Em mais um capítulo da guerra interna no PSL catarinense entre deputados estaduais não alinhados com o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL) partiu para o ataque após ter sofrido uma representação do conselho de ética do partido.

Primeiramente tem sido contestada a legitimidade da representação feita por Maria Lúcia Silva Sonnestrahl, pois, de acordo com o advogado, Augusto José Wanderlinde, que representa a parlamentar, ela não apresentou qualquer documento que comprove a sua filiação ao PSL. “Informação esta que foi devidamente requerida ao “Presidente” do Conselho de Ética em 18 e 19 de fevereiro de 2020, todavia, sem qualquer retorno”, diz o advogado, ao pedir o arquivamento.

Outro ponto levantado por Wanderlinde, é sobre a validade do Conselho de Ética do partido, já que segundo certidões obtidas por ele no site do Tribunal Superior Eleitoral nos dias 18 e 19 passado, consta que o presidente do Conselho, Alessandro Gruner, e o secretário Jeferson Rafael da Fonseca, estão filiados ao PSDB. “Nas certidões acima apresentadas e anexadas a esta defesa, restou comprovado que o Presidente e o Secretário do CEFP-PSL/SC não fazem parte dos quadros de filiados do Partido Social Liberal, logo estando totalmente irregular constituição e formação do Conselho de Ética e Fidelidade Partidária”, escreveu na defesa.

Além de contestar a legitimidade do Conselho, o advogado da deputada Ana Caroline Campagnolo, também apresentou uma denúncia de improbidade administrativa. Segundo Wanderlinde, no dia 07 de fevereiro das 18h às 19h, em pleno horário de trabalho, integrantes de cargos no Governo do Estado participaram de uma reunião do partido, ao invés de estarem cumprindo as suas funções.

Os citados são o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, e o seu adjunto, Matheus Hoffmann. Além deles, o secretário Executivo de Assuntos Internacionais, Derian Campos, o assessor jurídico da Procuradoria Regional em Tubarão, Fabrício Faustina, a integradora Regional de Educação Fabíola Cechinel, o gerente de Tecnologia e Inovação, Jefferson Rafael da Fonseca e a chefe de Oficina, Jana dos Santos Alves.

A exemplo de Campagnolo, os demais deputados estaduais representados pelo PSL catarinense, Sargento Lima, Felipe Estevão e Jessé Lopes devem seguir a mesma linha, incluindo a denúncia de improbidade administrativa.

 

Praças podem não aceitar

A Associação de Praças de Santa Catarina (APRASC) realiza hoje no Centrosul em Florianópolis, a sua assembleia para decidir se aceita ou não a proposta apresentada pelo Governo do Estado à categoria. O início está marcado para às 14h, quando Décio Vargas, militar que faz parte do Conselho Gestor do Executivo, defenderá o que já foi proposto pelo Governo na semana passada. Após a fala, os praças, ou seja, os policiais e bombeiros militares não oficiais votarão se aceitam ou não. Uma fonte relatou que é forte a tendência de rechaço da proposta, situação que já tem sido manifestada nos grupos de WhatsApp dos policiais. Imaginando que não terá sucesso, lideranças governistas já pediram uma reunião para a próxima segunda-feira (02), a princípio, na Secretaria de Estado da Administração. O que chama a atenção é que o Governo entende que a Polícia Civil e o IGP já aceitaram a proposta apresentada.

 

Buscará orientação

Uma fonte ligada a Aprasc informou que se não houver acordo com o Governo do Estado, que o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Ministério Público serão procurados. A ideia é apresentar o impasse para que os poderes fiquem cientes caso haja uma Operação Padrão. Há até mesmo a intenção de falar com o ministro Sérgio Moro. A categoria quer o apoio da sociedade.

 

Manifestação de Araújo

Na condição de presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares do Brasil, o coronel Araújo Gomes concedeu uma entrevista ao Estadão. Um trecho começou a circular nos grupos de WhatsApp dos policiais: “As consequências para quem toma as atitudes que aconteceram no Ceará – Usar balaclava, furar pneu, ameaçar oficiais e companheiros – tem de ser muito graves – tem de ser muito graves e rigorosas. E serão”, disse Gomes. Ele me disse que se referiu aos acontecimentos no Ceará e, ao contrário do que entenderam alguns policiais catarinenses, não foi um recado para eles. Na mesma entrevista o coronel disse que os militares deram uma importante colaboração ao país e que isso se traduz numa expectativa de reconhecimento, ao falar das reivindicações.

