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Destaque do Dia
A informação que adiantei ontem em primeira mão a respeito da adesão do MDB ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), via a sua bancada na Assembleia Legislativa, gerou muito mais críticas do que bons comentários, tanto em relação ao governo, quanto aos próprios emedebistas.
Por isso, temendo desgastes, mesmo com a confirmação de alguns deputados e lideranças do partido, outros parlamentares ligaram para dizer que a adesão não será sistemática, apenas pontual em algumas votações, porém, a coisa não é bem por aí. Já do lado pesselista a ala ideológica reclamou, mas segue sendo ignorada por Moisés.
O fato é que o MDB nunca saiu do Governo do Estado. A chave do cofre está nas mãos de Paulo Eli, emedebista histórico que comanda a Secretaria de Estado da Fazenda, cargo que ocupou ainda quando Eduardo Pinho Moreira (MDB) assumiu no lugar de Raimundo Colombo (PSD). O próprio Pinho Moreira disse a Moisés que ele precisava manter Eli no cargo, se não quisesse atrasar o salário dos servidores.
Aí chegamos em Leandro Lima, secretário de Estado da Administração Prisional, que deve ser a nova nomenclatura da “Justiça e Cidadania” após a reforma administrativa. Vamos subir até o topo, onde está o governador Moisés, que esteve no governo durante quatro anos, sendo de 2012 a 2014 na Defesa Civil e, após, de 2014 a 2016 na então Secretaria de Justiça e Cidadania, que tinha a frente a deputada estadual reeleita, Ada de Lucca (MDB), sua madrinha política. Além disso, como o seu assessor mais próximo, ficou o competente ex-secretário da Comunicação, Gonzalo Pereira, sem falar nos cargos de segundo e terceiro escalão que estão lotados de emedebistas, pois o governo não tinha gente para ocupar os espaços.
Portanto, o fato da bancada do MDB aderir a Moisés, não é tão novidade assim, pelo contrário, já era esperado devido a tamanha proximidade. Os discursos por hora serão de um apoio não sistemático, apenas pontual, mas passado um tempo será possível notar a entrada dos emedebistas no governo, inclusive com mais espaços no primeiro escalão.
Operação MDB

Operação começou neste encontro com Sopelsa e Cobalchini.
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) tem aprendido que dialogar e tentar construir uma base não é crime, desde que as tratativas sejam republicanas, isso faz parte do jogo político. As lideranças mais inteligentes do PSL tem acordado para a realidade e aos poucos, mesmo que mantenham o discurso, entenderão que esse negócio de “nova política” é uma balela criada para ganhar voto na eleição, ponto. Moisés começou a fazer cálculos e iniciou pelo caminho menos tortuoso, que é justamente o MDB com quem já tem uma ligação. Sabendo do clima de divisão na bancada do partido na Alesc, primeiro convidou para uma conversa individual, Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, que não se alinham mais com a bancada. Garantiu o apoio de ambos, mas ouviu que precisará atender as demandas do Estado, sobretudo na questão da infraestrutura. Após, foi a vez da maioria, os outros sete deputados estaduais que de fato, formam a bancada emedebista na Alesc, para fechar um acordo para ter o partido na sua base.
O acordo
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) marcou um café na Casa D’Agronômica, com os sete deputados estaduais do MDB que estão alinhados. Conversaram durante um bom tempo até que Moisés foi direto, ao dizer que precisava do apoio dos parlamentares para a aprovação da reforma administrativa com a mínima alteração possível e, também, em outras votações no parlamento, já que até então, ele só podia contar com os votos do PSL e do PR, chegando a míseros 9 votos, em uma casa com quarenta deputados. Somente o MDB tem nove cadeiras, se levar em consideração os insurgentes Cobalchini e Sopelsa, portanto, é possível dizer que a bancada governista chega, em tese, a 18 parlamentares, mas ainda é a minoria.
Secretários em ação
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) para garantir 100% do acordo com o MDB, colocou em campo os secretários da Casa Civil, Douglas Borba, e da Administração, José Eduardo Tasca. Segundo relatos de uma fonte, eles garantiram aos deputados que se aderissem à base de Moisés, que ele daria uma maior atenção na questão das emendas, convênios com municípios entre outras demandas nas regiões atendidas pelos deputados. Já a assessoria da bancada na Alesc, me disse que Borba e Tasca estiveram frequentemente nos últimos dias circulando no parlamento, apenas por causa do projeto da reforma, que terá um substitutivo global que será apresentado em breve.
Lido o relatório

