Em reunião na tarde desta segunda-feira (11), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, de forma unânime, pediram aos envolvidos no caso “Intercept”, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o representante do Ministério Público na Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, entre outros procuradores, para que se afastem dos cargos públicos que ocupam, para que as investigações ocorram sem qualquer suspeita.

Mesmo assim, os conselheiros que manifestaram perplexidade e preocupação com os fatos noticiados, pedem que seja investigada a atuação de hackers que colocaram em risco a segurança institucional, mas também, o conteúdo divulgado pelo site.

“É preciso, antes de tudo, prudência. A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja formado juízo definitivo de valor”, diz uma parte da nota.

A Ordem dos Advogados do Brasil informou ainda, que tem em seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático e do regular funcionamento das instituições e, que por isso, não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.