Primeiro esclarecer que “cassar” com dos “ss” refere-se à cassação de mandato, por exemplo. É ao que se refere a nota de abertura desta coluna. Em Criciúma o prefeito Clésio Salvaro enfrenta uma “CI” (Comissão de investigação), que ao entendimento popular significa “CPI”. Foi instalada por vereadores que analisam crime de gestão porque ele parcelou dívidas do sistema de previdência dos servidores, sendo que havia dinheiro em caixa. Salvaro há muito figura dos pretendentes de um cargo que extrapole os limites da cidade capital do carvão no Sul do Estado. Deputado estadual ele já foi. O desejo é a majoritária: governador, vice ou senador. Eleito prefeito com 76 por cento dos votos em 2016 ele enfrenta hoje, em Criciúma, adversários de toda ordem. O fato curioso é que agora até dentro do seu partido, o PSDB, constrói-se a principal oposição. O vereador Júlio Kaminski (PSDB) trabalhou para abrir “CI” e encontrar razões de cassação. Na última semana ele foi para o rádio e disse que, mesmo antes do término dos trabalhos da “CI”, já existe a conclusão de que o prefeito “cometeu crime de improbidade administrativa” ao aplicar o dinheiro no sistema financeiro ao invés de pagar em dia o sistema de previdência dos servidores. Ao parcelar o débito com o sistema de previdência os juros pagos são inferiores aos arrecadados com a arrecadação no sistema previdenciário. Por conta disso, nos próximos dias, deve ser apresentado pedido de cassação do prefeito.