Nem em sonho Carlos Moisés da Silva (PSL) imaginou que seria governador de Santa Catarina, muito menos, em meio à maior crise sanitária mundial de nossa história e, que já começa a ter os seus efeitos sentidos também na economia.
Quando se depara com uma situação como essa, onde a Organização Mundial da Saúde e o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, fala de uma forma muito clara que as pessoas precisam se isolar em suas casas, caso contrário, as perdas de vidas será algo sem precedentes, o que se deve fazer?
Moisés fez até o momento o que em meio a incerteza, achou que seria o melhor para evitar que os números de contaminações pelo Coronavírus, fossem maior do que as que já foram registradas. A questão é que se trata de algo novo, que impõe até mesmo aos médicos um aprendizado diário.
Fiz esse grande preâmbulo para chamar a atenção para a difícil situação em que vive o Governo do Estado. Se por um lado avançou nas medidas de proteção à saúde, por outro, a dose pode ter sido forte demais neste momento. Digo isso pelo fato de que Moisés terá que recuar. No próximo decreto deveremos ter a liberação ao comércio, ainda não é possível saber de que forma, mas será feito, ou seja, terá que voltar de sua decisão, para possivelmente mais para frente quando houver o pico da doença, talvez, voltar a tomar medidas mais extremas.
Conversando com alguns especialistas em defesa civil, ouvi atentamente a ideia de que deveria ter sido executado um plano em círculo, explico: eles defendem que que se isola um círculo, não o todo. Temos quatro casos em Joinville, portanto, o ideal seria identificar os contaminados, as pessoas com quem eles tiveram contato e gerar um isolamento. Desse modo, cidades que ainda não apresentaram casos ficariam sob alerta, mas sem limitação de circulação. Quando o vírus chegasse a esses locais, as quarentenas iriam aumentando de forma gradual, evitando assim um grande impacto econômico.
Quem sabe o Governo passa a ouvir os demais poderes, afim de construírem em parceria junto ao setor produtivo, as melhores alternativas que mantenha a segurança das pessoas, ao mesmo tempo em que faça a nossa economia retomar o seu ritmo na medida do possível.
Financiamento
O governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) se aproveitou da situação ocasionada pelo Coronavírus, para não retirar o projeto de lei em que pedia autorização para contrair financiamento junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), na ordem de US$ 344,7 milhões. Conforme o SCemPauta já havia adiantado, o valor será utilizado para liquidar uma dívida com o Bank Of America, que vence em 2022. O fato é que agora o Governo alonga a dívida, paga parcelas e juros menores, mas segue o risco em relação ao câmbio. Em suma, é um projeto para beneficiar o Governo Moisés, dando mais fôlego no caixa sendo que a dívida ficará para o próximo governador.
Emenda de Souza
O deputado estadual Bruno Souza (Novo) surpreendeu seus colegas na Assembleia Legislativa, ao fazer um estudo antes da votação do projeto que autorizou o Governo do Estado, a contrair o empréstimo junto ao Bird. Ele apresentou uma emenda substitutiva global, determinando que da sobra dos valores após o pagamento do financiamento com o Bank Of America, 80% seria destinado à Saúde para o combate ao Coronavírus, e 20% à segurança. Mesmo concordando, os parlamentares votaram contra por não terem a segurança se o banco aceitaria, o que poderia provocar a negativa ao empréstimo.
Previdência