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 Destaque do Dia

Equipe de transição de Moisés.

Uma das bandeiras de campanha na improvável vitória de Carlos Moisés da Silva (PSL), na eleição do ano passado, era o aumento do nível de controle das despesas públicas e o combate à corrupção através da “nova política”. Isso se daria, automaticamente, através da criação de uma nova estrutura estadual denominada Controladoria Geral do Estado (CGE).

Tudo parecia muito óbvio, 25 dos 27 estados da Federação já haviam criado suas estruturas, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público e Banco Mundial indicavam ao novo governador, que Santa Catarina também deveria seguir este modelo, a fim de facilitar acesso a recursos, empréstimos e, também ajudar no controle da gestão pública. Acontece que Santa Catarina já possuía estrutura de controle, a Diretoria de Auditoria Geral (DIAG), mas, atrelada a Secretaria de Estado da Fazenda, ou seja, para facilitar ainda mais a tarefa, bastava criar o modelo e transferir funcionários já contratados e treinados para exercer as atribuições.

De pronto Moisés pareceu entender e comprar a ideia, tanto, que escalou a dita figura mais proeminente de sua equipe de Transição para tocar o projeto, no caso, o professor da UFSC, Luís Felipe Ferreira. No entanto, logo que começou a escrever o projeto surgiram os primeiros percalços. A Procuradoria Geral do Estado se sentiu ofendida pela possibilidade de ser controlada pelo novo órgão e, a Polícia Militar, Polícia Civil e Fazenda também pediram para serem excluídas da jurisdição da nova controladoria, pois, não queriam que seus futuros processos de correição fossem examinados pelo novo órgão.

Além disso, o principal obstáculo estratégico ainda iria aparecer. Naiara. Sabe-se pouco dela, além de que era, apenas, assistente do Ministério Público antes de participar da transição e decidir se tornar secretária de Estado. Detém parca experiência na Administração Pública e dizem nos corredores que é parente de alguém do novo alto comando, no caso, sobrinha, fato que talvez justifique o acesso sempre livre e direto ao gabinete do governador.

Naiara estava determinada a ser secretária de Estado desde os tempos da transição e, decidiu inovar inventando situação administrativa que não existe em nenhum estado da federação nacional. Segundo uma fonte, aqui em Santa Catarina pelos caprichos da moça, teríamos a Controladoria Geral do Estado e uma Secretaria de Integridade e Governança (SIG), que não faz outras atividades que não as mesmas, exatamente as mesmas, que poderiam ser desenvolvidas diretamente pela própria controladoria. “No desenho imaginado somente na cabeça dela, a CGE faria o combate à corrupção, por exemplo, mas, a SIG (leia-se Naira), desenvolveria políticas de combate à corrupção”, relatou a fonte.

A mesma formula se repete para Governança, Integridade, Corregedoria, Transparência, etc. Criou-se uma casca com status de Secretaria devido a imensa ascendência que a Naiara tem sobre o novo governo. Criou-se uma caixa dispensável, com atividades similares a CGE para, segundo governistas, atender ao ego da Naiara que sempre bateu pé em querer ser secretária e em ter cada uma das atividades para si, ainda que sua casca seja formada somente por ela e um único assessor, considerado um faz de contas administrativo.

O processo para fechar o modelo de reforma remonta novembro, e, o estica e puxa de ego e competências tem em Naiara um ponto central. Ela ganhou praticamente todas as batalhas que decidiu travar até aqui. Quando sentiu que sua caixinha poderia ser questionada, por obviamente dispensável que sempre pareceu a tal SIG, passou a trabalhar nos bastidores da Casa Civil para retalhar o Projeto de Lei originalmente arquitetado pelo professor Luís Felipe e a equipe técnica de auditores da Fazenda, na tentativa de extrair atribuições da CGE. Com o passar dos últimos dias, a controladoria perdeu as principais atribuições que naturalmente deveriam fazer parte de seu escopo de trabalho, em suma, a controladoria catarinense perdeu o combate à Corrupção, perdeu à Transparência, a Governança e hoje o Governo tem de um lado cerca de 60 auditores concursados e experientes que não terão atribuições originais e importantes na nova CGE, versus a Naiara e sua Secretaria cheia de atribuições, mas, sem ninguém para executá-las.

No meio disso tudo, assusta o fato da Naiara ter tanto poder, voz e ascendência, mesmo com tão pouca experiência, dentro de um governo que venceu prometendo instaurar a tão famosa meritocracia, ouvir os técnicos da casa e decidir sem viés político. Nos corredores, a Naiara fora apelidada de “Mary Poppins”, personagem da ficção do universo Disney que, assim como na vida real, desceu dos céus planando num guarda-chuva para reinventar o Estado, desenhando uma secretaria para chamar de sua, ainda que não seja necessário. Essa é uma das verdades sobre os bastidores da Reforma Administrativa do governo Moisés.

