A notícia que tirou o sono de boa parte do Brasil na madrugada de hoje, de que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, encaminhou à Procuradoria Geral da República um pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vem em um momento inapropriado.
Se por um lado, o presidente tem mostrado uma postura nada conciliadora e tão pouco adequada para um líder, desde que iniciou a Pandemia do Coronavírus, por outro, qualquer tentativa de afastamento de Bolsonaro, causará mais uma crise sem precedentes. É hora de serenidade, de pensar no Brasil e sobretudo no enfrentamento da maior crise sanitária do século, sem falar que uma nova turbulência somente levaria a nossa economia a uma situação ainda mais delicada.
Vale lembrar que caberá ao procurador geral da República, Augusto Aras, o oferecimento da denúncia, sendo forte a tendência de que ele negará, mas a situação já serve como um alerta para Bolsonaro, pelo simples fato de um ministro da Suprema Corte não ter arquivado e encaminhado à PGR o pedido de afastamento.
Outro ponto que serve de atenção ao presidente, é que hoje, no Congresso, ele correria um grande risco de ser afastado, pode acreditar, tem voto suficiente para isso. Segundo o autor do pedido, o deputado federal de Minas Gerais, Reginaldo Lopes (PT), a ação aponta inúmeras irresponsabilidades cometidas por Bolsonaro desde o início da crise do Coronavírus e, devo dizer que o parlamentar tem razão, mas não ao ponto de afastar um presidente do cargo, o que seria totalmente descabido para o momento.
Crítica de Borba
O secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, compartilhou em uma rede social uma postagem do Governo do Estado, sobre o anúncio de que foram investidos R$ 76 milhões em equipamentos e insumos, além de que irá liberar 713 novos leitos de UTI. Até aí, tudo bem, mas o que chamou a atenção foi o comentário que ele escreveu: “Enquanto tem gente que perde tempo espalhando fake News, a gente trabalha”. Ora, é importante que Borba aponte quem anda escrevendo notícias falsas. Será que ele está acusando o senador Jorginho Mello (PL), que desmentiu o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) em relação aos recursos enviados pelo Governo Federal, ou será que a crítica é para a imprensa? De parte do SCemPauta, que ontem teve perguntas censuradas na coletiva do governo, todos os questionamentos têm sido embasados na realidade, e ainda tem muito mais a ser explicado.
Reunião com o governador
Após uma provocação dos deputados estaduais para que haja diálogo, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) marcou para hoje às 14h, uma videoconferência com os parlamentares. O encontro promete muitos questionamentos a um governador que até o momento, apresentou pouco frente a uma crise sem precedentes.
Sessão da Alesc
Em mais uma sessão online da Assembleia Legislativa que acontece hoje, às 16h, segue a votação de projetos que reforçam a agenda do parlamento em relação as medidas econômicas de combate aos efeitos do Coronavírus. Uma das matérias é de autoria da bancada do MDB, que a carteira inteira do Badesc seja destinada a empréstimos para as micro e pequenas empresas, sendo para capital de giro a juro zero. Um dos argumentos é de que a lei proíbe que os municípios oito meses antes da eleição, busquem financiamento, portanto, é possível ao Badesc direcionar as suas operações totalmente às empresas neste momento de exceção.
Coordenadora na região Sul
A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania), enfermeira de formação e com experiência em gestão da saúde, foi escolhida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para realizar a interlocução entre os três estados do sul do Brasil e o Ministério, durante a pandemia do Coronavírus. “A nossa função será de interlocução. O SUS é tripartite e ações são sempre pactuadas entre os entes federados, sendo assim, nossa atuação será de apoio para facilitar as ações junto ao Ministério da Saúde”, pontuou a deputada, que também é presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde.
Decisão de Udo
Em meio a incerteza do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), o prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), decidiu manter o decreto de quarentena até amanhã. Segundo uma fonte, seria realizada uma reunião para discutir a flexibilização em âmbito municipal, porém, a morte do empresário Mário Borba, da Krona Tubos e Conexões, vítima do Coronavírus, e a confirmação de mais cinco casos, mudou a situação. Udo deve prorrogar o decreto por mais alguns dias.
Empréstimos consignados