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Destaque do Dia
Encerra hoje a tramitação do projeto de lei da Reforma Administrativa do Governo do Estado, nas comissões permanentes da Assembleia Legislativa. Já há um acordo entre os líderes de bancada para que a votação aconteça amanhã em dois turnos. Vale lembrar que será necessário ter 21 deputados em plenário e, para aprovar, no mínimo 21 votos.
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) tanto pressionou, que conseguiu o apoio do MDB. Um levantamento extraoficial dá conta de que o governo já tem 23 votos, dois a mais do que precisa para a aprovação. A força de Moisés junto ao MDB que está aderindo a sua base, influenciou até mesmo na atuação de um dos relatores, Luiz Fernando Vampiro (MDB), da Comissão de Constituição e Justiça.
Segundo uma fonte, o artigo primeiro do projeto já estava com a redação acordada entre os presidentes e relatores, porém, no dia seguinte atendendo a uma pressão do Executivo, houve uma mudança no texto, usurpando algumas atribuições que seriam do parlamento, a exemplo da nomenclatura de cargos e as competências que a partir de agora, poderão ser definidas através de decreto pelo governador. Já quanto aos salários segue a necessidade de passar pela Alesc.
No tocante a criação da Controladoria Geral do Estado, os deputados não concordaram com os superpoderes que o futuro secretário teria. Pela proposta original, a CGE tomava para si a competência da Secretaria de Estado da Fazenda, inclusive com o poder de rever os atos dos secretários de Estado. Isso foi retirado, pois, na opinião dos parlamentares, em um comparativo a CGE teria um poder quatro vezes maior do que a CGU que é da União. Mesmo assim, um projeto complementar definirá as competências e organização.
Já a Secretaria de Integridade e Governança, ficará restrita a lei aprovada no ano passado, que mesmo com vício de origem foi sancionada por Moisés. Ela será o Compliance do Estado, porém, perdeu algumas atribuições previstas no projeto que conflitava com a CGE e, com as secretarias da Fazenda e da Administração.
Risco de interferência
Nos corredores da Assembleia Legislativa, alguns deputados questionam o acúmulo de fundações, secretarias e departamentos nos gabinetes do governador e da Secretaria de Estado da Casa Civil. A Fesporte, Fundação Catarinense de Cultura, Santur e o Detran, ficarão vinculados ao gabinete do governador. Segundo alguns deputados, essa situação poderá gerar uma vulnerabilidade a esses setores, já que Carlos Moisés da Silva (PSL) não terá como dar atenção a todos, fazendo com que os responsáveis tenham autonomia podendo gerar problemas futuros.
Corte de gastos
Nas diligências feitas pelos deputados estaduais, o Governo do Estado não soube comprovar a economia de R$ 125 milhões anuais, que prometeu quando entregou o projeto da Reforma Administrativa. Além disso, também não comprovou que não terá aumento de gasto, já que estão sendo criados novos cargos. Para garantir que o Executivo não irá extrapolar, os parlamentares acrescentaram uma emenda em que cada ato de nomeação, o governador terá que ter uma declaração assinada pelos secretários da Fazenda e de Administração, comprovando que o ato se enquadra na lei de responsabilidade fiscal e, que o orçamento e o financeiro ficam dentro do limite prudencial. Se não atender a essa determinação, ou se extrapolar, o governador responderá por improbidade administrativa.
Servidores
Outra crítica dos deputados é ao fato do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), não mexer nas corporações dos servidores públicos. Ele mantém os benefícios da lei 381 que estava em vigor. Uma parlamentar em condição de anonimato relatou que o usufruto da licença prêmio a cada cinco anos, segue sendo válido. Ele questiona se não seria o momento do governo equiparar os servidores com o trabalhador comum. Além disso, também está sendo criticado o período de férias que pode chegar a 40 dias, já que as folgas de Natal e primeiro de ano, não foram alteradas para férias coletivas. A conta é bem simples em relação a licença e a folga. Quanto mais folga tem um servidor, mais é necessário fazer concurso para colocar outro no lugar. “Isso não é uma reforma, é um novo organograma do Estado. Parece que eles pensam assim: Estamos tirando os amigos deles e, colocando os nossos amigos”, disse uma fonte, destacado que tem muita gente não qualificada para as funções as quais estão sendo nomeadas.
