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Destaque do Dia

Garcia recebeu a solidariedade dos demais deputados.
O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), resolveu enfrentar a situação de frente, em relação a ação de busca e apreensão da Polícia Federal em suas residências, no âmbito da Operação Alcatraz.
Ele não escondeu o seu sentimento de tristeza, que ficou evidente para todos que frequentam o parlamento, sobretudo a Presidência. O fato, é que uma das maiores lideranças políticas de Santa Catarina se abateu com a situação, chegando a dizer que ontem foi um dos piores dias para ele na Alesc.
Ainda durante o pronunciamento, Garcia disse confiar no judiciário, deixando claro que está apenas cumprindo com o seu papel de pilar da democracia, que merece e precisa ser respeitado. “Não é hora de bravata, de procurar culpados. Não é hora de acusar ninguém. A mim compete o dever de proceder minha defesa, com serenidade”, disse.
Garcia resolveu explicar a situação de forma didática, destacando pontos que aparecem na investigação. Quanto a um terreno comprado por ele em 1994, relatou que houve um problema na regularização, tendo o processo levado 20 anos para ser resolvido. Segundo ele, por essa razão houve um link entre a compra do imóvel e a sua legalização. “Tal imóvel não tem nada a ver com a operação, que investiga desvio de recursos públicos para benefícios privados”, disse.
Já quanto ao patrimônio, afirmou que não tem mais nada em seu nome, pois, doou tudo para os filhos. Já quanto a sua irmã, também alvo da investigação, destacou que se resume a uma quitinete que foi dada de presente pela sua mãe.
Um dos pontos fortes, foi quando Júlio Garcia afirmou que não renegaria os seus amigos, ao relatar a situação do ex-secretário adjunto de Estado da Administração, Nelson Nappi Júnior, que está preso, acusado de ser o operador da distribuição de dinheiro de propina, pela investigação da operação. “Desconheço ilicitudes dele. Não fosse assim, não o teria nomeado para o cargo na Assembleia. Não vou renegar meus amigos”, afirmou Garcia a respeito de Nappi, de quem é padrinho de casamento. Vale lembrar que o então diretor foi exonerado pelo presidente da Alesc no dia da operação.
Outro amigo de Garcia, é o proprietário de uma das empresas investigadas, que presta serviço ao Governo do Estado. O deputado afirmou desconhecer qualquer atividades comercial da empresa e, seus contratos. “Alegam que sou amigo do proprietário. Mas do que isso: tive convivência familiar por 15 anos e mantenho até hoje amizade com ele”, disse.
Por fim, agradeceu o apoio e a solidariedade que tem recebido, desde o dia da Operação Alcatraz. “Vou lutar até o fim para provar minha inocência. A única coisa que posso pedir é justiça. Não quero ser pré-julgado, mas não abro mão de ser julgado”, encerrando o discurso. As pessoas que estavam na galeria da Alesc aplaudiram a fala.

Garcia se emocionou ao sair do plenário.
Clima de consternação
O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), tem recebido o apoio da maioria dos deputados. Os relatos de parlamentares com quem conversei, é que a operação gerou um clima de tristeza entre eles. “Conheço o Júlio, nós sabemos da seriedade dele, até que provem ao contrário, não tem nada contra ele. Eu fui o primeiro deputado que declarou voto para ele na presidência”, me disse, Marcos Vieira (PSDB). Além disso, a ideia é que a situação não atrapalhe os trabalhos da Alesc, nem as votações que devem entrar em pauta. “Todo mundo evita falar. Está todo mundo surpreso com tudo isso”, disse um servidor. Um fato que entrou na conversa entre alguns deputados, é que Garcia sempre foi considerado inabalável, uma referência, tanto que foi eleito por unanimidade para presidir a Alesc. “É impossível não gerar um certo abalo na Casa”, afirmou um dos participantes do bate-papo.
Convencimento
Júlio Garcia (PSD) comunicou durante o almoço da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, que faria o pronunciamento na sessão de ontem. Recebeu o apoio unânime dos pessedistas. Ele também ouviu lideranças, incluindo o seu braço direito, o chefe de gabinete da presidência, Eron Giordani.
Moisés sabia da operação
Uma fonte ligada ao Governo do Estado, me disse que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) sabia da Operação Alcatraz. Somente não soube dizer se ele já teria conhecimento dos nomes alvos. O relato da fonte é corroborado com a nota enviada à imprensa, de que a Secretaria de Estado da Administração, que está sob o comando de um dos homens fortes de Moisés, que é o tenente-coronel, Jorge Tasca, colabora com as investigações sobre a empresa que prestou o serviço de VoIP de 2009 a 2018, ao Governo, desde abril deste ano.
É claro que sabia!
Essa foi a afirmação da fonte que foi além, ao afirmar que seria impossível que a Secretaria de Estado estivesse colaborando com uma investigação, sem o conhecimento do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). “O Moisés sabia e achou importante, para que fossem apurados os fatos”, disse a fonte.