Delegado está entre os presos da Operação “chabu” da Polícia Federal
Uma operação da Polícia Federal que iniciou nas primeiras horas da manhã de hoje em Florianópolis, tenta desarticular uma organização que violava o sigilo das operações policiais em Santa Catarina.
Ao todo são 30 mandados, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária, que foram expedidos pelo TRF 4 em Porto Alegre. Entre os presos, está o delegado Fernando Amaro de Moraes Caieron, por ordem do desembargador federal, Leandro Paulsen. Um ex-secretário de Estado também está entre os alvos.
De acordo com a PF, após análises dos materiais apreendidos durante a Operação Eclipse, deflagrada em agosto de 2018, foi apurado que uma organização criminosa construiu uma rede composta por um núcleo político, empresários, e servidores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal lotados em órgão de inteligência e investigação, com o objetivo de embaraçar investigações policiais em curso e proteger um certo núcleo político em troca de benesses financeiras e políticas.
Durante as investigações foram apuradas várias práticas ilícitas, dentre as quais destacam-se o vazamento sistemático de informações a respeito de operações policiais a serem deflagradas até o contrabando de equipamentos de contra inteligência para montar “salas seguras” a prova de monitoramento em órgãos públicos e empresas.
Os elementos probatórios obtidos durante as investigações apontam a prática de crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, além da tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.
O nome CHABU
O nome dado à operação, significa dar problema, dar errado, falha no sistema; usado comumente em festas juninas quando falham fogos de artifício. Termo empregado por alguns dos investigados para avisar da existência de operações policiais que viriam a acontecer.
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