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Cobalchini cobra

Ontem o deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), foi à tribuna reclamar do governo, o qual, segundo ele, não dialoga com a Assembleia Legislativa. Cobalchini disse que o diálogo e o debate são essenciais para Santa Catarina, por isso, disse que causa estranheza a falta de interlocução do Governo do Estado com os deputados. “Mudanças em setores importantes estão acontecendo e nós ficamos sabendo pelo diário oficial. O governador disse que as bancadas seriam ouvidas. Fomos surpreendidos e ainda estamos esperando”, disse Cobalchini. Uma das reclamações do parlamentar é sobre a redução dos escritórios da Celesc nas microrregiões e cobrou uma resposta. Além disso, o emedebista questionou como ficarão as regionais da Saúde, sendo que algumas já estão sendo fechadas. “Como ficam as pessoas dependentes de medicamentos”, perguntou.

Buligon se filiará ao DEM

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), tem a sua chegada prevista no vôo da Avianca, para hoje logo após as 10h, no aeroporto Juscelino Kubitschek em Brasília. Ele terá alguns compromissos já agendados no Ministério da Educação, para saber se está garantido o repasse para a construção de uma escola no bairro São Pedro, um dos mais carentes da capital do Oeste e, no Ministério do Planejamento, onde saberá se Chapecó receberá os US$ 10 milhões a fundo perdido do Focem, para a construção do acesso da SC-283 à BR-282. Porém, Buligon terá não por acaso ao seu lado, o ex-deputado federal e atual presidente estadual do Democratas, João Paulo Kleinubing. Acontece que no primeiro compromisso, está marcada uma reunião a princípio agendada para depois das 11h no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que selará a filiação do prefeito de Chapecó ao Democratas.

Construção

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), buscava com calma algum partido onde pudesse ter um espaço para influenciar candidatos pelo estado durante as eleições municipais do próximo ano, de forma a construir apoio pensando na eleição a deputado federal em 2022. Além disso, Buligon também buscava um partido que o aproximasse do governo de Jair Bolsonaro (PSL), foi aí que surgiu João Paulo Kleinubing e o seu projeto de fortalecimento do Democratas catarinense. Buligon entra em um dos partidos mais poderosos do país, que hoje conta com o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e do Senado, Davi Alcolumbre, entre outras lideranças ligadas a Presidência da República.

Cartada de Kleinubing

O ex-deputado federal, João Paulo Kleinubing, está dando as suas cartadas para se manter na liderança do Democratas em Santa Catarina. Para isso, usou o caminho mais tranquilo que é através do deputado federal, Rodrigo Maia (DEM), para colocar o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido) no partido, assim como pretende levar o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt e, o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira, todos oriundos do PSB. Acontece que uma fonte demista relatou que não houve conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que lidera o partido em toda a região Sul e, que tem a prioridade de conquistar mais deputados para fortalecer o DEM no Congresso Nacional e consequentemente a base do presidente, Jair Bolsonaro (PSL).

Padre candidato?

Padre Renato ao lado do Papa Francisco.

Lideranças de Joinville tem sondado o padre Renato dos Santos, para que ele se coloque a disposição para se filiar a um partido e, para ser pré-candidato a prefeito da capital do Norte do estado. Nascido em Rio do Sul, o religioso construiu uma importante história junto à comunidade joinvilense, tanto, que recebeu o título de cidadão honorário do município. Logo após, ele foi para o Vaticano onde coordenou a produção do principal Jornal da Igreja católica que é o L’Osservatore Romano e, a impressão dos demais Documentos oficiais do Papa e da Santa Sé. Conheci o Padre Renato em Roma e, pude notar a sua importância dentro da igreja, onde era muito próximo do Papa Francisco, e até mesmo do Papa Emérito, Bento XVI. No ano passado ele pediu para voltar a Joinville, onde reassumiu o seu trabalho em prol dos mais carentes. Ontem em rápida conversa, Renato me disse que não pretende entrar para a política. “Nunca, eu sou um religioso. Não quero saber disso, vou seguir com o meu trabalho comunitário”, afirmou.

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Merisio quer o Progressistas?

Mesmo em conversas adiantadas com o PRB, o ex-deputado estadual, Gelson Merisio (PSD), enviou “sinais” para lideranças do Progressistas. O fato é que Merisio está testando, tentando buscar um espaço para o seu projeto. Conversei com lideranças do partido que afirmaram que convite a Merisio não será feito, mas, que, se ele quiser se filiar, que ninguém irá se opor. A questão levantada pelos progressistas consultados, é que se Merisio quiser impor o seu comando ao partido, já começará fechando portas. Além disso, tem a questão do próximo pleito estadual, onde dois senadores, Esperidião Amin (Progressistas) e Dário Berger (MDB), chegarão em condições diferenciadas para a disputa, ou seja, dificilmente abrirão mão da candidatura.

Aragão recebeu Garcia

Uma visita que não estava na agenda do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), em sua passagem por Joinville, foi ao presidente da Câmara de Vereadores, Cláudio Aragão (MDB), definida de última hora. Durante a conversa o pessedista incentivou o vereador a continuar na política. Garcia a exemplo de seu discurso no evento da ACIJ, afirmou a importância do Legislativo. “O Legislativo é o poder dos poderes”, disse o presidente da Alesc.

