
Moisés no comando
O discurso de posse do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), é uma pequena sinalização de como será o seu governo. Primeiramente, ele não esqueceu da Previdência. No então governo de Raimundo Colombo (PSD), parte do problema já foi resolvido, mas, já é vista a necessidade de novos avanços, mesmo que isso custe mais aos servidores.
Outro ponto tocado foi redução da folha de pagamento, mas, ele começa tendo que renovar a permanência de comissionados por mais três meses e, tem quem diga que o prazo será ampliado. Muito embora, os discursos sejam de que o custo não é significativo, mas, por outro lado, quem prometeu cortes drásticos se vê entre a cruz e a espada, devido a divisão entre o PSL técnico e o PSL ideológico. Quando cai para esse segundo lado, começam os discursos puritanos, mas, que são inaplicáveis na realidade. Em suma, não existe governo sem cargo comissionado.

Moisés durante o discurso
Moisés pretende ajustar os gastos do Estado, situação que está em suas mãos, ao mesmo tempo em que buscará o aumento da receita o que depende de fatores externos, principalmente do desempenho do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Tudo isso, sem majorar impostos e com o discurso do mais com menos, ou seja, gastando menos e fazendo mais, o que se encaixa com o momento, agora, como fazer? Hoje as 14h, o governador concederá a sua primeira entrevista coletiva. Será a oportunidade de responder de forma clara as dúvidas que nós, profissionais da imprensa, temos e queremos repassar a ele. Vale dizer que essas dúvidas são as mesmas da população que aguarda com atenção, as ações que o governador neófito na política, tomará.
Além de falar com a imprensa, Moisés terá que aprender a lidar com o parlamento. De nada adianta mandar recado no discurso de posse, o diálogo terá que estar à frente nessa relação. É preciso entender que a Assembleia Legislativa é um outro poder, independente e que deve ser plural, com ideias divergentes para que todas as importantes pautas para Santa Catarina sejam debatidas.
O novo governo poderá construir a maioria, mas, não será na imposição, a palavra é construção. Num primeiro momento é possível até que não haja oposição ao novo governo, mas, com o passar do tempo, vão surgir os blocos, os posicionamentos de bancada ou pessoais e, isso terá que ser respeitado. Para isso, Moisés escalou um bom nome para liderar o seu governo na Alesc, que é o deputado, coronel Onir Mocellin (PSL), mas, um de seus principais aliados virá logo do partido que foi seu adversário na eleição, que é o PSD. Júlio Garcia na presidência, é a garantia que Moisés precisa para convencer os deputados a votarem as principais pautas que interessarem ao seu governo.
Busca de recursos
O governador do Estado, Carlos Moisés da Silva (PSL), tem possibilidades de recursos para os cofres de Santa Catarina. Primeiramente, os imóveis pertencentes ao Estado que podem render alguns milhões, sem contar os portos. E a ação no Supremo Tribunal Federal, em relação a demarcação da área que corresponde ao estado no mar, que poderá representar cerca de R$ 500 milhões? Isso, somente de devolução do Paraná e São Paulo para Santa Catarina, do que foi recebido indevidamente por esses estados de royalties da exploração do petróleo, sem contar os futuros valores de royalties. Também é possível reduzir o custeio da Saúde através da concessão ou venda dos hospitais pertencentes ao Estado, sem falar na concessão de rodovias estaduais e a devolução das SCTs ao Governo Federal.
Posse e reunião
Hoje as 09h da manhã os secretários de Estado serão nomeados oficialmente pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Uma rápida conversa deve ser marcada e, depois todos ao batente. Enquanto isso, o governo através do secretário de Estado da Casa Civil que será nomeado hoje, Douglas Borba, seguirá tentando apagar o fogo interno gerado dentro do PSL. Suplentes e lideranças seguem reclamando da falta de espaço no governo, situação que desagradou sobremaneira a Moisés e aos principais nomes de seu governo e do partido. Já há inclusive, a ideia de identificar a fumaça para apagar o fogo, o que significa até mesmo afastar possíveis nomes que estão promovendo as reclamações.
Um tempo
O líder do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), na Assembleia Legislativa, coronel Onir Mocellin (PSL), viaja nesta próxima semana para a Nova Zelândia. Ele ficará na Oceania até o dia 23, quando retorna para as últimas conversas que antecederão a posse dos deputados e a eleição na Assembleia Legislativa, que conduzirá Júlio Garcia ao comando do parlamento.
Em falar…

Caropreso e Garcia.
Júlio Garcia (PSD) esteve presente ao ato de posse de Carlos Moisés da Silva (PSL), e de Daniela Reinehr (PSL). Ele ficou ao lado do deputado reeleito, Vicente Caropreso (PSDB). Garcia e Moisés terão uma conversa afinada durante a presidência do pessedista na Assembleia Legislativa.
Norte preocupado
Em Joinville a reclamação é grande em relação ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), que começa sem um representante se quer, da maior cidade do estado no primeiro escalão de seu governo. Caberá ao prefeito Udo Döhler (MDB), e à classe empresarial apresentar as demandas do Norte. Como e quando será feito isso, ainda é uma incógnita, mas, que tem um grande descontentamento com a “República de Tubarão” e com a falta de representatividade, isso ninguém nega.
Recado?
Alguns parlamentares não foram à posse de Carlos Moisés da Silva (PSL). Um dos partidos que somente esteve representado pelo fato de Silvio Dreveck ser o presidente da Assembleia Legislativa, foi o Progressistas. Será um sinal de que o partido será oposição?
Governo Bolsonaro
O Brasil muda de lado, vai para a direita se tornando mais conservador, mas, quem disse que isso é ruim? Não podemos permitir uma visão obtusa de mundo, onde uma única forma de pensar tome conta das grandes causas, como se, somente pertencesse à esquerda a defesa das grandes causas humanistas. O ser humanista, não te rotula em relação a posição política e ideológica. Existem várias formas de olhar para o ser humano, de buscar o seu desenvolvimento como cidadão e com uma consequente evolução da nação. Aos histéricos, não, nós não estamos em 1964. Além disso, o Brasil não precisa do “Lula Livre”, ele será libertado quando a justiça definir, assim, como qualquer outro brasileiro e, não começará uma caça às bruxas contra minorias. O discurso do medo, da vitimização e do ódio precisa acabar. Se olharmos o Brasil, veremos que temos uma grande nação, plural, colorida e com espaço para todas as culturas e formas de pensar, seja de direita, centro ou esquerda. O que temos que pensar agora, é nas ações de governo para que tenhamos menos gente desempregada, mais geração de renda e oportunidade de desenvolvimento para quem sofre na miséria. É escola para os filhos, saúde nos postos e hospitais e segurança para o cidadão. Bolsonaro tem esses desafios e, precisa de um país unido pensando no bem comum.