Conforme informado ontem em primeira mão pelo SCemPauta, não teve acordo entre os praças, que são os policiais e bombeiros militares não oficiais, e o Governo do Estado. O secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, insiste em manter a proposta de reposição salarial de 17,5%, enquanto que a categoria não abre mão dos 22,5%.

A Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) chegou a pensar em fazer uma nova assembleia, porém, preferiu através de um aplicativo voltar a consultar a categoria sobre a proposta do Governo, que deu um prazo à associação até amanhã para anunciar a decisão dos praças.

De acordo com um dirigente da Aprasc que pediu para não ser identificado, a tendência é muito forte de que os policiais e bombeiros não aceitarão a proposta final do Governo, por isso, manifestações contínuas estão sendo organizadas em todos os lugares onde o governador for. “Sempre que o governador sair do palácio, nós estaremos nos lugares para protestar e mostrar a nossa força”, relatou a fonte.

Outra ação que está sendo planejada, é o início de denúncias ao Ministério Público e ao Judiciário, que vão desde à falta de efetivo policial, passando pela falta de coletes adequados, até a convocação de policiais de folga para operações. “Depois dão banco de horas que não compensa. Serão ações dentro da legalidade e enquanto não formos atendidos as manifestações continuarão”, afirmou uma liderança da Aprasc.

O fato é que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não terá vida fácil, tanto, que as críticas a ele já tiveram início ainda ontem. “Aqui não vai acontecer como no Ceará, o nosso povo não merece. O povo também não merece esse governador, que sabe dos problemas da segurança pública, mas vira as costas”, afirmou o dirigente.

Por sua vez o secretário disse que é a proposta final do governo, pois, segundo ele, boa parte dos pleitos já haviam sido atendidos. O verbo não é querer, o verbo é poder”, afirmou Tasca, completando que a proposta que foi feita, é a possível neste momento.

 

Jantar na Agronômica

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) recebe hoje à noite na Casa D’Agronômica, os deputados considerados de sua base na Assembleia Legislativa. O encontro terá início por volta das 19h. A expectativa fica para o número de parlamentares que comparecerão.

 

Projeto de poder

A executiva estadual do MDB se reuniu ontem em Florianópolis. Durante a maior parte do tempo questões burocráticas tomaram conta da pauta, porém, coube ao ex-governador Eduardo Pinho Moreira fazer uma forte provocação ao partido. Ele repetiu aos presentes o mesmo que disse ao SCemPauta, ou seja, que o MDB precisa de um projeto de poder, se quiser ter êxito na eleição de 2022 ao Governo do Estado. Pinho Moreira foi além, ao afirmar que é preciso escolher um nome que agregue, ao ponto de atrair novas lideranças aos quadros emedebistas.

 

O nome…

Coube ao também ex-governador Paulo Afonso Vieira, dizer o nome do senador Dário Berger (MDB) como a liderança que aglutinará o partido sendo o pré-candidato ao Governo do Estado em 2022. Eduardo Pinho Moreira concordou que Berger é o nome que pode liderar o projeto eleitoral do MDB, pensado para voltar a governar Santa Catarina. Outras duas lideranças que concordaram foram o ex-deputado federal, Edinho Bez, e o líder da bancada do MDB na Assembleia Legislativa, Luiz Fernando Vampiro. “Sempre tivemos um projeto. Pedro Ivo, Paulo Afonso e Luiz Henrique, ou seja, mesmo quando perdíamos a eleição, já estávamos organizados para a seguinte. Não somaremos forças se não tivermos um projeto”, disse Pinho Moreira, segundo uma fonte. A noite em São José o mesmo Pinho Moreira defendeu tanto o projeto de poder, como o nome de Dário para 2022.

 

Passividade tem incomodado

Após a reunião da executiva estadual do MDB, foram vários os contatos telefônicos entre lideranças do partido. O fato é que há uma grande insatisfação com os rumos que estão sendo dados, sobretudo, a passividade conforme me disse uma liderança. O alvo principal das críticas tem sido o presidente do partido, o deputado Celso Maldaner, o qual estaria demorando para fazer com que o partido acorde. “Enquanto isso temos perdido lideranças”, desabafou um emedebista. O fato é que desde a morte de Luiz Henrique da Silveira, que o MDB catarinense não consegue se encontrar, mostrando que segue órfão de um guia, papel o qual LHS desempenhou enquanto esteve vivo.

 

Clonny ganha força

O vereador Clonny Capistrano é o possível nome do MDB à Prefeitura de São José na Grande Florianópolis. Os emedebistas querem ter candidato no quarto maior colégio eleitoral do estado e, Capistrano tem o apoio de boa parte das lideranças do partido.

 

Gean nega imposição

Ao contrário do publicado ontem pelo SCemPauta, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), informou que não há qualquer imposição do PSDB para apoiá-lo e, nem de qualquer outro partido. Uma fonte tucana informou à coluna que o PSDB somente aceita apoiar Loureiro, se repetir a chapa com João Batista, novamente de vice, caso contrário, o partido deverá lançar uma candidatura a prefeito.

 

Disputa em Joinville

O ex-secretário de Estado do Turismo, Tufi Michreff Neto, estava construindo a sua pré-candidatura a prefeito de Joinville pelo Patriotas, porém, com a entrada no partido do vice-prefeito, Nelson Coelho, Tufi se viu alijado do partido, já que no entendimento da direção nacional do Patriotas, o vice-prefeito da maior cidade catarinense teria mais chance no pleito. Logo as críticas começaram de parte do grupo de Tufi a Coelho, tanto, que uma liderança chegou a me dizer que ele enfrentará o desgaste do governo de Udo Döhler (MDB).

 

Tributação dos defensivos

Deputados já começam a se manifestar contra a proposta do Governo do Estado, de tributar os defensivos agrícolas. Carlos Moisés da Silva (PSL) tem defendido junto ao Confaz, que os Estados tributem os defensivos de acordo com a toxidade. Parlamentares começam a mandar recado afirmando que mesmo que passe no Confaz, que a proposta não será convalidada pela Assembleia Legislativa. “Será uma derrota para o governo”, disse um deputado. Já o deputado Marcos Vieira (PSDB) reclama que o Governo toma uma decisão isolada sem consultar a Alesc e nem a classe produtora. “O governo esquece que trabalhamos uma agricultura de larga escala, somos o sétimo em exportação do Brasil”, afirmou. Também de acordo com Vieira, não é preciso aumentar impostos para sair de uma crise. “Precisamos aumentar a produção e a exportação. Quanto mais produzirmos e exportamos, mais emprego e renda teremos. O governo não ajuda”, criticou.

 

Eccel de volta em Brusque

O ex-prefeito e atualmente suplente de deputado estadual, Paulo Eccel, é o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores a prefeito de Brusque. Eccel confirmou que está à disposição e que inclusive, já tem conversado com os partidos que estiveram em seu governo na eleição de 2016. Além disso, Eccel tem trabalhado para a formação das chapas a vereador.

 

Cenário de Brusque

Além do petista Paulo Eccel, Brusque terá o também ex-prefeito Ciro Roza (Podemos) no cenário. O Partido Liberal deve lançar o coronel Moacir Gomes, enquanto que o Republicanos terá o vereador, Paulinho Sestren no cenário. A surpresa fica para a pré-candidatura do vice-prefeito, Ari Vequi (MDB), que se afastou do prefeito Jonas Oscar Paegle (PSB), que também pretende ir à reeleição.