Destaque do Dia
A audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, para discutir as mais de 120 obras paralisadas em Santa Catarina em 66 municípios, definiu que será criada uma comissão para analisar de quatro em quatro meses, o andamento de obras paralisadas. Também será criado um mecanismo de controle online.
As propostas foram aprovadas na audiência realizada a pedido do deputado estadual, Bruno Souza (sem partido), devendo envolver representantes da iniciativa privada, órgãos fiscalizadores e do Governo do Estado. Falta de planejamento e gestão foram as causas apontadas para a paralisação.
Souza explicou que a audiência promovida pela Comissão de Finanças e Tributação, ocorreu após a análise dos levantamentos das obras paralisadas em Santa Catarina realizados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “A nossa intenção foi dar um início a um debate para cobrar a execução destas obras e mostrar que as faltas de planejamento e de gestão contribuem para a estagnação da economia e desperdício de dinheiro público”, afirmou.
O secretário-executivo da Câmara de Transporte, Logística, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, Egídio Antônio Martorano, apresentou o site Monitora Fiesc, uma ferramenta que a entidade criou para acompanhar as obras de interesse do setor no Estado. “Nos últimos dez anos foram para o ralo R$ 23 milhões destinados somente a projetos para ferrovias que não saíram do papel”, afirmou.
Egídio destacou ainda que neste mesmo período, conforme essa ferramenta da Fiesc, 30% do orçamento da União destinado para Santa Catarina não foi repassado. “98% das obras monitoradas pela Fiesc, de interesse da indústria, estão paralisadas ou com os prazos atrasados. A única obra em dia é do Aeroporto de Navegantes, que praticamente está no início”, disse, salientando que, por exemplo, a não conclusão do contorno viário da Grande Florianópolis já resultou em 15.263 acidentes e 228 mortes. “Só com essa obra o custo social ultrapassa a R$ 21 bilhões”, destacou.
PSD
O PSD catarinense vem movimentando filiados e apoiadores em Santa Catarina, desde que o deputado estadual, Milton Hobus, assumiu a presidência da sigla. No último fim de semana, três eventos reuniram mais de 500 pessoas em Içara, Araranguá e Braço do Norte, no Extremo-Sul. Estavam presentes os principais nomes do partido, a exemplo do ex-governador Raimundo Colombo, do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, do deputado federal Ricardo Guidi e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes. As reuniões não se limitam ao Sul do Estado. Já ocorreram em Videira, Blumenau, São João Batista, Tijucas, além de encontros locais. Nos próximos dias 18 e 19, as lideranças estarão em Tubarão e Criciúma, respectivamente. Já no dia 25, em Lages.
Filiações
Em Içará o empresário Anselmo Freitas, administrador do setor de plásticos, professor e considerado um possível nome para as eleições municipais assinou filiação. As lideranças do partido tem sinalizado em todas as reuniões que vai propor um debate qualificado nas eleições municipais do próximo ano. Para isso, a sigla finaliza uma carta de princípios para apresentar a todos as lideranças. A ideia é percorrer o Estado com palestras para os candidatos a vereador e prefeito. Por exemplo, um dos pontos é que o PSD é contrário ao aumento de impostos. “Partido político é um instrumento legal da democracia. Nós temos que colocar em prática as nossas ideias, nossos princípios em favor da cidade e dos catarinenses”, destacou Hobus, acrescentando: “Nosso partido vai construir um time, com respeito, sabendo que a liderança não se impõe. Ela se conquista”, deu o recado.
Udo na ACIJ
Durante exposição na ACIJ realizada ontem, o prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), destacou as finanças do município, investimentos em educação e abordou outros temas como licenciamentos, água e esgoto, inovação e Cosip. “Teremos fluxo de caixa garantido até dezembro de 2021”, afirmou. Segundo ele, na saúde desde 2013, foram oito novas Unidades Básicas sendo que até março do próximo ano, serão entregues outras quatro, em um novo conceito do Ministério da Saúde, que inclui espaços com áreas de recreação. “Temos mais três projetadas”, disse. Udo anunciou dois novos aceleradores lineares ao hospital São José e, destacou que o IDH da saúde de Joinville é o melhor do Brasil em 0,91. “É a melhor saúde pública da saúde reconhecida pelo ministério”, disse.
Escolas
Na educação com o desempenho no Ideb, Joinville vai passar a ser avaliada pelo PISA no ano que vem, num conceito internacional. “O que nos põe numa situação de conforto”, disse o prefeito, Udo Döhler (MDB). Ele disse que foram 129 escolas recuperadas, climatizadas, com lousas, laboratórios de ciências. “Levamos inovação para as escolas”. Udo disse ainda que um convênio com Cingapura permitiu uma melhor capacitação aos profissionais de matemática. “Temos de começar a preparar crianças para esse novo mercado porque 40% das profissões irão desaparecer ou passar por mudanças em 20 anos”, destacou. Sobre água e esgoto, Udo disse que há R$ 530 milhões em investimentos, sendo R$ 170 milhões para água e os demais valores para coleta e tratamento de esgoto. “Quem faz milagre é o santo de casa e a pressa é amiga da perfeição”, deu o recado.
Sander admite sair
Mais uma vez o secretário de Desenvolvimento Econômico de Chapecó, Márcio Sander, admitiu sair do Partido Liberal. Após a informação sobre a possível filiação do tenente-coronel, Ricardo da Silva em seu partido, Sander disse que o policial que deseja disputar a prefeitura, é bem-vindo, porém, deixou claro de que não abrirá mão de sua pré-candidatura a prefeito de Chapecó, mesmo tendo que se filiar a outro partido. Sander também está de olho na possibilidade de uma candidatura avulsa, situação que está sendo avaliada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Republicanos para 2020
O presidente estadual do Republicanos em Santa Catarina, deputado estadual, Sergio Motta, passou o dia de ontem em Brasília, em uma reunião com o presidente nacional do partido, o deputado federal por São Paulo e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira, e demais nomes das executivas estaduais. O encontro teve como assunto principal o planejamento das eleições 2020. Entre as principais metas, está a de priorizar candidaturas próprias nas eleições do ano que vem em municípios acima de 200 mil eleitores. “Queremos eleger 10% do número de prefeitos em todo o Brasil, ou seja, 550. Para a bancada de vereadores que tínhamos com 1,2 mil em 2016, queremos triplicar os eleitos”, disse Pereira.
Plano diretor