladores, massagistas e podólogos, também estão liberados.

Autônomos

O Governo do Estado também liberou a retomada dos trabalhos dos profissionais autônomos de áreas gerais, entre os quais, advogados, contadores, administradores, jardineiros, cozinheiros, limpadores de piscina, faxineiros, empregados domésticos e encanadores. Também estão autorizados os estabelecimentos como clínicas, consultórios, serviços de diagnóstico por imagens, serviços de óticas, laboratórios óticos, serviços de assistência e prótese odontológica e escritórios em geral.

Sem transparência

Falta transparência ao Governo de Santa Catarina, quanto a publicação de dados que permitam o acompanhamento de forma mais clara, a respeito do combate ao Coronavírus. Segundo um levantamento feito pela Open Knowledge Brasil (OKBR), que é uma organização nacional da área da transparência e abertura dos dados públicos, o Estado ficou na chamada “Zona Opaca”, último nível da pesquisa, com apenas 10 pontos. O trabalho da OKBR levou em conta o formato e o nível de detalhamento das informações divulgadas no último dia 2, através dos portais dos governos estaduais e do Governo Federal. Somente um Estado divulgou o número de testes disponíveis e, nenhum divulgou o número de leitos disponíveis e ocupados.

Sigilo

Após as informações divulgadas pelo SCemPauta sobre os processos de compra do Governo do Estado, de materiais e insumos e os valores pagos, foi colocado sigilo nas operações. Várias pessoas que tentaram, não conseguiram acesso. Que o Governo reveja essa decisão, pois a transparência é uma obrigação.

Gabinete da Fake News

O deputado estadual João Amin (Progressistas), denunciou em uma rede social que foi criado um “gabinete de fake news”, no alto escalão do Governo do Estado. A denúncia do parlamentar é corroborada por algumas fontes, que falam em um setor responsável por filtrar qualquer apuração que se fizer na justiça, em relação ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL). O governo precisa esclarecer essa situação.

Mudanças em Joinville

Os vereadores de Joinville, Ninfo König e Rodrigo Fachini, estão de casa nova. Desalinhado idelogicamente com o PSB, o experiente Ninfo assinou ficha no Partido Liberal do senador Jorginho Mello. Ele desejava apoiar o deputado federal, Rodrigo Coelho, na disputa à Prefeitura de Joinville, porém, o parlamentar não obteve na justiça a autorização para sair do PSB sem perder o mandato. Coelho está praticamente fora do pleito, o que deve levar o apoio de Ninfo ao empresário Ivandro de Souza, pré-candidato pelo Podemos. Por sua vez, Fachini deixou o MDB por desavenças com membros da bancada, que não aceitavam a sua condição de oposição ao prefeito Udo Döhler (MDB). Ele assinou ficha no PSDB.

Daux no Progressistas

O vereador de Florianópolis, Rafael Daux, deixou o MDB e se filiou ao Progressistas. Devido a rivalidade entre os partidos, a troca pode gerar um choque nos militantes mais apaixonados, porém, a família Daux tem uma amizade antiga com o casal Amin, o que fez com que ele aceitasse o convite.

Filiações no Republicanos

O vereador de Florianópolis, Marcelinho da Intendência, trocou o Progressistas pelo Republicanos. Com ele, foi o suplente Maycon Oliveira e o empresário Topázio Silveira Neto, que assinou ficha visando a vaga de vice na chapa do prefeito Gean Loureiro (DEM). Vale destacar que a ida de Marcelinho para o Republicanos, foi costurada pelo prefeito.

Esquerda em Chapecó

Os partidos de esquerda em Chapecó ficaram mais fragmentados. Cláudio Vignatti e a vereadora Marcilei Vignatti, viraram reforços de peso para o PSB, enquanto que o PT conseguiu no último segundo segurar o também vereador, Cleber Ceccon, que estava com um pé na legenda socialista. Os petistas ainda tem a deputada Luciane Carminatti, e o deputado federal, Pedro Uczai, figuras de peso. O ex-deputado estadual, Cesar Valduga, conversou com o PDT, porém, decidiu ficar no PCdoB para disputar uma vaga à Câmara de Vereadores. Após essas movimentações, o cenário da esquerda se encaminha para possíveis candidaturas de Luciane pelo PT, e Marcilei que é a pré-candidata pessebista à Prefeitura de Chapecó.

Redução de gastos em Criciúma

A Câmara de Vereadores de Criciúma aprovou no sábado em sessão virtual, o projeto de lei do Executivo, que reduz temporariamente os valores de Funções Gratificadas, Funções de Confiança e Gratificações concedidas aos servidores comissionados, com exceção aos profissionais da saúde. A lei deve vigorar enquanto seguir a crise provocada pelo Coronavírus. Amanhã a Câmara discute a sua redução de custos.

Fim do PT?

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Goés, deu parecer pela admissibilidade da ação que pede o cancelamento do registro do PT como partido político. O pedido foi baseado na Operação Lava Jato, que demonstrou que o PT recebeu recursos de empresas de outros países. Algumas das principais provas, são os depoimentos do doleiro Alberto Youssef, que admitiu ter intermediado o repasse de R$ 800 mil em espécie ao Partido dos Trabalhadores, da empresa Semp Toshiba, com contrapartida de vinculação a contrato de execução de obra no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Os responsáveis pelas campanhas de Dilma Rousseff (PT), Mônica Moura e João Santana, relataram que o pagamento pelos serviços que prestaram, foi efetuado pelo empresário Zwi Skornicki, representante do Grupo Keppell FELS.

Baseado na Lei

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Goés, destaca na sua decisão que na Lei dos Partidos Políticos, o Tribunal Superior Eleitoral pode determinar o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido, contra o qual for provado que recebeu recursos de procedência estrangeira, ou seja, se levar a cabo a lei, o PT perderá o registro. Agora, quanto aos outros partidos envolvidos na Lava Jato, será que também não merecem ser investigadas supostas relações com recursos do exterior?