Agronômica e a transparência
Um verdadeiro escárnio foi retirado pela Assembleia Legislativa, do projeto da Reforma Administrativa. Na matéria enviada pelo Governo do Estado, estabelecia o sigilo total dos gastos da Casa D’Agronômica, residência oficial do Governador. Para um governo que chegou fazendo o discurso da transparência e da nova política, é no mínimo estranha a tentativa de restringir o acesso à informação. Esses dias apareceu um contrato no valor de R$ 196 mil mensais para a contratação do serviço de faxineira, copeira, garçom, jardineiro entre outros. Agora, qual é o custo real? O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) precisa pedir à sua assessoria informar o custeio total da residência oficial, que por cima, deve ultrapassar meio milhão de Reais. Não tem segredo, vejam, se forem 20 policiais militares que fazem a segurança da Agronômica, sendo que cada, deve custar no mínimo o valor de R$ 10 mil, então somente com a segurança são R$ 200 mil ao mês. Água, luz, telefone, internet e alimentação. Quais os itens alimentícios que são comprados e, por exemplo, que tipo de vinho é consumido? A população quer saber.
Outros gastos
Quantos veículos de luxo e blindados estão à disposição do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), e de sua família? Ele é uma autoridade, precisa de segurança, tanto para ele quanto para a sua família, mas, quanto isso tem custado ao Estado, já que a primeira-dama e suas filhas também gozam de tal benefício? Qual é a patente dos militares que fazem a segurança? O número à disposição, é o necessário, ou tem mais do que precisa? E a segurança da vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL)? O Governo que se elegeu pregando a chamada “nova política”, precisa ser transparente e, isso inclui os gastos gerados pelo governador e seus familiares, afinal, quem paga a conta somos todos nós através dos impostos.
Sigilo
O texto da Reforma Administrativa que deve ser aprovado amanhã pela Assembleia Legislativa, autoriza o sigilo para os gastos somente nos casos que envolvam as operações de transporte de prisioneiros, operações das policias militar e civil e, operações de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda. Além disso, para o pagamento desse custo será autorizado o adiantamento de dinheiro para que não seja necessário o pagamento com cartão.
Crítica do professor?
Ontem o futuro responsável pela Controladoria Geral do Estado, o professor Luiz Felipe Ferreira, fez uma postagem em uma rede social que soou como uma crítica a Assembleia Legislativa. Ele postou um convite da Alesc para o lançamento da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e escreveu: “O que dizer? Frente Parlamentar de Combate à Corrupção. No mínimo antagônico. Garantindo que os artigos da reformada administrativa, de combate a corrupção, controle interno, transparência e integridade foram suprimidos do texto original do PLC 08/2019, pela Alesc”. A publicação chegou a irritar alguns deputados que se sentiram desrespeitados.
Ferreira nega
O professor Luiz Felipe Ferreira, negou que criticou os deputados estaduais. Ele explicou que a sua postagem apenas tratou da diferença do projeto original, onde tinha uma estrutura mais detalhada, mas que ficou mais básica após ter passado pela Assembleia Legislativa. Ferreira disse que será necessário um projeto complementar para definir o plano de carreira de quem assumirá função no setor e, destacou que dos 38 artigos do projeto, ficaram apenas 9, já que foram consolidados vários pontos em cada item.
Borba com o MDB
Os emedebistas negaram a informação que divulguei em primeira mão na semana passada, de que o partido estava aderindo a base do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Curiosamente o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, almoçará com a bancada hoje, um dia antes da votação da Reforma Administrativa, projeto o qual o MDB votará fechado com o governo. Questionei o líder da bancada, Luiz Fernando Vampiro, que tentou amenizar a presença de Borba. Disse que o secretário visitará todas as bancadas e que almoçará com o MDB, pelo fato das demais não realizarem almoço de bancada. Só que vale lembrar que pelo menos o PSD e o Progressistas, não com a mesma constância, mas também realizam o almoço dos deputados.
Presidência do MDB
O final de semana foi de muita conversa no MDB estadual e, lideranças afirmam que há um novo cenário, que seria de uma disputa entre o senador Dário Berger, e o deputado federal, Celso Maldaner. Berger que é o pré-candidato do partido ao Governo do Estado em 2022, deseja presidir o MDB, porém, não aceitava disputar. Acontece que o posicionamento firme de Maldaner que não irá recuar, parece ter obrigado Berger a mudar de posição, tanto, que já avalia a possibilidade de disputar a convenção. Uma última conversa deve acontecer em Brasília, entre os deputados Maldaner, Rogerio Peninha Mendonça e Carlos Chiodini, com a presença de Dário Berger. O encontro está previsto para amanhã, já que na quinta-feira encerra o prazo para a inscrição das chapas para a convenção. Há um temor de uma disputa, já que as lideranças terão que se posicionar em alguma chapa, o que pode abalar as relações.