O governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), deve estar na torcida para que o governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), vete o projeto de lei de autoria do deputado estadual, Kennedy Nunes (PSD). A matéria aprovada pela Assembleia Legislativa, impede o acúmulo do vencimento de servidores públicos aposentados, seja civil ou militar, com o salário caso assumam algum cargo público.
Se Pinho Moreira não vetar, deixará Moisés entre a cruz e a espada. Acontece que no discurso em prol da moral, o PSL e seus integrantes batem no que chamam de benefícios gerados aos políticos, portanto, como ficará o discurso caso o futuro governador sancione um projeto que visa simplesmente, limitar o salário de quem já ganha um alto salário, sem contar que ajuda a cumprir a lei, uma vez que um agente público não pode superar os ganhos de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que no próximo ano passará a ser de R$ 39 mil.
Moisés está na reserva do Corpo de Bombeiros, uma espécie de aposentadoria militar, mas, que mantém o aposentado de sobreaviso para uma possível convocação, caso seja necessário. Além disso, ele nomeará outros militares, que estão de olhos bem abertos ao que irá acontecer em relação ao projeto em questão. O certo, é que a matéria aprovada deixou o novo governador em uma saia justa, tendo que optar pelo discurso, ou, rasgar o que foi dito até agora e vetar o projeto.
Esmeraldino lamenta
As manifestações de insatisfação dentro do PSL quanto ao não aproveitamento de suplentes e outras lideranças que ajudaram o governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL) na eleição, surpreenderam ao presidente estadual pesselista, Lucas Esmeraldino. Conforme eu trouxe ontem, muitos filiados estão reclamando da falta de oportunidade no governo e por não estarem sendo recebidos. Para Esmeraldino, quem reclama não está no espírito do PSL, e ressaltou que se admira que procurem a imprensa para reclamar, antes de buscar conversar com ele, na condição de presidente do partido. Uma reunião está marcada para o dia 15 de janeiro, onde serão discutidas diversas questões. Quanto a reclamação de lideranças do partido sobre a chamada “República de Tubarão”, onde estão sendo deixados de lado alguns nomes de Joinville, Blumenau entre outras regiões de lado, Esmeraldino destaca que é mais um erro de entendimento. “As escolhas não são pelo voto. As escolhas são técnica e, de Tubarão pelo fato de serem pessoas que já conhecemos”, afirmou.
Pausa nas articulações

Garcia voltará ao parlamento para presidi-lo.
Após as articulações que praticamente o garantem na presidência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual, Júlio Garcia (PSD), foi para o descanso junto da família, com quem passa dias em seu sítio e outros em Criciúma. O pessedista diz que o momento é de curtir as festas de final de ano. Segundo ele, em janeiro serão mantidos alguns novos contatos, mas, a conversa final será no dia 31 de janeiro, quando os futuros líderes das bancadas junto ao grupo que ajudou na articulação, se reunirão para os últimos detalhes antecedendo a eleição que acontecerá no dia seguinte. Questionei Garcia quanto ao primeiro-vice-presidente, se o nome é Mauro De Nadal (MDB) ou Valdir Cobalchini (MDB). “Ficou definido o partido, mas, não fulanizamos”, disse Garcia, que não deseja se meter em polêmica.
Consenso
Ontem em entrevista que me concedeu na Super Condá AM 610, o futuro líder do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), na Assembleia Legislativa, coronel Onir Mocellin (PSL), confirmou que a eleição à presidência da Alesc está pacificada em prol do nome de Júlio Garcia (PSD). Mocellin lembra que participou de várias conversas e, que no início eram cinco interessados, porém, de forma articulada foi possível reduzir a dois, no caso, Mauro De Nadal (MDB) e Garcia, até que através de um acordo se chegou a um consenso em prol do pessedista. Mocellin voltou a dizer que essa situação é importante para harmonizar o parlamento, que terá um presidente trabalhando em parceria com o governador.
Sem toma lá
O futuro líder do governo na Assembleia Legislativa, coronel Onir Mocellin (PSL), disse que todos os deputados entendem que o governo precisa de apoio, para votar os projetos os quais considera importante para Santa Catarina. Ele relata que o próprio governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), trabalhará para socializar todos os projetos, inclusive, fazendo um corpo a corpo com as bancadas ou blocos partidários. “Todos conhecerão os projetos antes, como forma de harmonizar as questões”, disse. Porém, chamou a atenção a crítica de Mocellin aos outros governos. “Esse governo será diferente dos outros. Nos outros, era mais fácil para o líder do governo. O governador negociava cargos com parlamentares em troca de apoio. Olha, apoia o governo e damos a secretaria tal para o MDB, a outra para outro partido. Agora não vai existir troca de cargo por apoio”, disse Mocellin.
Presidência do MDB
O senador Dário Berger (MDB) ainda está quieto, mas, segundo uma fonte, na hora certa entrará em cena para reivindicar a presidência estadual do MDB. Tem quem diga que o ex-prefeito da capital quer preparar o campo pensando em 2022, quando deverá se colocar à disposição para a disputa ao Governo do Estado. A questão é que o atual governador, Eduardo Pinho Moreira também deseja comandar o partido e, tem dito que lideranças tem pedido pelo seu nome. Esses dias em entrevista ao colega Adelor Lessa, Pinho Moreira afirmou que sonha em disputar uma vaga ao Senado em 2022. Será que pode ser costurado um acordo onde ambos sejam contemplados?
Missão cumprida
O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), recebeu ontem o comandante da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes, acompanhado do coronel Paulo Cesar Knihs, que foram se despedir. Agradeceu pela confiança dirigida a ele nesses dez meses de trabalho e apresentou alguns resultados. Até o dia de ontem foram 222 mortes a menos do que no mesmo período do ano passado. Pinho Moreira desejou sucesso na nova jornada, e afirmou que a sequência dele à frente do comando da Polícia Militar de Santa Catarina é resultado de um trabalho sério, comprometido e responsável com os catarinenses.