A grave crise que atravessa o Hospital Beatriz Ramos, que está ameaçado de ir a leilão por conta de débitos federais, fez o prefeito de Indaial, André Moser (PSDB), tomar uma medida extrema. Anunciou nesta segunda-feira, 18, que a Prefeitura assumirá a instituição por um período mínimo de 180 dias, que poderá ser prorrogado.

O objetivo evitar a paralisação da prestação de serviços de saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde e adotar  as providências necessárias no sentido de regularizar a situação financeira da entidade e de melhorar a qualidade dos procedimentos.

A secretária municipal de Saúde Adriane Machado Ferrari  deixará o cargo e será a interventora,  com a responsabilidade de dirigir o Hospital.

No decreto, o prefeito explicita a grave situação financeira do Beatriz Ramos. Só de dívidas trabalhistas e na área cível, o valor estimado é de cerca de R$ 15 milhões. De débitos pelo não recolhimento do FGTS dos funcionários são cerca de R$ 1 milhão. Com fornecedores, a dívida ultrapassa R$ 500 mil.

A fatura de energia não é paga desde 2014, um montante hoje de R$ 2 milhões. Também deve para o Estado R$ 1,3 milhão, pendência que dificulta novos repasses. E ainda, tem um débito de mais de R$ 500 mil, por não ter cumprido um TAC com o Ministério Público.

Perdeu a conta? É muita coisa!

O Hospital Beatriz Ramos é o único hospital de Indaial e sem ele a população fica com menor capacidade de atendimento de casos graves e acidentes que ocorrem na região, já que, só no seu pronto-socorro, são realizados mais de 3,7 mil atendimentos por mês pelo SUS.