A leitura da mensagem anual do governador, é um ato disposto no inciso X do artigo 71 da Constituição Estadual e, no artigo terceiro do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, ou seja, é uma obrigação de quem governa o Estado, apresentar de forma clara e direta as ações do Executivo para o ano.

LHS fazia uma apresentação mais detalhada.

O falecido ex-governador, Luiz Henrique da Silveira, fazia uma longa apresentação, inclusive, fazendo o uso de Power Point. Geralmente ia acompanhado de seus secretários, incluindo da Fazenda e ao final entregava um livro aos parlamentares. Raimundo Colombo (PSD) preferia falar. Não fazia o uso de apresentação, mas, por pelo menos 30 minutos destacava de forma objetiva as ações as quais pretendia realizar.

Moisés entrou pela frente e foi recebido por Júlio Garcia.

Ontem, vimos uma nova forma de passar a mensagem ao parlamento. Um ponto positivo que deve ser destacado é o uso da tecnologia, é o “governo sem papel”. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL), que inovou ao entrar e sair pela porta da frente do Palácio Barriga Verde, ao contrário das outras vezes, fez a leitura em seu tablet e, entregou aos deputados um pendrive com cerca de 80 páginas, destacando as ações as quais pretende implementar. Porém, a sua fala mais uma vez deixou uma má impressão.

Moisés usou um tablet

O governador se mostra incomodado ao falar em público. A sua mensagem não durou mais do que sete minutos, e a impressão deixada por ele foi que ainda não terminou a eleição, ao dizer que no ano passado o eleitor deu um recado, principalmente devido ao resultado das urnas.

Moisés precisa entender que se elegeu catapultado por uma onda, isso é dito de foram clara por quem é ligado ao presidente, Jair Bolsonaro (PSL). Mas, uma vez eleito, é preciso que comece a governar de fato. É fácil falar em mudança, qualidade e eficiência na gestão. Isso é lugar comum, tanto quanto dizer que o objetivo é a melhoria dos serviços aos catarinenses. Todo mundo diz isso.

Além disso, destacou que foram traçadas metas de curto, médio e longo prazo, mas, quais serão essas metas? Infelizmente, o governador não detalhou. Outro ponto que poderia ter sido especificado, é quanto aos investimentos em infraestrutura. Se por um lado, a ideia é boa, sobretudo pelo entendimento de que essas ações irão acarretar em mais receita, sem aumento de tributos, mas, como tornar isso uma realidade?

Antes termos um governo que faça mais do que fala, porém, Moisés e seu grupo precisa entender que é uma obrigação, ainda mais por se tratar de um novo governo, que as ações sejam colocadas de forma clara, até para não dar a impressão que o governo trabalha muito na teoria, mas, que não sabe colocar as ações em prática.

Crítica

Nunes é um dos mais críticos a Moisés.

Entre os deputados estaduais, a avaliação é que o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), precisa de menos blindagem e mais contato. Numa conversa entre alguns parlamentares, Moisés foi definido como morno. Um dos mais críticos foi Kennedy Nunes (PSD), que escreveu nas redes sociais: “O discurso durou menos de 5 minutos. Me perguntaram o que achei do discurso e do tempo de duração? Do tamanho do governo!”, escreveu Nunes.

Jantar com o MDB

Os deputados da bancada emedebista na Assembleia Legislativa, gostaram da conversa com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), no jantar realizado ontem à noite na Casa D’Agronômica. Moisés tentou dar um clima familiar, tanto, que participaram do encontro a primeira-dama, Kesia da Silva, e a filha Sarah, que comemora a aprovação no vestibular para medicina e direito. Moisés falou pouco e nada específico, apenas, que pretende realizar mudanças e que conta com os deputados para ajudar o governo e, prometeu valorizar a todos os parlamentares, dando atenção republicana aos pedidos individuais que apresentarem para as suas regiões. Uma informação que também agradou aos presentes, é que serão pagas as emendas impositivas de 2018 e deste ano, mas, que será mantido o veto dos valores de 2017. Moisés preferiu fazer o jantar na mesa grande, que fica na parte interna da casa. Dessa forma, todos se sentaram juntos no encontro que foi até o final da noite. Também participaram, o homem forte do governo, o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, e a vice-governadora, Daniela Reinehr (PSL), que nada falou.

Segue a agenda

Hoje as 20h, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), recebe para um jantar na Casa D’Agronômica, os deputados estaduais do bloco PSL-PR. Ainda não há data para os demais partidos e blocos. Um que deve ser deixado para o final, é o bloco que tem o maior número de parlamentares, formado pelo PSD, PSDB, PDT e PSC, num total de 10 deputados. Esse bloco tirando a deputada pedetista, Paulinha da Silva, tem uma grande tendência de se colocar na oposição.

