Um grupo de empresários catarinenses do setor de operação portuária, pedirá à Polícia Federal que investigue um suposto cartel no SCPar Porto de São Francisco do Sul, que teria a anuência segundo eles, da Cidasc. Um documento está sendo preparado, devendo em parte ser entregue aqui em Santa Catarina nos próximos dias, enquanto que algumas denúncias em separado serão feitas à PF em Brasília, questionando o motivo de apenas a empresa, Litoral Soluções em Comércio Exterior, ter a autorização para operar no terminal graneleiro do porto, além da Bunge, que é exportadora de grãos.

Os empresários afirmam que há mais de 20 anos, outras operadoras não são autorizadas a utilizar os armazéns públicos no terminal de grãos, tanto, que a Cidasc que já foi multada pela Antaq por estar à frente do terminal de forma ilegal, também terá que pagar multa por não garantir um tratamento igualitário às demais empresas que desejam operar no porto.

Constará no relato que será entregue à Polícia Federal, o fato do presidente do porto, João Batista Furtado, ter decidido abrir para outras empresas, porém, segundo uma fonte, a decisão teria sido barrada pela atual direção da SCPar Holding. O fato é que até o momento não há uma explicação sobre a forma que foi legalizado o acesso da Litoral e da Bunge ao porto, já que não foi realizado qualquer procedimento legal, a exemplo de uma licitação.

Também deve estar no dossiê que está sendo produzido, o pedido para que se investigue a relação das irregularidades com a anuência de políticos que ocuparam cargos de primeiro escalão, que supostamente teriam recebido ajuda com dinheiro para campanha.

Procurei a Litoral, porém, não consegui falar. Já quanto a Bunge, a assessoria de comunicação ficou de enviar uma resposta a alguns questionamentos que enviei, porém, até o momento também não respondeu. Já na Cidasc a informação é que a assessoria somente atenderá na segunda-feira, enquanto que a assessora do porto disse que por hora não haverá manifestação.