Homenagem justa e perfeita

Uma homenagem justa e perfeita, a Mario Cezar de Aguiar, joinvilense que preside a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Engenheiro por formação e especialista em construção civil, possui vivência no associativismo e ocupa um posto entre os maiores representantes empresariais no Estado. Empresários de todas as regiões estão sendo convidados a participar do jantar por adesão na plataforma Sympla. Será na segunda-feira (18), na Sociedade Harmonia Lyra, em Joinville. O evento será realizado pela ACIJ, Acomac, Ajorpeme e CDL. O apoio será da Simpesc, Sinditextil, Sinduscon e Sinqfesc.

Encontro do GOSC

O Grande Oriente de Santa Catarina (GOSC), uma das três potenciais regulares da Maçonaria, ao lado do Grande Loja de Santa Catarina e do Grande Oriente do Brasil (GOB), vai realizar um encontro apenas para maçons filiados ao GOSC. As inscrições seguem abertas para o evento que acontecerá nos dias 12 e 13 de abril, na Associação Catarinense de Medicina em Florianópolis. A procura tem sido tão grande, que os ingressos já se esgotaram, o que fez com que fossem abertos mais espaços para participantes. De acordo com o grão-mestre, Rubens Franz, o objetivo principal é fazer com que as pessoas na condição de líderes, tenham a compreensão do momento atual e sócio econômico e de gerações. “Que possam quanto pessoas atuantes na sociedade, colaborar para um desenvolvimento sócio econômico com sustentabilidade”, disse Franz.

Comando do porto

De acordo com o colega de Joinville, João Francisco da Silva, o porto de São Francisco tem um novo comando. Luiz Henrique Furtado foi exonerado e, assume João Batista Furtado. Apesar dos sobrenomes os dois não são parentes nem amigos. João é funcionário de carreira.

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Conflito de interesse?

O deputado estadual, João Amin (Progressistas), foi à tribuna da Assembleia Legislativa se defender de informações de que teria recebido apoio da empresa Prosul, na eleição a deputado estadual de 2018. Segundo Amin, naquela época era possível receber financiamento empresarial, tanto, que destacou o apoio da mesma empresa a outros políticos. O questionamento se deu, pelo fato da empresa estar envolvida com as reformas da Ponte Hercílio Luz, obra que está sob investigação através de uma CPI na Assembleia Legislativa. João Amin é o vice-presidente da Comissão e me disse que seguirá trabalhando com total imparcialidade.

Recursos para a Saúde

Ao usar a tribuna na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, o deputado estadual, Neodi Saretta (PT), falou da preocupação em relação às medidas tomadas pelo Governo do Estado sobre aplicação dos recursos na área da saúde, que neste ano é de 15%. Saretta que é o presidente da comissão de Saúde, lamentou a intenção do Governo em julgar inconstitucional a PEC que aumentou de 12% para 15% os recursos da saúde e, o recente pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal, onde questiona a lei que determina ao Executivo o repasse de recursos previstos no orçamento até o dia 15 de cada mês. Saretta lembrou ainda que hoje na reunião da comissão de Saúde, o Secretário de Estado, Helton Zeferino irá apresentar a prestação de contas do último quadrimestre.

Frente do Norte e Nordeste

Ontem na Assembleia Legislativa em Florianópolis, ocorreu a primeira reunião da Frente Parlamentar das regiões Norte e Nordeste de Santa Catarina, constituída por iniciativa do deputado Dr. Vicente Caropreso(PSDB). A instalação contou com a presença de representantes das associações de municípios e de prefeitos. Coordenada neste primeiro ano por Caropreso, o grupo vai focar sua atuação nos problemas de três regiões. “O Planalto Norte, o Vale do Itapocu e a região da Amunesc, perto de Joinville, têm seus problemas graves e, vamos procurar através de visitas in loco, focar, chamar a atenção e fazer com que isso chegue de maneira muito mais enfática a quem possa resolver, seja o Governo Federal, seja o governo estadual”, afirmou Caropreso.

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 Enfermagem em Chapecó

Por iniciativa da vereadora, Astrit Tozzo (PSD), a Câmara de Vereadores de Chapecó realizará uma reunião de trabalho sobre a permanência do curso técnico de enfermagem no CEDUP. O encontro terá início às 09h.

Novo procurador

O governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), escolheu ontem o promotor de carreira Fernando da Silva Comin para ser o procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, para um mandato de dois anos, com início no próximo dia 5 de abril. Ao optar pelo mais votado entre procuradores e promotores, Moisés disse que, assim, ratifica a tradição governamental de respeitar a escolha interna do Ministério Público. A apresentação de Comin foi realizada durante a reunião do Colegiado Pleno, em Florianópolis, e contou com a presença da vice-governadora Daniela Reinehr (PSL).

 
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