Vampiro fez a leitura do relatório.
A versão final do parecer da Reforma Administrativa, com as emendas acatadas e rejeitadas, foi lido ontem pelos deputados na Alesc. A previsão é que o documento seja votado em uma nova reunião conjunta das comissões, marcada para a manhã da próxima terça-feira (21). Se aprovado, o PLC vai para votação em Plenário no dia seguinte. O número exato de emendas acatadas pelos relatores ainda não é conhecido, já que a versão final do relatório está em processo de finalização e revisão da técnica legislativa. No entanto, os três relatores apresentaram uma emenda substitutiva global, que incorpora as emendas acatadas e recomenda a aprovação do PLC 8/2019. “O projeto foi aperfeiçoado pelas emendas”, afirmou o relator na CCJ, deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB). “Aquelas que foram acatadas mantiveram o objetivo da reforma administrativa e protegeram os direitos dos servidores. A reforma não é a melhor para o governo, nem para a Assembleia, mas, sim, para a sociedade catarinense”, disse ele, confirmando o que havia sido adiantado ontem pela coluna. O relator na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Milton Hobus (PSD), destacou que o PLC é generalista na questão financeira e orçamentária, pois não discrimina detalhadamente os impactos que a reforma trará aos cofres do Estado.
Caso Naiara
Uma fonte ligada ao setor técnico do Tribunal de Contas do Estado, informou que o caso da servidora comissionada do Ministério Público, Naiara Augusto, que foi cedida ao Executivo no período de transição, só pode ser resolvido de duas formas: Uma se houver a provocação de qualquer cidadão questionando o procedimento de cessão de um servidor não concursado para outro órgão, o que é vedado por lei, inclusive no prejulgado nº 1364 do próprio TCE. A outra possibilidade é uma autuação de ofício que deve partir do presidente do Tribunal, que atualmente é Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, a exemplo do que aconteceu no caso do “vale combustível” cedido a servidores do Governo do Estado. “O que existe a respeito desse caso é um prejulgado que claramente veda a cessão. O prejulgado parte de uma consulta sobre um determinado caso, onde que a resposta é a forma como o TCE pensa, basicamente como se fosse uma jurisprudência”, relatou a fonte, explicando que a partir de uma decisão em um determinado caso, nos demais casos análogos o entendimento terá que ser o mesmo.
Caso a caso
A fonte ligada ao Tribunal de Contas do Estado destacou ainda, que a análise deve ser feita caso a caso, portanto, é preciso primeiro instaurar um procedimento, pedir a manifestação da defesa e ao final de toda a instrução, o plenário tomará a decisão. A justificativa para a manutenção de Naiara Augusto no cargo, foi um pedido de prorrogação de sua permanência no Governo como servidora comissionada cedida pelo Ministério Público. Acontece que não é possível prorrogar a permanência de alguém nomeado para participar de uma equipe de transição, estando no quinto mês de um governo.
Buligon, e um terceiro mandato?
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (DEM), deseja disputar mais uma eleição municipal. Advogados de seu novo partido, o Democratas, estão fazendo uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral a respeito da situação. Acontece que o então prefeito, José Caramori (PSD), renunciou em dezembro de 2015 para assumir a presidência do Badesc. Na época, Buligon era o vice e foi alçado à condição de prefeito. Em 2016 ele disputou a eleição que foi considerada como uma reeleição, porém, no entendimento dos advogados do partido, Buligon teve apenas um mandato realmente seu.
A tese do DEM
A tese dos advogados demistas se baseia na reeleição de Rodrigo Maia (DEM), para a presidência da Câmara dos Deputados. Ele assumiu pela primeira vez em 2016 no lugar de Eduardo Cunha (MDB), preso na Operação Lava Jato. Cumpriu um “mandato-tampão” e depois foi eleito ao comando da Casa. Para se eleger pela terceira vez no início deste ano, o que não é permitido no parlamento nacional, os mesmos advogados do DEM entraram com uma representação junto ao STF, defendendo que o primeiro mandato não seria dele e, que a posse se deu sem a sua vontade e por motivo de força maior. Foi assim que Rodrigo Maia assumiu pela terceira vez a presidência, mesmo argumento que será usado em favor de Luciano Buligon (DEM). Se vai prosperar, teremos que aguardar.
Consulado Italiano

Reunião que definiu a cessão.
Tive acesso a um documento que mostra que integrantes do Governo do Estado, podem ter faltado com a verdade no caso da cessão de um espaço para a instalação de um Consulado da Itália em Santa Catarina. Ainda no ano passado, conforme informado pela coluna, o então governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) destinou um espaço no Centro Administrativo, antes ocupado por uma agência bancária, para que o consulado fosse instalado. A cessão que ficou acertada durante uma audiência em que Pinho Moreira recebeu o conselheiro da Câmara de Comércio Brasil – Itália, Diogo Mezzogiorno, e o senador Jorginho Mello (PR), somente não foi assinada devido ao período eleitoral. Porém, o então governador deixou para que Carlos Moisés da Silva (PSL) assinasse assim que tomasse posse, mas, não foi o que aconteceu.