Sustação de ato

A bancada do PSD na Assembleia Legislativa, protocolou ontem um projeto de sustação de ato do poder Executivo. A ideia é tornar sem efeito o decreto que inaugurou o Diário Oficial do Estado, no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Os parlamentares questionam a decisão que declara a função do secretário de Estado da Administração, cargo ocupado pelo tenente-coronel da PM, Jorge Eduardo Tasca, e do assistente técnico do setor, como de interesse policial militar. Dessa forma, a carreira de quem assume não é interrompida na progressão, permitindo que um militar possa chegar ao posto de coronel, não prejudicando a aposentadoria especial determinada pelo estatuto da PM entre outros benefícios. Antes do decreto, o militar que fosse para uma função administrativa no Executivo, perderia a progressão.

Impessoalidade

Desde o governo de Paulo Afonso Vieira (MDB), que a Assembleia Legislativa não entra com um projeto de sustação de um ato do poder Executivo, com chances de ser aprovado. A matéria tramitará nas comissões. A bancada do PSD questiona o decreto do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), por considerar que não foi respeitado o critério legal da impessoalidade. O alcance da sustação é exatamente para os cargos de secretário de Estado da Administração e do assessor técnico, porém, os deputados querem saber se há o benefício para qualquer outro cargo. Moisés começa a ter a sua primeira dificuldade com a Alesc.

Reforma administrativa

Ferreira coordenou a reforma do governo Moisés.

Corre nos bastidores do Governo do Estado, que o retardamento da apresentação da Reforma Administrativa, estaria sendo provocado pela necessidade de readequar a proposta. Até então desconhecida, a reforma idealizada pelo professor, Luiz Felipe Ferreira e sua equipe, tem propostas difíceis de sair do papel e serem colocadas em prática. Ao mesmo tempo que Ferreira, que até o momento não tem um vínculo oficial, já que o cargo para o qual foi escolhido na Controladoria, ainda não existe, é elogiado por ser um bom professor universitário, por outro lado, a inexperiência no setor público ainda é questionada. “Estão reanalisando, pois, temem que a reforma gere problema e um desdobramento negativo para o governo. Por isso não tem nada feito”, disse uma fonte.

Vampiro é o líder do MDB

Vampiro vai liderar a bancada emedebista.

O deputado estadual, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, é o líder da bancada do MDB na Assembleia Legislativa. Em reunião na manhã de ontem, ele foi o escolhido. Vampiro já foi vereador em Criciúma, secretário do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura. Nesta eleição ele conseguiu uma das vagas, porém, no mandato anterior ficou como suplente, tendo assumido no lugar de Gean Loureiro (MDB) que se elegeu prefeito de Florianópolis. “Vou trabalhar pela representação da maior bancada de nossa Assembleia Legislativa, em favor do MDB, o maior partido catarinense. Sempre com posicionamento em defesa do que a sociedade atual espera de seu parlamento”, disse Vampiro. Em suma, ele dará o sangue em prol de seu partido.

Titon comandará a CCJ?

Titon quer presidir mais uma vez a CCJ.

A bancada também escolheu Romildo Titon (MDB), para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. A vaga pelo acordo firmado entre os partidos para eleger, Júlio Garcia (PSD), para a presidência do parlamento, fica com os emedebistas. A bancada terá presidentes em mais quatro comissões técnicas da casa que são: Ética e Decoro, Direitos Humanos, Assuntos Municipais e de Turismo e Meio Ambiente. O MDB terá dois deputados em cada comissão.

Cobalchini quer a CCJ

Cobalchini quer a CCJ.

Informações de bastidores na Assembleia Legislativa, dão conta de que o primeiro-vice-presidente, Mauro De Nadal (MDB), teria escolhido todos os integrantes de comissões permanentes de seu partido, sem a presença de Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa. Ontem no final da tarde, conversei com Cobalchini que me informou que entregou ao líder da bancada emedebista, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, uma solicitação reivindicando a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, cargo que foi anunciado para Romildo Titon. Caso Cobalchini não consiga a indicação, ganha força a possibilidade de um afastamento definitivo. “Toda ação tem uma reação. O partido tem uma tradição democrática, mas essas decisões não seguiram essa democracia. Eu nunca vi uma desunião tão grande em uma bancada”, disse Cobalchini.

Vampiro quer reaproximar

O líder do MDB na Assembleia Legislativa, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, me disse ontem que tentará apaziguar a situação. Ele quer convidar os deputados Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa para uma conversa em seu gabinete. Quanto a insatisfação de Cobalchini e Sopelsa, Vampiro disse que o processo dentro do partido foi democrático, e que Mauro De Nadal teve o maior número de votos dos deputados.

