Os bastidores do pedido de expulsão de Jessé Lopes e Ana Caroline Campagnolo
Os deputados federais, Fábio Schiochet e Daniel Freitas discutiram na tarde de hoje aqui em Brasília, o pedido feito pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), de expulsão dos deputados estaduais, Ana Caroline Campagnolo e Jessé Lopes, com o presidente da executiva nacional do partido, Luciano Bivar e o vice-presidente, Antônio Rueda.
Após algumas horas de conversa, segundo uma fonte, Bivar teria consultado o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSC), que teria dado carta branca para uma decisão. A resposta de Bolsonaro, foi após Bivar ter comparado o caso dos deputados catarinenses, com a situação vivida pelo presidente com o deputado federal, Alexandre Frota que também foi expulso do PSL. “Presidente, eles agiram da mesma forma que o Frota fazendo piada com o senhor”, teria sido o relato.
Questões legais
Conforme divulguei em primeira mão, o caso dos deputados estaduais, Ana Caroline Campagnolo e Jessé Lopes, ainda precisa passar pelo Conselho de Ética, que será formado por lideranças nacionais do partido no prazo de 40 dias. Nenhuma liderança do partido nega a decisão de expulsar os parlamentares, porém, tanto para o presidente nacional, Luciano Bivar, quanto para o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a decisão já está tomada.
Para oficializar uma expulsão, é necessário, ou passar a questão pelo Conselho de Ética, ou por uma reunião da executiva. Daniel Freitas e Fábio Schiochet ainda tentarão reverter a situação, o que parece difícil até o momento, já que Moisés está tratando a questão como algo pessoal. O PSL ficou de emitir uma nota ainda hoje sobre a decisão.
Douglas nega interferência
O secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, me ligou para negar que tenha ido a Brasília para pedir a expulsão dos deputados do PSL. Segundo o homem forte do governo Moisés, a sua ida à capital federal no dia de hoje foi por outros motivos, mas admitiu que se encontrou com o deputado Fábio Schiochet que preside o partido no estado.
Borba também disse que na condição de secretário, que não pretende se filiar e nem se envolver em questões partidárias. “Passei apenas para dar um abraço no Fábio” disse Borba.
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