A deputada federal Ângela Amin, uma das principais lideranças para a disputa à Prefeitura de Florianópolis, reluta em falar em nomes antes de definir o projeto para a capital.

Pré-candidata do Progressistas, tem conversado com o MDB que hoje na capital é comandado pela família Daux, no caso, o vereador Rafael Daux, e o empresário Ronaldo Daux, amigos de longa data da família Amin, relação que supera as tradicionais divergências entre emedebistas e progressistas.

Além disso, um novo personagem entrou em cena como alvo de Ângela, que é o coronel Araújo Gomes, pré-candidato do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) a prefeito, considerado pelos progressistas como competente e que dará um bom resultado à segurança pública catarinense. Vale destacar que há uma relação entre o militar e os Amin, já que o pai de Araújo trabalhou no governo Esperidião Amin, e a mãe ocupou um cargo na administração de Ângela a frente da Prefeitura da capital.

Alguns encontros entre Ângela e lideranças do PSL de Florianópolis já aconteceram e, uma reunião com o governador deve ser agendada para os próximos dias. No encontro será questionado a Moisés, qual o projeto pesselista para a capital e deve ser dito pela deputada que tanto deseja o apoio, tendo Araújo como vice, como que também não terá dificuldade alguma de apoiar um nome que não seja do Progressistas, incluindo o do próprio coronel.

Além disso, Ângela também está de olho nas movimentações quando for aberta a janela, pois, segundo ela, muitas mudanças poderão ocorrer no cenário. A deputada tem afirmado nos bastidores, que o prefeito Gean Loureiro (DEM) sabe usar a máquina politicamente, devendo atrair lideranças para o seu projeto.

 

Relação com Dário

Ao olhar as conversas entre Progressistas e emedebistas em Florianópolis, situação que pode ser vista como um sinal de amadurecimento, é possível pegar outro exemplo ainda mais significativo de que as relações políticas podem mudar. Até mesmo com o senador Dário Berger (MDB) já houve uma aproximação da família Amin. Lideranças que outrora foram adversárias, mesmo já tendo compartilhado do mesmo partido, por outro lado, voltaram a conversar após um gesto de Berger com a intermediação do também senador, Jorginho Mello (PL). Dário está incomodado com a saída do prefeito Gean Loureiro (DEM) do MDB e, se disse disposto a ajudar algum projeto para a Prefeitura da capital, inclusive, pode apoiar até mesmo uma candidatura do Progressistas.

 

Efeitos em 2022

A possível aproximação do Progressistas com o PSL em Florianópolis, tem um ingrediente a mais que deve ser colocado na conversa. O senador Esperidião Amin (Progressistas) é o pré-candidato natural ao Governo do Estado em 2022, enquanto que os pesselistas terão no atual governador, Carlos Moisés da Silva, como o seu nome para tentar a reeleição. Caso o Progressistas apoie uma candidatura do PSL, não estaria fortalecendo o projeto de Moisés?

 

Amadurecimento em Chapecó

A vereadora de Chapecó Marcilei Vignatti (PT), me disse que a cidade e a região Oeste não podem se dar ao luxo de não ter deputados como Claudio Vignatti (PT) e João Rodrigues (PSD). Marcilei mostrou maturidade política ao defender a presença no parlamento, tanto de seu esposo e correligionário, como de Rodrigues, adversário político dos petistas. A vereadora destacou a importância de ambos para a região Oeste.

 

Nomes do PT em Chapecó

A presidente do Partido dos Trabalhadores em Chapecó, Ana Elza, afirma que os petistas têm três nomes para pré-candidatura à Prefeitura do município. Primeiramente os deputados Luciane Carminatti e Pedro Uczai, e depois Marcilei Vignatti. O partido definirá qual dos três encabeçará o projeto do PT. Na manhã de hoje em entrevista à Super Condá, Marcilei subiu o tom contra o prefeito, Luciano Buligon (PSL), o chamando de fraco.

 

Perto da definição

O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (sem partido), fará algumas conversas consideradas como definitivas para o seu futuro partidário. As reuniões acontecem na próxima semana antes do anúncio oficial. Fabrício tem recebido convite de vários partidos, entre os quais, o Podemos, o Democratas, o PL entre outros.

 

PRTB não abrigará

O presidente estadual do PRTB, Nylton Schwinden, me informou que o partido não servirá de barriga de aluguel para a futura Aliança pelo Brasil. Ele teve uma conversa com o presidente nacional do partido, Levy Fidelix, que confirmou que houve uma procura, porém, que as conversas não seguiram. Hoje as lideranças do partido estarão na Fiesc para a palestra do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que é filiado ao PRTB.

 

Carlito na Alesc

O ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT), assume na próxima terça-feira o mandato de deputado estadual no lugar de Padre Pedro Baldissera (PT), que se licenciará para dar espaço ao joinvilense. Na verdade, o espaço veio em bom momento para Merss, já que é pré-candidato a vereador de Joinville. Tem quem diga que Merss pode dar uma sobrevida ao PT no município, mas se dedicar a fazer campanha em cima do ex-presidente “Lula”, terá grande dificuldade. Merss não ficará os três meses, pois dividirá o espaço com o ex-prefeito de Brusque, Paulo Eccel.

 

Crítica a Fachini

O deputado estadual Fernando Krelling, presidente do MDB em Joinville, criticou a forma usada pelo vereador, Rodrigo Fachini, para deixar o partido. Krelling me disse que a carta de liberação será feita na próxima segunda-feira (02), mas questiona a judicialização. O deputado acusa Fachini de nunca ter procurado o partido para conversar e, afirma que o teria liberado sem a necessidade de uma ação. “O problema dele foi com a bancada, não com o partido”, afirmou Krelling.

 

Fachini no PL

O vereador de Joinville Rodrigo Fachini que está de saída do MDB, deve se filiar ao Partido Liberal. Um detalhe é que a ação para desfiliação do MDB sem a perda do mandato foi feita pelo advogado, Filipe Mello, filho do senador, Jorginho Mello, que preside os liberais em Santa Catarina. Filipe também advogou em uma ação parecida para o deputado estadual, Ivan Naatz, que trocou o PV pelo PL.