
Sperotto: “Os prejuízos são imensuráveis”.
A pandemia de Coronavírus deve afetar a economia dos municípios em cheio. Ontem conversei com o presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), o prefeito de Caçador, Saulo Sperotto (PSDB), sobre o atual cenário preocupante.
O problema segundo ele, é que não é possível mensurar o período em que deve durar a pandemia e nem os seus efeitos. “É algo muito incerto, nós não havíamos passado por isso antes, então não é possível fazer qualquer previsão”, disse um preocupado Sperotto.
Além da queda na arrecadação, o aumento do custo na saúde também impactará nas contas do Estado e dos municípios. Para tentar reduzir ao máximo possível os prejuízos, Sperotto anuncia que a Fecam fará um forte trabalho de publicidade junto aos municípios, sobretudo para acabar com as fake news. “É preciso que as pessoas tenham informação verdadeira e que os municípios criem um 0800, rede através de WhatsApp, aplicativos, tudo isso para orientar as pessoas sem tirá-las de suas residências”, anuncia Saulo, lembrando que até isso terá custo.
Ontem em uma reunião com o Governo do Estado e com os demais poderes, Sperotto relatou a situação das Prefeituras, destacando que através da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) já está sendo trabalhado junto ao Governo Federal, os efeitos da queda na arrecadação com perdas no FPM e no ICMS estadual. “Nós estamos pedindo uma postergação, quem sabe um alongamento das dívidas com a União, além de parcelamentos. Vamos pedir um espaço maior para podermos pagar”, relatou.
Sperotto também acredita que é um momento importante para ampliar o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), que é feito através da Caixa Federal pelo Governo, para a concessão de crédito para obras de saneamento ambiental, transporte, logística e energia.
Já quanto as contas que terão que ser fechadas ao final do ano, já que é encerramento de mandato dos atuais prefeitos, Saulo Sperotto disse que a queda da receita comprometerá o limite prudencial de gasto com os servidores. Como é uma situação extraordinária, a Fecam deve conversar com o Tribunal de Contas do Estado para tentar um entendimento, para evitar que muitos prefeitos respondam por improbidade administrativa.
Fragilidade de Moisés
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) definitivamente não é um estadista. É possível comparar a atitude do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que foi às redes sociais falar com a população com o silêncio de Moisés. O Governo trabalha, têm equipes atuantes, mas que ficam presas frente a insegurança de Moisés que demorou até para tomar a atitude de suspender as aulas, só anunciando medidas mais restritivas após a Prefeitura da capital, o Poder Judiciário e a Assembleia Legislativa, terem tomado a dianteira. É o momento para estadistas, não para insegurança. A sorte é que ele tem no secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, a cabeça pensante de seu Governo.
Decisão da Alesc
A decisão do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), de suspender as sessões do parlamento e as comissões, foi difícil devido a todos os impactos que causará nas tramitações de matérias de interesse público, porém, foi a mais acertada. De acordo com o chefe de gabinete da presidência, Eron Giordani, uma atitude que pode parecer extrema hoje, amanhã pode ser insuficiente no combate ao Coronavírus. Garcia assumiu a responsabilidade, evitando possíveis aglomerações como, por exemplo, na votação da Reforma da Previdência. O temor é que houvesse aglomeração de pessoas em frente a Alesc, o que poderia gerar risco de contágio. Os parlamentares aprovaram a decisão da presidência.
Desalinhados
Ontem a Prefeitura de Florianópolis, antes do Governo do Estado, anunciou a suspensão das aulas na capital, tanto na rede municipal, como na rede privada e estadual. Houve uma contestação se o município teria o poder de suspender as aulas do Estado, foi aí que, Bruno Oliveira, chefe de gabinete do prefeito Gean Loureiro (DEM), postou que a autoridade sanitária do município é a Prefeitura, não o Estado. Para completar, publicou o artigo 268 do Código Penal que trata da infração a determinação do Poder Público. A situação soou como um conflito entre a Prefeitura e o Governo do Estado, situação que não seria a primeira, já que não houve sincronia na divulgação do terceiro caso de Coronavírus na capital.
Próximo de Nelsinho

Foto tirada por Nelsinho Trad
A foto que o senador Jorginho Mello (PL) enviou ao SCemPauta em que aparece ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no avião, vindo dos EUA, foi tirada pelo senador Nelsinho Trad (PSD), que teve o exame com resultado positivo para Coronavírus. A informação justifica a reação de algumas pessoas próximas a Jorginho, quando souberam da notícia.
Família Amin aguarda
Ontem conversei com um animado senador Esperidião Amin (Progressistas). Em casa desde que soube do quadro de saúde do senador do Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD), Amin e a deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), tomaram a iniciativa de fazer o exame para o Coronavírus, já que durante a semana passada, Trad abraçou Amin no Senado. O senador catarinense se encontra em sua residência e está confiante que os exames terão como resultado negativo. Ele me disse que assim que sair o resultado, embarcará para Brasília para tentar junto ao Governo Federal, ações que minimizem os prejuízos à população.
Ansioso pelo resultado
O senador Esperidião Amin (Progressistas) está ansioso pelo resultado, para também retomar a sua rotina. Acostumado a não parar, Amin diz que além de ficar dentro de casa longe do restante da família, também tem seguido um jejum que mudou a sua rotina alimentar por causa da Quaresma, que o impede de ingerir doces e cerveja. Já a deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), inclui também no jejum os carboidratos. Quem também aguarda o resultado é o deputado estadual, João Amin (Progressistas). Na sexta-feira passada ele se encontrou com Esperidião a quem beijou e abraçou. Como sua esposa está grávida, João aguarda com expectativa o resultado dos exames de seus pais.
Negociação em Joinville
Ontem à noite o prefeito Udo Döhler (MDB) recebeu o Sindicato dos Servidores de Joinville (Sinsej), para discutir a negociação salarial para este ano. Ele propôs repor a inflação em três parcelas, com pagamentos em julho, setembro e novembro. Ainda não há uma definição sobre o índice da inflação. Já os servidores somente aceitam o pagamento integral e mais 8% de ganho real, além da realização de concurso público. Como era esperado, ficou para a próxima semana um novo encontro.
Teste compulsório
Um decreto do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (Progressistas), determina entre a suspensão de funcionamento de parques, academias, entre outros espaços públicos. Também autoriza a realização de exames de forma compulsória, em pessoas suspeitas de terem o Coronavírus.