
Bivar defende o consenso
A reunião de lideranças estaduais do PSL com a executiva nacional do partido que aconteceria ontem, foi desmarcada. Na verdade, as informações desencontradas sobre a data do encontro e, quanto ao nome que virá para tentar resolver a crise do partido, mostra que a situação segue bastante nebulosa.
Primeiramente, lideranças afirmaram que o presidente nacional, Luciano Bivar, viria a Florianópolis, enquanto que outros nomes de destaque do partido informaram que o encontro ficou para amanhã, com a presença do vice-presidente nacional, Antônio Rueda.
Falei rapidamente com Bivar ontem à noite. Segundo ele, o partido não se faz de uma pessoa só, mas, de todos que o compõe. Ele confirmou a reunião, destacando que é uma situação normal em qualquer partido grande. “Eu tenho a certeza que todos os nossos federais vão ficar satisfeitos, o Lucas (Esmeraldino) também, e o nosso governador com o desempenho do partido que ele integra”.
Bivar adiantou ainda, que todos os dirigentes do PSL são dotados de bom senso e inteligência. Acredita que da reunião se chegará a um consenso que agradará a todos. “Isso eu posso te afirmar, pelo fato de confiar nas pessoas que formam o nosso PSL de Santa Catarina e, do resto do Brasil inteiro”, disse.
Em uma rápida leitura da fala do presidente nacional do PSL, é possível entender que Lucas Esmeraldino poderá seguir a frente do partido, mas, os deputados federais terão que ter espaço para compor a executiva estadual. É apenas uma leitura, já que Luciano Bivar disse que a decisão agradará tanto aos parlamentares insatisfeitos, quanto a Esmeraldino. Se essa situação se confirmará, somente saberemos amanhã.
Enquanto isso, Lucas segue trabalhando a frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, com reuniões diárias com o setor empresarial, enquanto que os deputados eleitos seguem se preparando para os seus mandatos, porém, se confirmar a apresentação das acusações contra Esmeraldino, as quais adiantei na coluna de ontem, os parlamentares eleitos poderão incendiar o encontro.
Utopia?
Ontem em sua página no Facebook, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), publicou: “Quem não tem amarras tem, de fato, a governabilidade”. No mundo ideal isso seria perfeito, porém, a realidade é totalmente diferente. Moisés tem secretários no primeiro escalão, que são, ou foram ligados ao MDB e ao governo de Eduardo Pinho Moreira (MDB). Além disso, mais cedo ou mais tarde terá que lotear cargos no segundo e terceiro escalão para garantir a governabilidade. É por isso que sou contra a constante pregação de uma política diferente, quando quem prega não tem o poder de mudar. A menos que esteja disposto a enfrentar um sistema que está amarrado há décadas. Além disso, não é preciso falar, somente dar o exemplo já basta, já que as ações valem mais do que mil palavras.
Transparência

Minotto quer derrubar o veto.
O governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), precisa explicar à população o que motivou o seu veto, ao projeto de lei de autoria do deputado estadual, Rodrigo Minotto (PDT), que estabelecia a publicação da agenda do governador, vice, deputados e demais agentes públicos. A informação está na coluna do colega, Altair Magagnin, do Notícias do Dia. Para um governo que prega a nova política e a transparência, a atitude de Moisés mostra uma grande contradição. Se até o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), publica a sua agenda, o que impede que seja conhecida a agenda do governador e demais agentes públicos? Repito, gestos valem mais do que mil palavras. Quando soube do veto, Minotto me disse que trabalhará pela derrubada do veto.
Técnicos
As nomeações do Governo do Estado no Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro), tem gerado algumas críticas internas. Primeiro foi anunciado como presidente, o subtenente da Polícia Militar, Rudinei Floriano. De acordo com uma fonte, o militar assumiu dizendo que trocará os ocupantes de cargos de diretoria e gerência, mas, o maior motivo de crítica, foi a nomeação de Nalcir Antunes como diretor de Metodologia, o qual, de acordo com o informante, seria tio do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino. Antunes antes de assumir um dos cargos mais importantes do Imetro, trabalhou como motorista terceirizado de uma empresa de Florianópolis que prestava serviço para o próprio Instituto. “Ele não tem o preparo para o cargo. O próprio Colombo (Raimundo) tinha mais técnicos do que agora”, criticou. Liguei para Esmeraldino que não atendeu.
Presidência do PSDB

Salvaro quer mudança no PSDB
O deputado estadual, Marcos Vieira, no cargo de presidente estadual do PSDB, levou o seu partido a um patamar que até então, não havia alcançado em Santa Catarina. Após percorrer todo o estado e criar executivas e/ou comissões provisórias em todos os municípios, ele viu o seu partido ruir nas eleições ao apostar numa aliança com o desgastado MDB, o que fez com que os tucanos perdessem espaço no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Após o pleito, não faltaram críticas internas, vindas, inclusive, de uma das principais lideranças do partido, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que chegou a sugerir que a sua afilhada política, a deputada federal reeleita, Geovânia de Sá, assumisse o comando do PSDB.
A reação

Vieira quer Salvaro como candidato.
Conversei ontem com o presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira, que se mostrou tranquilo, ao contrário do que tucanos próximos a ele dizem, que ele estaria com uma certa mágoa pela forma que foi tratado no pós-eleição. “Não está sendo reconhecido o crescimento do PSDB no estado”, disse uma liderança. Quando questionado a respeito da fala do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, sobre o comando do partido, Vieira disse: “Se o Clésio quiser ser o presidente, ele tem o meu apoio desde já”, afirmou o líder tucano. O ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, também aparece como uma possibilidade para presidir o PSDB, nome que Vieira considera importante, mas, mesmo não admitindo, ao anunciar apoio a Salvaro, chama o prefeito da maior cidade do Sul do estado para o compromisso.
Questionado