Destaque do Dia

Muitas pessoas me enviam e-mails ou mensagens comentando o meu posicionamento em relação ao Governo do Estado. O mais interessante que não é em tom de crítica, é curiosidade mesmo e, o melhor, apoio, é isso que recebo pelas críticas que tenho feito e até mesmo devido as cobranças.

O SCemPauta de maneira alguma é oposição e muito menos situação. Não é esse o papel do meu trabalho, que deve se limitar ao jornalismo, a divulgar as informações e fazer as análises em cima da realidade, sejam boas ou ruins, nada mais do que isso. É importante lembrar que grande parte das informações e atos do governo, tem sido divulgado, o que inclui as boas notícias e, assim seguirá sendo.

Após esse preâmbulo, digo aqui que as críticas que tenho feito são motivadas por um governo que pode ser dividido pelo discurso e a prática. Carlos Moisés da Silva (PSL) é dado ao confronto, ao desrespeito, a pedância e vingança contra quem pensa o contrário, ou que ousa a criticá-lo. Tem muito a aprender e, precisa aterrissar para reencontrar a realidade de que ainda é um mero neófito alçado ao posto de governador, simplesmente pela “Onda Bolsonaro”.

Uma das provas da distância do discurso e da prática, é a relação que mantém com deputados estaduais. Para quem lhe apoia, está autorizado o atendimento dos secretários de Estado, por outro lado, quem não o apoia, de uma forma nada republicana não é recebido, ou não tem o pleito atendido. Lideranças próximas ao Governo admitem na condição de confidencialidade, a prática que relato que também pode ser enquadrada no “toma lá dá cá”.

Mas a grosseria da vez foi a de não convidar o ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), para a reinauguração da Ponte Hercílio Luz em Florianópolis, que acontece hoje. Logo Colombo que trouxe a empresa portuguesa Empa, para concluir as obras. Moisés não gosta de sombra, pois sabia que teria que dar a Cesar o que é de Cesar, ou seja, teria que dar os louros ao ex-governador, já que ele mesmo, nada fez.

Há algumas semanas em outro momento reprovável, Moisés esteve no Oeste entregando máquinas agrícolas compradas através de emendas parlamentares ainda da legislatura passada, ou seja, quando ele ainda era o tesoureiro do PSL e dirigia para Lucas Esmeraldino. Preferiu tomar para si o feito, posando para fotos com os equipamentos, situação que gerou críticas dos deputados que destinaram as emendas, tanto, que se recusaram a participar do ato. Até mesmo o ex-deputado João Rodrigues (PSD), que foi um dos autores das emendas, foi solenemente ignorado mesmo tendo ido à entrega. Em Laguna em um ato no porto pesqueiro, o ignorado foi o ex-governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), que fez todos os gestos para facilitar a transição de governo ao final do ano passado.

Pelo visto, Moisés não precisa apenas aprender a se portar na política, a ser um estadista, onde é fundamental que as boas relações e o respeito imperem apesar das diferenças, até mesmo como exemplo a quem é governado. Mas pelo que se tem visto, parece que o problema é ainda maior: É de falta de educação, de bons modos, coisas básicas que se aprende dentro de casa. Ainda há tempo, governador!

Sem conversa

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, tentou através do presidente estadual de seu partido, o Democratas, João Paulo Kleinubing, articular uma conversa com a deputada federal, Ângela Amin, provável nome do Progressistas à Prefeitura da Capital. É pública a amizade de Kleinubing com a família Amin e, Loureiro tentou através dessa relação se aproximar para evitar um novo confronto. Ângela não aceitou conversar com o prefeito.

 

Moisés com o MDB

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) entrou de cabeça no projeto de ter no coronel, Araújo Gomes, o nome de seu partido a prefeito de Florianópolis. Moisés voltou a jantar com o presidente do MDB na capital, o vereador Rafael Daux, e o seu pai, Ronaldo Daux, dono do Hotel Majestic, local do encontro. O governador deseja ter no líder emedebista o vice de Araújo, prometendo em contrapartida, o apoio do PSL aos emedebistas em São José, Palhoça, Biguaçu entre outras cidades da Grande Florianópolis.

 

Buligon no PSL?

Segundo informações de bastidores, o governador Carlos Moisés da Silva quer ter em seu partido, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que há pouco tempo se filiou ao Democratas. Conversei com Buligon que confirmou as conversas, dizendo que a relação está próxima e que houve uma grande aproximação entre eles. O questionei se poderá mudar de partido e o prefeito respondeu: “Ficamos de conversar no início de janeiro sobre o assunto. Chapecó acima de tudo”, deixando claro que está aberto a dialogar sobre a possibilidade de se filiar ao PSL. A conversa acontecerá no retorno de Moisés após alguns dias de férias.

 

Reunião da esquerda

Os partidos de esquerda na capital seguem se reunindo para tentar formar um projeto único pensando na eleição à Prefeitura de Florianópolis. Após alguns primeiros encontros, se reuniram os vereadores Afrânio Boppré (PSOL), Vanderlei Farias, o Lela (PDT), e o presidente estadual do PSB, Adir Gentil, acompanhado de Carlos Amastha que é da executiva nacional. A ideia de Afrânio e Lela foi de se aproximar dos pessebistas, tanto, que uma nova reunião já foi agendada para janeiro, quando outros partidos do campo progressista devem participar.