A Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) acaba de comunicar oficialmente, a decisão de rejeitar a última contraproposta apresentada pelo Governo do Estado dentro das negociações pela reposição inflacionária dos salários dos policiais e bombeiros militares. A diretoria também irá encaminhar um ofício para a Secretaria de Estado da Administração com uma exposição de motivos.

Hoje era o prazo final dado pelo secretário Jorge Eduardo Tasca, para que a associação se manifestasse, contudo, o Governo decidiu estender a data para segunda-feira. A APRASC já informou que segue disposta a continuar negociando.

A diretoria esclareceu que a proposta do governo repercute em uma atualização monetária de cerca de 8%, parcelados até 2022, menos 2% em cada parcela, o que de acordo com a Aprasc, desrespeita toda a perda aquisitiva que os policiais e bombeiros militares sofrem desde 2013. “É importante esclarecer que o percentual ventilado pelo governo, de 17,5%, não é refletido nas tabelas apresentadas”, destacou o presidente da APRASC, João Carlos Pawlick.

A entidade ainda alega que o percentual de 17,5% é irreal, pois, segundo ela, não existe na proposta apresentada, sendo que a atualização real é de cerca de 8% no subsídio. Além disso, afirma que o parcelamento da reposição em 5 parcelas, até setembro de 2022, repõe cerca de 2% em cada, tornando a proposta ainda menos representativa.

Outros dois pontos destacados pela Aprasc, é de que as novas perdas inflacionárias incidentes até 2022, serão superiores aos 8% de reposição, fazendo com que a proposta sequer vença a reposição do transcurso do parcelamento e, reclama que os praças não recebem atualização monetária do subsídio desde 2013, somando mais de 40% de perdas inflacionárias de acordo com dados da associação.

A APRASC havia apresentado uma proposta de 22% de reposição inflacionária, pagas em quatro parcelas, março e outubro de 2020 e janeiro e outubro de 2021. Além disso, a categoria reivindica a incorporação da Iresa, que é a Indenização por Regime Especial de Serviços Ativos, que hoje é paga somente para quem está na ativa e a reestruturação do plano de carreira.  Os militares também não concordam com a perda do grau acima para quem vai para a reserva.