A bancada do MDB na Assembleia Legislativa aderiu a base do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Na prática, o partido passa a fazer parte do governo, porém, ainda não há a informação se haverá a indicação de cargos no primeiro escalão. O partido afirma que não pedirá espaço.

A informação foi confirmada por duas fontes emedebistas que pediram para não ter o nome divulgado. O convite foi feito pelo próprio governador na semana passada, em um encontro na Casa D’Agronômica. O partido ficou de pensar e, segundo confirmou um assessor ligado ao Executivo, os secretários da Casa Civil, Douglas Borba, e da Administração, Jorge Eduardo Tasca, passaram até altas horas da noite de ontem e, o início da manhã de hoje, em conversas para garantir a adesão, inclusive fechando alguns acordos. “Isso poderá custar caro ao Estado se virar uma prática”, afirmou a fonte.

Por sua vez, o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), confirmou que houve um acordo, mas que é para apoiar o governo nas votações no parlamento. Ele fez questão de dizer que a base poderá divergir em algumas situações pontuais e negou que serão cedidos cargos ao MDB. O assunto ainda é tratado com muita cautela, inclusive, alguns deputados chegaram a negar que tivesse havido a conversa e o acordo, o que de fato ocorreu.

Se por um lado, Moisés atrai um grande partido e a maior bancada do parlamento catarinense, por outro, cai por terra o seu discurso e o do PSL a respeito da nova política, ao atrair um dos partidos mais criticados pela sua militância que é o MDB.

Agora a dúvida paira em torno dos deputados, Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, que não estão alinhados com a bancada. Com os emedebistas, mais o PR e o PSL, Moisés passa a contar com 18, ou 16 deputados, pois, ainda é preciso saber o posicionamento de Cobalchini e Sopelsa. Pergunto: Quais outros partidos que o governador tentará atrair para conquistar a maioria no parlamento?