Sopelsa no Podemos?

Sopelsa está insatisfeito.

Informações de bastidores dão conta de que o deputado estadual, Moacir Sopelsa, possa estar de mudança para o Podemos. As conversas estariam adiantadas e, caso não haja uma reaproximação do parlamentar com a sua bancada na Assembleia Legislativa, o caminho poderá ser a troca de partido. Sopelsa entregou ontem um pedido ao líder da bancada, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, para presidir a Comissão do Mercosul. Caso não seja aceito, o destino de Sopelsa que a exemplo de Valdir Cobalchini, é um dos descontentes do MDB, poderá ser fora do partido que há anos milita.

Imetro

Tomou posse ontem o novo presidente do Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro), o subtenente Rudinei Luis Floriano. Considerado referência entre os Institutos de Pesos e Medidas, ligados ao órgão nacional, o Inmetro, o Instituto catarinense destaca-se pela atuação precisa e inovadora diante dos diferentes segmentos industriais do estado, garantindo proteção ao contribuinte e promovendo a concorrência leal.

Comissão de Turismo

O deputado estadual Ivan Naatz (PV), deve assumir a presidência da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc. O processo de instalação das comissões permanentes da Assembleia Legislativa deve ser iniciado hoje, com a divulgação, pelo presidente da Casa, deputado Julio Garcia (PSD), das vagas a que cada partido ou bloco parlamentar terá direito na composição dos colegiados.  Naatz também deverá integrar a Comissão de Constituição e Justiça. Com um único integrante, o PV fará parte do bloco parlamentar integrado ainda pelo Progressistas, PSB e PRB reunindo um total de oito parlamentares.

Líder do Progressistas

O deputado estadual, João Amin, foi alçado à condição de líder da bancada do Progressistas na Assembleia Legislativa.

Incentivo ao empreendedorismo

O deputado federal, Rodrigo Coelho (PSB), quer a liberação do dinheiro retido no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) quando o objetivo for a abertura de negócios próprios. O Projeto de Lei é o primeiro do mandato do parlamentar. Na avaliação de Coelho, não é justo que o trabalhador tenha acesso restrito a um dinheiro que é seu, fruto de anos de trabalho e, ressalta que muitas pessoas encontraram no empreendedorismo uma saída para a perda de emprego gerada pela crise econômica. Ele quer facilitar o acesso ao crédito para os MEIs e os empresários das micro e pequenas empresas, que tem dificuldade de conseguir empréstimos junto às instituições financeiras.

Calheiros, insano

O coronel Renan Calheiros (MDB), perdeu a presidência do Senado para Davi Alcolumbre (DEM), e a Comissão de Constituição e Justiça para Simone Tebet (MDB). Calheiros agora dá motivo para um processo de quebra de decoro parlamentar, por uma publicação no Twitter, no mínimo, pornográfica, atacando a colunista da Veja, Dora Kramer. Escreveu Calheiros: “A @DoraKramer (Veja) acha que sou arrogante. Não sou. Sou casado e por isso sempre fugi do seu assédio. Ora, seu marido era meu assessor, e preferi encorajar Geddel e Ramez, que chegou a colocar um membro mecânico para namorá-la. Não foi presunção. Foi fidelidade”, escreveu Renan Calheiros, que aproveitou para atacar a família Tebet, de sua nova desafeto, a senadora Simone. Agora, tirem as suas conclusões a respeito de Calheiros.

Lula na penitenciária

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Luciano Flores, ter um preso em uma delegacia, seja da Civil ou Federal, ou até mesmo na Superintendência, a exemplo do ex-presidente Lula, não é uma atribuição da polícia. “Isso aí deveria ser exclusivamente do sistema penitenciário, seja estadual ou federal”, afirmou. E ainda tem lideranças do PT, que reclamam da decisão do ex-juiz, Sérgio Moro que garantiu uma prisão especial ao petista. Por um lado, dá para concordar com a decisão do hoje ministro, por se tratar de um ex-presidente, mas, é bom lembrar dessa situação, todas as vezes que alguém vier com a falácia de que Lula é um preso político.

Estragos em Campo Êre

Uma forte chuva de granizo atingiu ontem a noite, o município de Campo Êre, no Extremo-Oeste do estado. Conversei rapidamente com o prefeito, Nego Lima (sem partido), que ainda não tinha os números oficiais, que devem ser levantados na manhã de hoje. Dependendo dos estragos, é possível que seja decretada situação de emergência.

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