 

Reposta à ACIJ

Pedido foi apresentado durante reunião com Moisés.

Um dos principais integrantes do núcleo duro do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) não gostou do pedido feito pela Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), que pediu a nomeação de um nome da cidade para ocupar um cargo de primeiro escalão no Governo do Estado. Em resposta, a fonte governista respondeu que Joinville já tem um ocupante de cargo no primeiro escalão que é Derian Campos, secretário de Articulação Internacional. “Eles querem trocar o secretário?”, questionou. Ainda de acordo com a liderança, os critérios de escolha não atende a questão geográfica, mesmo assim, todas as regiões estão representadas.

 

Pedido descabido

O integrante do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) foi além a respeito do pedido da ACIJ, dizendo que o pleito é descabido. “É o mesmo que o governo pedir uma vaga na ACIJ. Cada um no seu quadrado”, disse, afirmando que secretários não serão substituídos a pedido de qualquer associação comercial.

 

Hobus critica

O deputado estadual Milton Hobus (PSD) criticou a intenção do Governo do Estado de tributar os defensivos agrícolas. Para Hobus, aumentar o imposto da agricultura é uma sandice. “O governo tem que entender que a nossa agricultura é responsável pela maior fatia das exportações de Santa Catarina. Nossos alimentos vão para todos os cantos do mundo. Além disso, o agronegócio responde por 29% de todas as riquezas geradas no Estado”, afirmou.

 

Substitutivo à reforma

O deputado estadual Bruno Souza (Novo) propôs um substitutivo global à Reforma da Previdência estadual, em resposta à proposta apresentada pelo relator da matéria, deputado Maurício Eskudlark (PL) em conjunto com a bancada do PT. Souza, que chama a proposta original do Governo de “reforminha” pelo seu baixo impacto no ajuste das contas do executivo, se diz preocupado com a desidratação feita no projeto do governo. “O projeto já foi muito, muito tímido quando comparado aos aprovados nos nossos vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná. Economiza apenas R$ 900 milhões em dez anos. Levaria 20 anos para economizar o equivalente a apenas um ano de déficit da previdência estadual”, criticou.

 

Defesa de SC

Também segundo o deputado estadual Bruno Souza (Novo), o Partido dos Trabalhadores tenta aprovar um substitutivo para que o impacto seja ainda menor. Para ele, isso é pensar em defender categorias ao invés de defender Santa Catarina. Agora, os projetos do PT e de Souza irão tramitar em paralelo na casa. “O primeiro é defendido pelos sindicatos e pelas categorias profissionais. O segundo, torna a reforma mais ampla”, finaliza o deputado.

 

Convite a De Toni

O prefeito de Chapecó Luciano Buligon (PSL) está tentando convencer a deputada federal, Caroline de Toni (PSL), a disputar a eleição à Prefeitura da capital do Oeste. Caroline reluta, não quer aceitar o desafio e tem sido pressionada por eleitores e setores próximos a permanecer em Brasília. O entendimento é que a parlamentar tem muito a contribuir com o estado ao seguir no mandato.

 

Sintonia na Câmara

O novo presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, Fábio Braga (PTB), e o segundo vice-presidente, vereador Marcelo da Intendência (Progressistas), tem demonstrado muita sintonia na condução dos trabalhos do Legislativo, mesmo com as tradicionais tentativas de polemizar os trabalhos neste ano eleitoral. A dupla diz que não tem caído nas provocações e colocou em votação temas difíceis, como recursos regimentais antigos da oposição. Por sinal, a temperatura promete esquentar até a metade do ano, com a proximidade das eleições municipais de 2020.

 

Pautas a Mourão

Amanhã após a sua palestra na Fiesc, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), receberá da entidade uma pauta de reivindicações, mas, representando a Assembleia Legislativa, o deputado Marcos Vieira (PSDB) também apresentará o projeto da Rota do Milho. Ele pedirá o apoio do Governo Federal para a viabilização da rota.

 

Mantida a suspensão

O juiz da 35ª Zona Eleitoral da Comarca de Chapecó, Marcos Bigolin, negou o pedido feito pelos advogados de João Rodrigues (PSL), para ter os seus direitos políticos restabelecidos. A defesa de Rodrigues recorrerá as instâncias superiores.