A Assembleia Legislativa salvou o Governo do Estado, ao aprovar na sessão de ontem os dois projetos de lei, voltados à Segurança Pública, sendo um que cria um fundo e, outro o conselho. Com a aprovação, a sanção e a publicação até sexta-feira (30), Santa Catarina garante R$ 29 milhões destinados ao setor.

Ontem o SCemPauta trouxe a informação sobre a demora do governo, em enviar as matérias ao parlamento, sendo que chegaram apenas no dia 5 deste mês. Acontece que uma fonte relatou que os projetos estão parados desde julho do ano passado, sem que tivessem sido enviados à Alesc. Portanto, durante alguns meses do governo de Eduardo Pinho Moreira (MDB), e nos 11 meses deste ano de Carlos Moisés da Silva (PSL), nada, o projeto ficou engavetado até que o Governo Federal fez o alerta, de que o recurso seria perdido caso não houvesse a aprovação.

O fato é que desde o ano passado o Governo Federal informou aos Estados que haveria uma mudança no repasse dos recursos à Segurança. Com o objetivo de reduzir a burocracia, foi criado um Fundo em Brasília e todos os Estados tem que seguir o mesmo modelo, pois, o repasse de fundo para fundo é permitido, sem a necessidade de prestação de contas e licitação, porém, no modelo anterior, havia todo um rito a ser cumprido que atrasava em meses os repasses.

Portanto, se não fosse o esforço concentrado dos deputados ontem no parlamento, Santa Catarina, simplesmente, deixaria de receber R$ 29 milhões para um setor que ainda é carente de recursos. Acorda governo!

 

Dados do Coaf em SC

A decisão do Supremo Tribunal Federal que em sua maioria, aprovou o compartilhamento com o Ministério Público de informações fiscais e bancárias sigilosas, oriundas dos órgãos de inteligência e controle, a exemplo da Unidade de Inteligência Financeira que é o antigo Coaf, além da Receita Federal e Banco Central, pode ter efeito em investigações correntes em Santa Catarina. Ainda não há um entendimento sobre os limites do compartilhamento. Segundo uma fonte, investigações sigilosas estão sendo realizadas pela Polícia Federal, através do cruzamento de dados sobre movimentações financeiras.

 

Baixaria sem limites

Parece que na Câmara de Vereadores da capital, o trem da baixaria nunca chega à estação do limite. Ontem o presidente Roberto Katumi (PSD) concedeu uma entrevista a uma rádio de Florianópolis, onde em determinado momento disse o seguinte, ao se referir a discussão que ocorreu no plenário ao final da sessão de terça-feira (26): “Tá também filmado e mostra o desequilíbrio do vereador Lela. Há outro vídeo também que mostra o desequilíbrio do vereador Lela, ao dizer que eu estou passando a língua no ân… do prefeito, isso é um absurdo. Quantos estão querendo trazer uma informação caluniosa dizendo que agredi, eu não agredi, eu tirei um celular que estava sendo colocado no meu rosto, isso é um absurdo”, disse Katumi. Ao ser questionado também se as denúncias de um suposto esquema de corrupção nas organizações sociais serão debatidas na Câmara, o presidente deu a certeza de que será.

 

Geske critica Katumi

Ontem o vereador de Florianópolis, Renato Geske (PL), teceu duras críticas ao presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Katumi (PSD), o qual, segundo ele, mentiu para o prefeito, Gean Loureiro (Sem partido), quando disse que tinha 17 votos para a cassação de Maikon Costa (PSDB), quando na verdade não tinha. “Eu desliguei o meu telefone. Eu disse que não tinha mais do que 13 votos, não sirvo de palhaço e nem de massa de manobra. Eu não preciso desse governo para nada e, não posso liderar numa Casa onde tem um presidente desqualificado”, afirmou Geske que mais uma vez deixou claro que não deseja mais ser o líder do governo.

 

Afastamento

O vereador Renato Geske (PL), deseja se afastar da liderança de Gean Loureiro (Sem partido) na Câmara de Vereadores e deve se alinhar com o MDB e demais vereadores que não estão na base do prefeito. Além disso, Geske anunciou que dará entrada em um mandado de segurança para garantir a fala dos vereadores, os quais, segundo ele, tem sido tolhidos pelo presidente da Câmara, Roberto Katumi (PSD).

 

Déficit do Estado

Na próxima terça-feira o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, estará na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, que é presidida pelo deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB). Eli foi convidado a explicar o orçamento enviado ao parlamento, com um déficit estimado em R$ 800 milhões.

 

Suspeita de espionagem

Ontem durante a sessão da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Pedro Silvestre, o Pedrão (Progressistas), levantou um assunto grave, ao pedir ao presidente em exercício, Fábio Braga (PTB), que faça uma solicitação formal para a Polícia Civil, ou Federal, para que procedam uma varredura em seu gabinete para tentar identificar algum equipamento de monitoramento e de escutas. Pedrão relatou que reuniões estratégicas sobre projetos que seriam apresentados pelo seu mandato, vazaram, o que gerou a suspeita. “Essa situação tem colocado a segurança da equipe e a minha em risco”, disse ele.

 

Decisão de Mocellin

 O deputado estadual Coronel Mocellin, anunciou que não faz mais parte da executiva do PSL, pois, segundo ele, a dedicação será total ao seu mandato. Além disso, anunciou que ficará no mandato até o fim, portanto, não disputará a Prefeitura de Itajaí. O fato é que Mocellin teve prejudicado o seu projeto devido à má relação do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), com o Vale do Itajaí, além disso, o parlamentar foi aconselhado por pessoas próximas a concluir o seu primeiro mandato. Ao poucos Mocellin se afasta de Moisés e se aproxima do grupo de deputados que não estão mais alinhados com o governador e, que acompanharão o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao partido que será criado, a Aliança pelo Brasil.

 

Alba fica

O deputado estadual, Ricardo Alba, seguirá no PSL e alinhado ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Alba até tentou buscar um outro caminho, porém, não foi aceito pelos demais deputados pesselistas que se afastaram de Moisés. O problema para Alba, é que não terá no seu discurso na eleição à Prefeitura de Blumenau, a fala de ser pró-Bolsonaro.

 

Trabalha para Krelling

O prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), tem se dedicado a apoiar o nome de seu partido, para a eleição do próximo ano à sua sucessão. Todas as agendas do Executivo, incluindo dos secretários, estão sendo alinhadas ao deputado estadual, Fernando Krelling (MDB).

 

Marcelino Chiarello

Hoje a Praça Coronel Bertaso em Chapecó, recebe um ato para marcar a memória dos 8 anos da morte do professor e vereador Marcelino Chiarello. Será a partir das 10h30, horário que foi decretada a morte de Marcelino, em 2011. A ação intitulada “8 anos sem respostas: Quem matou Marcelino Chiarello?” é uma iniciativa do coletivo do Julgamento Popular do caso Marcelino Chiarello, movimento lançado em setembro de 2017 que cobra explicações a respeito do caso. A morte do vereador do Partido dos Trabalhadores até hoje gera discussões, sendo que o relatório final da polícia definiu como suicídio, enquanto que a família e pessoas próximas a Marcelino defendem a tese de homicídio.